Um encontro será?

         **ATHENA**

Eu me sentia bem com ele, não entendia porque mas eu confiava nele, entrei em seu carro e fomos comer algo:

- O que veio fazer aqui Apollo?

- Vim te levar para casa, é perigoso andar por aí tarde da noite.

- O que tinha que acontecer, já aconteceu uma vez, então estou acostumada...

- O quê? Me conta, quero entender!

- Esquece esse assunto, não vale a pena lembrar, quem sabe um dia eu te conte.

- Tudo bem então, não irei insistir, vamos comer, onde podemos ir?

- Você convidou, você escolhe!

- Certo, então vamos.

         **APOLLO**

Liguei o carro, e a levei ao restaurante do pai do Átila, é cinco estrelas, mas é tão simples a decoração que acho que ela não irá se sentir deslocada!

Quando chegamos, dei o manobrista para estacionar o carro e entramos, na minha mesa predileta estava o Átila, peguei na mão dela, e caminhamos até ele, mas fomos interrompidos, e tudo passou em câmera lenta, ela foi puxada pelo braço e recebeu um tapa no rosto de uma das minhas ex peguetes Sandra, Sandra era boa de cama mas queria casamento, véu e grinalda, e isso nunca passou pela minha cabeça.

Athena olhava para Sandra com o rosto de surpresa que foi dando espaço a ira quando Sandra finalmente abriu a boca:

- Foi por ela Apollo, por ela que você terminou comigo? E não atende mais as minhas ligações!

- Apollo eu não preciso e nem mereço passar por isso!

Vi ela dar meia volta e sair do restaurante irritada, tentei alcançá-la mas por obra do destino ou sorte dela, estava encostando um táxi ela entrou e nem me deu chance de dizer nada, voltei para dentro peguei no braço da Sandra com muita força, quase perco a cabeça mas o Átila me segurou:

- O que você pensa que é para agredir minha convidada, e achar que tem alguma espécie de posse sobre mim e minha vida?!

- Você é meu sempre foi e sempre será!

- Átila tira, tira ela daqui, estou a ponto de voar no pescoço dela, minha pequena ficou irada e tenho que esperar até amanhã para me desculpar, minha noite acabou e não foi do jeito que pensei.

Saí de lá puto, em minutos entrava nas dependências da minha casa, vi meu escritório com a luz acesa quando ia em sentido ao mesmo, escuto uma voz que sempre foi meu porto seguro:

- Oi mamãe.

- Meu príncipe que carinha é essa?

- Ah mamãe eu sou tão idiota queria me socar um pouco!

- E esse nariz, Átila nos contou por alto mas quero que me conte onde acho essa garota que te machucou.

- Ela não teve culpa mamãe!

- Por muito menos você teria a processado, porque ela foi diferente?!

- Oi papai!

- Oi guerreiro, agora me responda o que te perguntei!

- Nem eu sei pai, ela me tira de pruno, perto dela eu não penso direito.

- É querido acho que enfim alguém se apaixonou depois da Davina.

- Parece que sim querida, nos conte onde você a conheceu?

- Pai foi por acaso, em uma lanchonete ela trabalha lá.

- Uma garçonete filho?!

- Ela é a caixa mamãe, e se fosse a garçonete, vocês são preconceituosos e eu não sabia?

Vi minha mãe e meu pai se entre olharem e começarem a rir, e fiquei sem entender nada:

- Ah querida e a história se repete anos depois.

- É o quê, não entendi!

- Vamos para seu quarto meu príncipe temos uma história para te contar!

Me senti um menino com meus pais me pondo para dormir, deitei em minha cama cada um sentou de um lado e meu pai começou:

- Quando eu conheci a Alice eu era capataz em uma fazenda de cana de açúcar, eu quase não vinha para a cidade só em dia de pagamento porque vinha guardar uma parte do pagamento no banco, eu tinha quase 6 anos de salário no banco, uma pequena fortuna.

