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♥ Capítulo 2 ♥

Madison Conner.

09:15 — Faculdade — EUA — Washington.

Soltei um suspiro de alívio quando finalmente cheguei na faculdade, meus pés estão me matando, meu corpo começou a doer mais ainda nessa longa caminhada. Queria tanto ter pelo menos algum dinheiro para vir de ônibus, não aguento andar tanto assim.

A faculdade é bem grande, eu confesso que tenho inveja daqueles que escolheram ficar nos dormitórios, queria tanto ficar nos dormitórios, fazer amigos, ser alguém normal. Mas infelizmente eu não tenho nenhuma condição para ser normal.

Vou caminhando para dentro e mantenho distância dos alunos que passaram perto de mim, como sempre estou usando uma calça jeans escura, uma camiseta branca por dentro e por fora estou usando uma camisa preta com mangas que chegam até o meu pulso. Subo para o segundo andar e virei para a direita e continuo andando, chego na minha sala e vou entrando, noto que já tinha algumas pessoas.

Fui indo para o meu lugar que é no fundo, me sentei perto da janela e coloquei minha mochila em cima da mesa.

'' É aquela garota estranha, não é? ''

'' Sim, é ela mesmo.''

'' Porque ela é assim? Eu tentei ser amiga dela e a única coisa que eu recebi foi um vaza dela. ''

'' Dizem que ela é louca. ''

Tentei ignorar os sussurros deles, mas eles estão falando um pouco alto demais, parece que querem que eu escute isso. Como se eles soubessem de alguma coisa sobre mim. Eu não tenho culpa de ser estranha, eu não tenho culpa!

Virei o meu rosto em direção a janela e fiquei observando o céu.

Eu me questiono, como você deve está aí no céu, mamãe? Está feliz? Porque eu não estou, seu marido surtou comigo e agora sou o saco de pancada dele. Eu queria estar com você no céu.

— Bom dia, alunos. — A professora de artes entrou.

Ela é uma mulher muito linda de quarenta anos, a cor da sua pele é branca, a cor dos seus cabelos são castanhos claros, a cor dos seus olhos são azuis escuros, ela é alta, deve ter um metro e sessenta e cinco por aí. Ela é uma mulher que cuida bastante da sua aparência, o seu marido é o professor de química da nossa faculdade.

— Bom dia, professora. — Todos respondem, exceto eu.

— Sei que já estamos no segundo período, mas hoje temos uma novata. Entre, por favor.

A porta foi aberta por uma garota muito linda, linda mesmo, eu tenho que admitir isso. E percebi que todo mundo achou isso, ela fica ao lado da professora com uma boa postura.

— Essa é Hailey Maxwell, a nova colega de vocês.

— Prazer em conhecer vocês, eu espero que possamos ser amigos. — Até sua voz é linda.

Ela é uma mulher ruiva muito linda, a cor dos seus olhos são azuis bem escuros, o formato do seu rosto é triangular, que deixa tudo mais ainda lindo nela. A sua altura deve ser um metro e sessenta, porque dá para ver que ela é mais alta que eu, ela tem um corpão, uma cintura bem desenvolvida, um quadril largo, sua bunda é bem grande também, deixando tudo perfeito. Seus seios são bem grandes também, ela é simplesmente perfeita.

— Pode escolher seu lugar, senhorita Maxwell.

— Obrigada, professora.

Ela voltou a olhar para a turma e dou um sobressalto quando seus olhos se encontram com os meus, quase que eu fico admirando a sua beleza, mas logo me lembro da minha situação e desvio o olhar.

Espero que ela não escolha se sentar ao meu lado, não sei se irei conseguir ser rude com ela, porque tudo isso tem que acontecer comigo? Porque os nossos olhos tiveram que se encontrar? Bom, talvez ela possa me achar estranha também, porque todo mundo aqui se veste bem e tem roupas bem melhores que as minhas, todo mundo bem animados e eu alguém sem muito ânimo. É, isso deve ser o suficiente para ela não se sentar ao meu lado.

— Com licença, posso me sentar aqui? — Rapidamente virei o meu rosto para ela.

O que!!!!!!? Ela escolheu justo a mim? Porque!!?

— Madison, deixe ela se sentar. — Falou a professora me olhando sério.

Merda!

— Faça o que quiser. — Digo tentando soar indiferente, virei o meu rosto mais uma vez para a janela.

— Obrigada.

Ela se sentou ao meu lado e acabei sentindo o cheiro do seu perfume, é muito bom.

Se contenha, Medison! Lembre-se do que o seu pai é capaz de fazer com você.

— Bom, vamos começar a aula. — A professora falou e foi caminhando até a sua mesa.

Abri a minha bolsa e tirei o meu caderno de desenho.

— Na aula anterior, vocês fizeram um desenho da arte rupestre, devo dizer que fiquei muito surpreendida com cada um dos seus desenhos. Agora, nessa aula será livre, quero que desenhe o que vocês acharem melhor.

Vejo que todo mundo se animou.

— Comecem.

Soltei um suspiro.

Não sei que devo desenhar.

Olhei discretamente para o lado e quase meu coração saiu pela boca, ela está me olhando descaradamente.

— Algum problema? — Questionei friamente.

Ela deu um sorriso.

— Nenhum.

— Então peço que pare de ficar me encarando, é desconfortável. — Desviei o olhar dela e foquei no papel.

O que eu devo desenhar?

— Você é sempre assim? — Foquei nela.

— Assim como? — Questionei sem entender a sua pergunta.

— Fingir ser algo que você não é? — Seus olhos azuis escuros focam nos meus.

Como se você soubesse de algo.

— Cuida da sua vida. Por favor, pare de ficar me importunando, quero focar na minha atividade.

Ela deu de ombro.

— Se é isso que quer, tudo bem. — Ela desviou o seu olhar de mim e focou no seu caderno de desenho.

Me sinto culpada em agir assim com ela, mas não quero que ninguém se machuque por minha causa.

Desse jeito é melhor.

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