Capítulo 4
Eva
Peguei um ônibus até o shopping, estou nervosa e nem eu sei porquê. Estou acostumada a conhecer pessoas que, apenas conversei pela internet, rola uma insegurança e uma certa ansiedade, não o que estou sentindo desde que esse dia nasceu. Meu estômago está muito enjoado, não consegui comer nada, fora as borboletas batendo asas lá. Me sinto muito incomodada, como se fosse um medo irracional de não conseguir retornar minha vida, depois desse encontro.
Tomei todos os cuidados que devemos tomar quando saímos com um desconhecido:
# Marquei num lugar público;
#Compartilhei todos os dados dele com uma amiga, no caso a Alê;
#Combinei de ela me ligar daqui a meia hora, pra saber se estou bem;
Então porque sinto isso?
Se não é sexto sentido é o que então?
Optei por jeans, uma camisa branca de alça estampada com flores e bota de cano curto. O cabelo deixei solto, já que ele ama assim.
Entro dentro do shopping, me encaminho para o cinema, combinamos de nos encontrar lá. Estou na hora certa, talvez ele se atrase um pouco por causa do trânsito.
Tem um banco de frente para o cinema, me sento ali e espero. A sessão começa 15 h, então ainda tem tempo.
Olho as pessoas passando de lá pra cá, acabo me distraindo e não percebo alguém chegando e sentando do meu lado. Só sinto o cheiro, um cheiro tão bom, que olho para ver de onde vem. Dou um pulo no banco, quando percebo que ele está sentado do meu lado.
-Nossa, depois dessa não tenho mais um ataque cardíaco. (Falo com a mão no peito)
-Você não me viu chegar?
-Não, estava distraída.
Parece que as borboletas resolveram se revoltar no estômago agora.
Eu disse que ele era bonito? Disse, mais não pensei que pessoalmente ele podia ser mais bonito ainda. Eu definitivamente estava perdida.
Acho que se, neste momento, me perguntassem aonde eu moro, eu não saberia responder. Fiquei olhando para os olhos dele, aquele sorriso com covinhas. Ele sorria com os olhos.
-Eu te vi chegar, estava lá dentro, e quando apontou no corredor, já sabia que era você.
- Chegou cedo.
Isso era coisa pra se dizer? De repente fiquei sem palavras, sumiu tudo do cérebro.
-Esta tudo bem?
-Sim, você só me pegou de surpresa!
Estendi a mão para ele, ele segurou e me trouxe para os seus braços. Me abraçou bem apertado.
-Hum, que cheirosa!
Eu fiquei vermelha quando ele sussurrou no meu ouvido.
- Você também é cheiroso.
-Só falta saber se o beijo combina, não é?
Eu olho para ele, porque eu não consigo parar de olhar para os olhos dele? Daqui a pouco isso vai ficar estranho.
Ele está vestido de Jeans também, tênis e uma camisa social branca de botão, por fora do jeans.
Disfarço, olho para as minhas mãos. Eu não sei o que vou responder.
Inferno!
Ele levanta meu queixo e me olha com a testa franzida.
-Esta tudo bem mesmo?
-Não. E-e-eu... Deu branco. Eu não sei como isso foi acontecer! Mais você me impactou e me deixou tímida.
Ele solta uma gargalhada e diz:
-Vamos acabar com essa timidez de uma vez.
Ele segura meu rosto e me beija. Um beijo bem delicado. Ele tem gosto de bala de hortelã, café e cigarro. Eu nunca imaginei que um beijo com esse gosto seria tão bom! E foi um beijo meio que inocente. Nada demais, e já me subiu um fogo que, Senhor!
Ele para de me beijar, me olha e acaricia meu cabelo.
- Que boca gostosa!
Eu sorrio, e ele me beija novamente, dessa vez com mais vontade enfiando a língua dentro.
E dessa vez, eu fiquei bem molhada, e não foi na boca.
-Você não devia cheirar tão bem. ( Digo, porque isso me intriga)
Ele ri e diz:
-Queria que eu fosse fedorento?
-Não é isso. Você é fumante, então deveria cheirar a cigarro, não a esse aroma que está me deixando meio embriagada.
Cala a boca Eva!
- E você não deveria ser tão perfeita, então, estamos quites.
Ele me beija mais uma vez. Olha pra mim e passa a mão no meu cabelo.
-Ele tem a textura que imaginei. Sabia que eu sonhei com você uma vez?
-E como foi?
Ele olhou pra mim com ar divertido e diz:
- Foi um sonho proibido para menos de 18 anos.
- Ainda bem que tenho vinte e quatro.
Ele sorri.
