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Herdeiros Dominadores

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David Franklin
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9.0
Notas

Resumo

Muitas famílias abastadas gostam de esconder os segredos de sucesso que lhe ajudaram a se elevar a patamar altíssimos na sociedade. No entanto, nunca houve tanta especulação de como a família Smith, dona de um império bilionário que se estende por vários países, conseguiu se erguer tão alto. Séria o seu segredo uma mente inovadora, trabalho árduo em equipe, ou talvez um antigo e misterioso ritual sexual que ninguém nunca pensou a respeito. O segredo dos Smith está escondido até mesmo dos seus membros mais jovens, que devem esperar atingir a idade adulta para descobrir o motivo de sua família ser tão rica, e neste livro finalmente ficaremos sabendo o motivo. Preparados?

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Prólogo

Os Smith

Matthew Smith de 17 anos passou a mão pelos cabelos loiros, os olhos azuis atentos ao céu da mesma cor, o sol aquecendo sua pele clara. O dia estava perfeito, na temporada estendida em Paris fora disso que sentia mais saudade, o sol e o silêncio da propriedade Smith.

Deitado na borda da piscina, apenas de sunga azul, o corpo definido pelas horas de academia exposto ao sol, era um contraste com a mansão logo atrás dele. Uma estrutura de cinco andares, toda feita de pedras. Matthew gostava do local, estava na sua família há séculos, e passava por inúmeras formas, menos a fachada que era sombria com suas inúmeras janelas de vitrais antigos e escuros, Matthew não gostava de olhar para aquelas janelas, tinha a sensação de ser vigiado. E talvez fosse isso que estivesse acontecendo, afinal a casa era cheia de seguranças e empregados.

Ele gostava daquela vida, gostava do conforto. Ele sentia um pouco de orgulho por ser um Smith.

Christian Smith de 17 anos se levantou da cama com urgência. Vasculhou o chão com carpete rosa felpudo e catou suas roupas e as vestiu.

—Já vai embora?— Ele olhou surpreso para a garota nua na cama. Não queria que ela acordasse. Mas sempre tinha de ser assim, certo? Não podia ser um canalha completo.

—Sim. Sou Christian Smith, o que esperava de mim?— A garota abriu a boca surpresa —Olha, antes de abrir as pernas para mim, deixei claro que não quero compromisso, é uma noite e pronto— Deu de ombros —Sinto muito.

Vestiu a blusa e deu um beijo na bochecha da garota que havia esquecido o nome e saiu dali. Passou pelo corredor do décimo andar e pegou o elevador. Um cubículo pequeno com paredes espelhadas que ele achou cafona.

Pelo menos havia valido a pena todas aquelas bebidas na boate e se locomover para tão longe. A garota cujo o nome ele esqueceu era uma fera na cama, e ele ainda podia sentir os arranhões pelo corpo. Iria voltar a encontrá—la? Esperava que não. Pegara o número dela? Para quê? Jamais ligava. Sua lista com garotas que ele sairia pela segunda vez era microscópica.

Olhou seu reflexo. Havia crescido, graças a academia o seu corpo era perfeito, os cabelos ruivos ficavam despenteados de uma forma que o deixava mais sexy e os olhos verdes eram luminosos e chamavam atenção de todo mundo.

Usar roupas de marca o destacava de todos, sem falar nos carros importados que o pai tinha na garagem.

O pai, ou melhor, os pais. Tinha dois pais, James e Elliot Smith. Amava os dois, foram eles que o adotará e dera tudo do bom e do melhor. Mas jamais seria como eles. Quer dizer, respeitava o fato deles se amarem e tal, mais não conseguia se imaginar com outro cara. Apenas mulheres, mulheres eram seu mundo.

As portas do elevador se abriram e um porteiro corpulento deu um sorriso maroto para ele. Christian passou direto, para quê perder tempo com alguém tão inferior? Sua conta bancária servia para separá—lo de pessoas como aquele porteiro, certo?

Abriu a porta de vidro e destrancou o carro vermelho importado e entrou. Deu uma última olhada no prédio decadente, mostrou o dedo do meio, como se alguém o estivesse vendo e deu partida no motor potente.

Assim que Christian estacionou em frente a imensa mansão de pedras onde morava, xingou alto. As luzes do hall estavam acesas, o que queria dizer que James estava acordado esperando ele. Talvez para dar mais um sermão daqueles que ele fingiria ouvir.

Saiu do carro e caminhou decidido e abriu a porta. De fato James estava lá, sentado nos últimos degraus da grande escada. Christian não conseguia ver sinais de velhice no pai, ele parecia um garoto pequeno e magro sentado ali sozinho.

—Quando você era pequeno— Ele disse olhando os degraus —Sentávamos aqui e esperávamos seu pai chegar. Quando ele chegava você corria para abraçá—lo.

—Pai. Porque está acordado até essa hora?— Precisava manter a calma.

—Porque você está acordado até essa hora?— Ele se levantou. Era mais baixo que o filho —Não pense que não sei onde esteve.

—E daí? A vida é minha, pai.

—De fato, é. Mas eu amo você e me preocupo com você.

—Não enche.

—Você é meu filho. Não tem como não me preocupar.

—Não. Sou adotado— Explodiu —Não sou nada de ninguém aqui! Me deixa em paz!.

E saiu novamente fechando a porta com força. Com sorte aquela maldita madeira velha quebrasse e precisassem por portas melhores.