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Capítulo 8

- Sim Sim! Então, nos dias seguintes ao que aconteceu? —Samantha quer todos os detalhes mas lamento decepcioná-la, pois daquele momento em diante Dario e eu mal nos falamos.

- Menos e nada. Apenas algumas frases trocadas com muita rapidez e frieza. — Dou de ombros e ela parece se importar mais do que eu.

Felizmente estamos quase no carro dele e a conversa se volta para o início iminente da universidade.

— Você sabe que isso vai te levar para a universidade, certo? - ele me pergunta, aplaudindo com um sorriso no rosto e eu rio.

- Nono. Farei com que Logan venha comigo. Fico muito mais confortável com ele e então... gosto de ficar sozinha com ele. - admito corar.

— Acho que não, considerando que como está no último ano, ele começa as aulas uma hora antes de nós. — ele me revela e meus olhos se arregalam.

Mas você está brincando?

Não é possível!

Isso significa que terei que ir para a escola com Dario, a menos que ele me deixe na rua, é claro.

- Ótimo. —Murmuro ironicamente enquanto paramos em frente ao carro dele.

—Se eu não morasse do outro lado do mundo de onde moro, eu viria te procurar, sabe? E então chegou a hora de você tirar sua habilitação! —ele exclama e eu bufo.

Entre os compromissos escolares, tudo o que estava acontecendo com meu pai e uma leve ansiedade para dirigir, não consegui nem tirar minha carteira de motorista.

E agora estou pagando as consequências.

Amargo e terrível como nunca antes.

Se eu soubesse que eles seriam tão sérios quanto Dario Terrilkl me levar para a escola, talvez eu tivesse tentado um pouco mais.

- Não te preocupes. —digo com resignação enquanto entro no carro com ela.

Ligamos o ar condicionado e tocamos reggaeton, ignorando os problemas mesmo que por alguns minutos.

Ele para na frente da casa e fica boquiaberto, parabenizando-a repetidamente por cerca de dez minutos.

Eu já tinha dito a ele que parecia mais um palácio do que uma casa normal.

—Isso é... uma piscina coberta? —ela exclama incrédula, apontando para a área envidraçada além do jardim e eu aceno.

— Sim. Imagine, descobri dois dias depois de chegar. — eu rio, balançando a cabeça.

— Bem, espero que você passe seus dias nele. — diz ela, ainda incomodada com a vista impressionante.

—Na verdade nunca tomei banho nele. — Encolho os ombros e ela me olha com os olhos arregalados.

— Sempre me pergunto se você está vivendo ou simplesmente existindo, Serly. -

Eu também me pergunto isso, mas nunca consigo me dar uma resposta válida.

Acho que não estou realmente vivendo.

Depois de me despedir, volto para casa e encontro um bilhete que diz que Logan e seus pais saíram para jantar, pois precisam apresentá-lo aos associados de seu pai. Os gêmeos, porém, vão dormir na casa de alguns amigos da escola.

Suspeito imediatamente que Dario possa estar em casa, mas percebo que se fosse esse o caso ele provavelmente já teria vindo me incomodar. Além disso, não posso procurar isso pela casa toda! Isso só iria tirar sarro de mim.

Subo para tomar banho e levo meia hora para tirar toda a areia de cima de mim. Ela desceu as escadas com o cabelo preso em duas tranças bagunçadas e vestida apenas com uma regata e shorts. Já que é hora do jantar, decido pedir uma pizza, pois estou bastante desconfortável com o fogão.

De qualquer forma, quando estou prestes a ligar para a pizzaria, ouço a porta da frente se abrir.

Aproximo-me, esperando que sejam Logan e seus pais, mas encontro Dario na minha frente.

Ele está vestindo jeans preto e uma camiseta branca que abraça perfeitamente seu abdômen e bíceps esculpidos.

Fico olhando para ele por alguns segundos, mas não exagero porque sei que mais tarde ele usaria isso como desculpa para zombar de mim.

- Os demais? – é a primeira coisa que ele me pergunta, fechando a porta atrás de si.

—Estão todos lá fora. — Respondo simplesmente sem dar muitas explicações, como ele sempre faz comigo.

Ele balança a cabeça lentamente.

—Então temos a casa só para nós. -

Ele diz isso com um tom de voz tão profundo que me faz corar e me perguntar o que sua frase significa.

— Eu estava pensando em pedir uma pizza. Queres um? — Tento me distrair desnecessariamente desviando a conversa para comida.

—Mas não, por que você está perguntando? -

— Porque ele seria capaz de colocar fogo na casa. — Encolho os ombros e ele ri.