-Um dia eu te conto, e aí, diminuiu a timidez?
-Um pouco, foi só o impacto da chegada.
-Que bom, já estava preocupado em não ter agradado.
- Nossa, nem te falo o quanto agradou.
Meu telefone toca e já sei quem é.
-Eu tenho que atender.
Ele confirma com a cabeça.
-Oi amiga.
-Checando pra saber se você está bem. (Diz Alê).
-Muito bem! Pode ficar tranquila.
-Qualquer coisa, se não puder ligar, me manda mensagem, que eu chamo a polícia.
-Tá bom. Beijo.
-Beijo.
-Telefonema de checagem?
Fico surpresa com a pergunta dele, não imaginei que ele fosse saber dos meus truques.
-Uma mulher precavida pode salvar sua própria vida.
-Concordo com você. Passei no teste?
-Por enquanto sim.
Ele ri e diz.
-Já comprei os ingressos, daqui a pouco vão abrir a sala. Você quer pipoca ou algo pra beber?
Eu? Não passa um farelo no meu estômago. Eu não conseguiria comer, talvez depois quando estiver mais relaxada.
-Não, eu acabei de comprar uma garrafa de água.
Amostro a ele a garrafinha na bolsa.
-E eu?
Ele me olha sem entender a pergunta.
-Passei no teste?
- Ahhh sim, com certeza... Estou pensando até em mudar de planos.
-Não quer mais assistir Avatar.
-Aqueles homens gigantes de cor azul? Não... Eu quero é assistir outra coisa...
Ele empurra o corpo pra frente e se apoiado nos joelhos e me olha de lado com aquela cara de safado.
E eu? Fico vermelha igual um pimentão. Olho para a porta do cinema e vejo que abriram a sala. Dou um pulo do banco e digo:
-Abriram a sala, vamos?
Ele levanta e concorda com a cabeça. Nossa ele é tão grande, e estar dentro dos braços dele é maravilhoso.
Paramos na fila para entrar e ele segura a minha cintura por trás. Não falamos nada. Só ficamos assim, um meio que grudado no outro. Ele apoia a seu queixo no alto da minha cabeça antes de deixar um beijo ali.
-Eu posso estar sendo repetitivo, enfim... Você tem um cheiro muito bom!
-Estamos meio que fudidos. (Digo pra ele)
-Porque?
-Achamos que o cheiro não ia combinar, que o beijo também não. E aí...
-Pois é... Podemos ficar viciados...
Eu olho para ele e vejo uma sombra em seus olhos, como se tivesse pensando em algo que pudesse atrapalhar isso. Ele percebe que eu o estou observando, dá um sorriso só com os lábios e me alerta dizendo que a fila andou.
Chegou nossa vez de entregar os ingressos, e logo depois entramos na sala.
Nossa cadeira é lá em cima, no fundão, amei porque sempre, são as minhas preferidas.
Nos sentamos, um do lado do outro.
-Gostou da posição das cadeiras ? (Ele pergunta)
-Sim. É bem mais confortável do que ficar lá em baixo.
-Também acho.
-Você vem muito em cinemas?
-Eu... Não... Nunca... acho que deve ter uns cinco anos que não piso num. E você?
-Também não, acabo não tendo tempo pra isso.
-Entao porque sugeriu vir ao cinema? ( Ele me pergunta)
- Porque era um lugar íntimo e ao mesmo tempo em público e barato. Eu pretendia pagar meu ingresso.
Não tenho vergonha e nem constrangimento de dizer, que meu dinheiro e contado. Até gostaria de vir mais vezes nesses lugares, mais com a grana curta, me acostumei a não vir. E pra dizer a verdade, nem sinto falta.
Tenho objetivos na vida, e meu objetivo agora é me formar.
-Eu nunca ia deixar você pagar nada Eva. Eu convidei, eu pago. Numa próxima vamos jantar então, comida japonesa, por favor.
Eu sorrio para ele. Ele ama comida japonesa, já eu nunca provei, e admito que tenho certo receio de comer peixe cru, mais não sou doida de não experimentar, afinal só podemos dizer se gostamos de algo se experimentarmos.
-Combinado.
As luzes são apagadas e ninguém senta ao nosso lado, o que dá mais privacidade ainda para nós. Ele põe os braços por trás das minhas costas e me puxa para seu peito, fica mexendo no meu cabelo. Se continuar assim, é bem capaz de eu dormi e não ver Avatar nenhum.
-Eu vou dormi assim...
-Não quero que você durma. Só que relaxe, seu coração está acelerado.
Ele diz baixinho no meu ouvido pondo as mãos no meu pulso.
