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CAPÍTULO 2

Minha mãe? Me levanto da cadeira e vou até o ele pegando o telefone de suas mãos.

- Alô?- digo atendendo.

- Alô? Alô?!!!! Gabriela pelo amor de deus como você pode?- ouço a voz de minha mãe gritando pelo telefone.

Sorrio, com certeza é ela.

- Oi mãe, nossa, faz muitos anos.- digo.

15 anos.pra ser exata.

- Que você abandonou a família? É faz mesmo.- ela diz ao telefone.- Gabriela, em duas horas eu vou estar chegando na cidade e aí de você se não me receber na sua casa.

- Mãe...

- Nada de mãe.- ela diz me interrompendo.- Vamos nos ver daqui a pouco e você vai me explicar tudo direitinho.

E com isso ela desliga a chamada.

Ela não mudou nadinha.

E agora pensando nisso, se ela já souber de tudo oque aconteceu nesses últimos 10 anos ela deve estar muito chateada e puta da vida.

Coloco o telefone de volta no lugar e volto pra mesa. Mas Daniel ainda me olha com sua cara estranha.

- Oque foi?- pergunto novamente.

- Nunca falou da sua mãe antes.- ele diz e sua cara não fica nada boa.

Respiro fundo e o olho.

- Você nunca perguntou Daniel.- digo calmamente.

- Preciso perguntar para saber que tenho uma sogra Gabriela?- ele diz furioso.

João e Maria percebendo que estamos prestes a ter uma discussão pega as meninas e vão para o jardim.

- Nunca surgiu o assunto Daniel, eu e minha família não nos vemos faz 15 anos.- digo para ele.

- Por que?- ele questiona.

- Por que oque?- pergunto sem entender.

- Por que não os vê a todo esse tempo?

- Eles queria ir pra uma cidade pequena, eu não. Depois que eles foram ainda nos falávamos e mas depois o trabalho começou a ficar pesado, eu fui assaltada.- digo para ele.- perdi o contato e o trabalho não me deixava nem se quer sentir saudade e depois que a empresa se firmou eu...- tento pensar o porquê de não te-lo visitado. Mas não sei por que não fiz isso.

- Está me dizendo que simplesmente não foi visitar seus pais por que simplesmente não quis? E eles não sabem dos nosso filhos e nem do nosso casamento?- ele questiona.

- Para, minha mãe está vindo, vai conhecer as criancas e você.- digo e me aproximo dele.- Não vamos brigar por causa disso.

- Não agora pelo menos.- ele diz.- vou pedir para deixarem os quartos prontos.- ele diz se levantando.- aliás, ela sabe onde moramos?

- Vai conhecer minha mãe, se ela conseguiu o nosso número, nosso endereço é o de menos.

Ele me olha e então seus olhos se suavizam e me encaram um pouco preocupados.

- Ela vai gostar de mim?- me pergunta e eu rio.

- Devia estar mais preocupado com meu pai.- digo.

- Quando eles chegam?- ele pergunta.

- Em duas horas.

- ótimo vou me arrumar e ir para a empresa, vou resolver algumas coisas e assim não vou precisar voltar hoje, e talvez nem amanhã.- ele diz indo para cima.

Começo a limpar a mesa enquanto uma das empregadas aparece, ela tem um sorriso bonito e me ajuda com a mesa.

- Mamãe cadê o papai?- João aparece e pergunta.

- Foi se arrumar, vai até a empresa rapidinho e volta logo. Se quiser ir vai se trocar rápido.- digo para ele.

Esse menino sempre que pode segue o pai até o trabalho.

Assim que terminamos de tirar a mesa, ambos descem as escadas se despedem e saem de casa.

Pego as meninas e levo todas para tomar banho, duas horas é mixaria quando se trata de arruma-las.

Maria me ajuda para acabarmos logo, mas elas com 4 anos parece ainda mais difícil ajuda-las no banho. Tão elétricas e ficam pulando de um lado para o outro.

Ouço a campainha tocando e olho para a Maria.

- termina de trocar elas para a mamãe e depois de você trocar, podem descer.- digo e Maria concorda.

Desço as escadas e vou direto para a porta da frente.

Ouço uma barulheira antes de abrir a porta e me surpreendo de não ver só a minha mãe e meu pai, mas quase toda a minha família na porta.

- Finalmente, então pode começar falando.- minha mãe diz entrando e sendo seguida por todos.

- Oi mãe.- digo sorrindo.

- De onde saiu essa maldita casa Gabriela?- Pâmela, minha tia pergunta.- vimos no endereço que era um bairro bom, mas uma mansão?

Abro a boca para responder mas sou interrompida antes mesmo de começar.

- Eu descobri que minha filha tá viva por uma maldita revista velha.- Ela diz pegando a dita revista em sua bolsa e me dando.

Assim que pego a revista vejo que na capa está eu e Henrique? Que?

Olho para a matéria e só me resta rir. Essa matéria é de uns 1 anos antes de Daniel descobrir sobre os gêmeos.

Ele precisava de ajuda com uma festa e eu o acompanhei até a mesma, mas pelo visto as revistas achavam outra coisa.

Não tinha visto essa. Mas faz oque? 6 ou 7 anos essa matéria.

- Veio por causa de uma fofoca de revista?- pergunto.

- Não, vim por que minha filha está supostamente casada e agora de chama Gabriela d' Laurent e pelo que me lembro esse não é o sobrenome do Henrique.

E novamente, antes mesmo que eu possa responder às portas se abrem e Daniel e João entra, as meninas também começam a descer as escadas e todos eles se juntam perto de mim.

- mãe esse é o Daniel, meu marido e esses aqui são...

- Ei eu conheço você!- minha tia diz apontando o dedo para Daniel.- Você não é casado com uma loira metida?

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