Aquele sorriso que ele nunca mostra é tão lindo que faz meu coração derreter, sem falar na sua risada adorável.

Sei que esta talvez seja a primeira conversa civilizada que tivemos desde que nos conhecemos.

— Você tem sorte porque estou bem. - ele diz erguendo as sobrancelhas e eu sorrio olhando para baixo, pois lembro que a mãe dele já havia comentado isso comigo.

— Retire a massa folhada, a cebola, o aipo e a soja. —sugere, listando os ingredientes que sabe de cor.

— Hum… o que devemos preparar? - pergunto confuso e ele ri mais uma vez.

Hoje ele está com um humor estranhamente bom.

- Rolinho primavera. Você é um caso perdido. — ele sorri e eu encolho os ombros, como se dissesse que eu avisei.

Ele se levanta e eu faço o que ele pede, tentando não ficar muito feliz com sua leve mudança de humor.

Não quero ficar muito complacente porque se ele voltasse à sua arrogância habitual, o que é muito provável, eu ficaria muito pior.

Depois de um tempo, ele volta vestindo apenas uma calça de moletom cinza, deixando os peitorais bronzeados à mostra, ondulando a cada movimento.

Assim que ele percebe onde meus olhos estão, ele levanta uma sobrancelha e eu coro de vergonha, imediatamente desviando o olhar.

Começamos a cozinhar e ele zomba de mim sempre que pode, porque eu nem sei picar cenoura.

Em qualquer caso, não é uma zombaria dura e mesquinha como outras vezes.

É diferente, porque quando ele faz isso me faz rir também.

- Não é complicado! Apenas gire assim. — ele delicadamente coloca suas mãos em cima das minhas, elevando-se completamente sobre elas.

Não faz sentido negar que no exato momento em que ele me toca sinto um pequeno, mas poderoso choque elétrico percorrer todo o meu corpo, mas finjo que nada aconteceu. É melhor assim, até porque não sei explicar porquê.

Felizmente conseguimos não queimar a casa e os pãezinhos estão literalmente deliciosos.

— Você fez curso de culinária? — pergunto, mordendo o terceiro bagel que como em dez minutos.

- Talento natural. - ele se gaba, franzindo os lábios.

Eu, entretanto, estou usando todo o meu autocontrole para não deixar meu olhar cair em seus peitorais... mesmo que ele não tenha tido muita dificuldade em ser pego enquanto olhava descaradamente para o decote da minha camisa.

Assim que o jantar termina, ele dá um pulo.

- Onde você está indo? — pergunto instintivamente, me arrependendo imediatamente pois não espero uma resposta dele.

Mas ele me dá.

- Na piscina. Tomo um banho. —ele afirma casualmente, mantendo o olhar fixo em mim.

Aceno lentamente e começo a guardar os pratos, já satisfeita por ele ter me proporcionado uma noite tão agradável e inesperada.

- Vem comigo. - ele exige, mais que uma pergunta, e eu me viro de repente.

Mas ele é louco?

Não posso tomar banho sozinha com ele.

O que diabos está acontecendo com ele?

— Não me diga que você está com medo. — ele finge fazer beicinho zombando de mim e eu reviro os olhos.

—Do que devo ter medo? Vamos, vamos ouvir. —Deixo ele escapar e ele encolhe os ombros.

– Eu também me pergunto isso. Vamos vamos. —repete uma última vez, começando a se dirigir para a área além do jardim.

Soltei um suspiro e balancei a cabeça antes de segui-lo. O que aconteceu com você esta noite?

Ele passou de apático e arrogante a estranhamente agradável.

Ainda não é doce, mas é legal.

Chegamos e ele me deixa entrar antes de fechar a porta de vidro atrás de nós.

Tenho a oportunidade de ver a piscina pela primeira vez tão de perto e é realmente maravilhosa.

Quando me viro para Dario, percebo que ele já tirou as calças.

Não achei que ele estivesse falando sério sobre tomar banho. Pensei que ele simplesmente me mostraria a piscina e talvez ficasse ali deitado olhando as estrelas.

Não, ele não é o cara.

— Te espero lá dentro. —ele afirma com um sorriso antes de se mover em direção à beira da piscina.

- Ei, espere! Eu não tenho fantasia. — respondo e ele volta o olhar para o céu.

- Que bom é! O que faz você pensar que eu tenho isso? - zomba.

Boxers Armani que fazem o seu corpo parecer ainda mais esculpido do que já é.

—Quando você parar de olhar para mim, comece a se despir. —ele responde e eu levanto as mãos no ar.

Eu gostaria de discutir, mas ele já interveio.

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