Minha vida começou a mudar quando eu conheci o Roger.

- O vovô?!

- Sim filho, papai sempre quis ter um negócio produtivo e que desse lucro.

- Foi dessa ideia que começou a surgir a destilaria Walker!

- Meu pai conhecia o Alex desde menino e sempre gostou dele, quando ele entrou na lanchonete, foi a primeira pessoa que eu vi, seu pai, eu tinha acabado de voltar para a cidade, estudava fora e estava ajudando meu pai naquele dia, a servir as mesas, foi amor instantâneo.

- Eu sempre quis ter meu futuro assegurado filho, e percebi que a ideia do meu sogro poderia dar dinheiro, então investir na ideia dele, e no meio tempo pedi sua mãe em namoro.

Quando começamos a vê o lucro entrar, seu avô vendeu a lanchonete e mudou a matriz para cá da destilaria, pedi sua mãe em casamento e nesse mesmo dia conheci o Robert, pai do Átila.

Tivemos algumas desavenças, ele queria minha garota!

- Mas ele se acalmou quando percebeu que eu nunca seria dele.

Contei a ele que esperava por você meu filho, então ele percebeu que era uma guerra perdida, dois meses depois eu e seu pai nos casamos. Quando completou 6 meses do seu nascimento seu avô partiu, teve um infarto mas passou a parte dele da destilaria para você, que seu pai cuidou até se aposentar, agora o império Walker é todo seu, temos produtos que vendem muito bem, somos multimilionários, mas já fomos como essa moçinha.

- Athena.

- O que não entendi.

- Athena mamãe, Athena é o nome dela!

Depois que descobrir minha origem simples, só me dá mais vontade de tê-la comigo, meus pais saíram e meu pensamento era só um, conquistá-la, e descobrir quem era aquela garota e pedir perdão, uma vida só não será suficiente para ter o seu perdão, devo ter causado traumas nela para a vida toda, porque meu Deus porque eu fiz aquilo com ela!

No dia seguinte fui trabalhar contratei um detetive com total sigilo e confiança e resolvi contar o que houve naquele dia ao Átila, no começo ele ficou chocado e horrorizado, mas eu disse o quanto estava arrependido, então ele disse que me ajudaria a achar aquela garota que fiz tanto mal, quando caiu a tardezinha resolvir ir na Empire ver minha pequena e me desculpar pelo tapa de ontem que ela levou, na saída encontrei meus pais então fomos os três, minha mãe cismou em conhecer a Athena.

Quando entrei corri os olhos pelo salão e não a achei, vi a Camy no caixa e fui até ela:

- Boa tarde Camy.

- O que você quer aqui Apollo?

- Por que essa irritação comigo morena?

- Porque você é um babaca, que deixa suas vadias bater no rosto de outras pessoas!

- Então ela te contou!

- Não precisou não é Apollo o rosto dela disse por ela mesmo!

- A Sandra não é mais nada minha, preciso me desculpar com ela.

- Precisa mesmo, mas ela não virá trabalhar hoje, acordou com febre e calafrios, queria ter ficado com ela, mas duas faltar seu José ficaria na mão.

- Me dá seu endereço, deixa eu cuidar dela!

- Filho o que houve?

- Camy esses são Alex e Alice, meus pais.

- Olá senhora, Olá senhor, não sei se devo te dar o endereço Apollo!

- Por favor morena, me deixa cuidar dela.

Depois de muito implorar a Camy meu deu o endereço, me despedir dos meus pais que foram para casa mas prometi a eles que qualquer coisa ligaria, quando cheguei no prédio que ela mora um lugar bem humilde, apertei a campainha, e nada apertei de novo, estava a ponto de meter o pé na porta, quando ouvir ela gritar (já vai).

Segundos intermináveis depois ela abriu achando que era a Camy, me olhou piscou algumas vezes eu falei:

- Oi pequena!

- Apollo!!!

Em seguida ela desmaiou em meus braços!

Continua...