Boto minha cabeça perto do seu coração, escuto o dele também acelerado.
-O seu também está.
- O meu está acelerado por outra coisa.
Levanto a cabeça e o encaro.
-O que?
Ele me olha travesso e diz:
-Vai começar o filme. Volta pra cá.
Eu volto a deitar no peito dele.
O dele está acelerado porque está excitado?
Será?
Olho diretamente para a calça jeans dele e vejo algo bem visível ali.
Quando ele chegou, certeza que não estava assim, eu olhei.
Céus... Que agora que minha calcinha molhou de vez.
Se ele resolve me tocar, como vou resistir e dizer que é cedo demais? Se só fazendo carinho eu já estou meio descontrolada.
Que química dos infernos!
Começa o filme e nos dois continuamos na mesma posição. O filme parece bom, prende a nossa atenção e os gigantes são fofos!
De repente ele começa a se remexer na cadeira, se ajeitando de 5 em 5 min. Olho para a calça dele, aquela ereção deve está incomodando.
Ahhh Eva, você já fez isso com Danilo e outros caras várias vezes.
Porque está tão inibida hoje?
Porque é cedo pra ele saber que eu sou abusada?
Porque ele pode me tachar como vagabunda?
E porque será que eu estou preocupada com isso?
Eu sempre fui muito bem resolvida com essas coisas. Porque a opinião dele importa tanto pra mim?
Não devia.
Eu levanto a cabeça e ele me olha.
-Está incomodado porque?
-Nada...
-Fala...
-Eu não quero te constranger.
-Está incomodado por causa disso.
Ponho a mão em frente a calça dele.
Caraca, está muito duro! E eu não sei se vai caber em mim não.
Ele chega para frente e pega minha boca num beijo faminto, enquanto eu acaricio seu pênis por cima da calça.
-Eva não faz isso, vai piorar.
-Não vou te deixar sair daqui com essa ereção gigantesca.
- Ainda tem muito tempo para o filme acabar, até lá o infeliz já baixou.
Olho para ele e vejo ele meio constrangido.
-Porque está constrangido?
-Porque meu corpo está agindo como se eu fosse a porra de um adolescente. Isso é um bom motivo para meu constrangimento.
- Eu gosto de saber que vc está duro porque eu estou perto de você.
-Gosta?
-Gosto.
Ele me beija, um beijo molhado, morde minha boca e arfa não parando de beijá-la.
-Deixa eu te tocar. ( Digo sussurrando)
Ele me olha com os olhos brilhantes e
concorda com a cabeça.
Tiro o casaco e ponho no meu colo.
Enquanto isso ele beija meu pescoço e lambe.
Eu abro seu cinto, o botão da calça e depois o zíper. Ponho o casaco na frente do corpo dele e murmuro.
-Não faça barulho, se não vão descobrir nossa brincadeira.
Enfio a mãos dentro da cueca, e está tão quentinho e macio. Tiro a mão, molho com saliva e volto com ela para dentro. Ele me ajuda abaixando um pouco a cueca, e segurando na base até eu pegar jeito. Começo fazer os movimentos de vai vem, ele me pega pelo rosto, começa a me beijar, a mordiscar e lamber meus lábios, vai até meu pescoço e faz o mesmo.
-Mais rápido Eva, aperta mais um pouco.
Eu faço o que ele me pede.
-Isso baby, que delícia.
Ele vai até a minha blusa e lambe o decote no meio dos meus seios. Pega uma mão e afasta o decote da blusinha para ver dentro.
- Muita vontade de chupar esses peitos lindos, no meu sonho, eu mamava neles até se derreter em cima de mim.
Quanto mais ele fala essas sacanagens, mais eu fico molhada.
Continua me beijando até que a respiração dele começa a ficar difícil.
Eu aperto mais e ele geme baixinho, começo a mexer mais rápido.
-Porra! (Ele diz baixinho).
Quando sinto que ele vai gozar, enfio a cabeça dentro do casaco e chupo todo seu gozo, não deixando sujar nada.
-Caralho! (Ele diz surpreso)
Quando ele termina, ele me levanta segurando minha cabeça e me beija.
-Menina, você vai me matar se continuar fazendo essas coisas...
Ele diz dando um suspiro.
-Aliviou?
-Muito querida, que boquinha gostosa!
Ele me beija mais uma vez, põe o pau para dentro da calça novamente e volta a ficar na posição anterior, acariciando meus cabelos.
E eu? Bom eu amei masturbar e chupar aquele pau, foi muito gostoso.
Tenho que concordar com ele, podemos nos viciar nisso fácil.
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