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CAPITULO 01 Kilyan

Capítulo 01

Onde no ano de 1692, houve a caça as Bruxas, aqui agente aprende esse fato histórico na escola, nada como morar em uma cidade que foi marcada por violência e sacrifício, foram mortos 14 mulheres e 5 homens por enforcamento, condenados por fazerem bruxaria, na verdade, foi uma condenação injusta.

Meu pai me contou quando ainda era criança que o verdadeiro causador desses sintomas foi por causa de um fungo.

— Filho, aquelas pessoas fizeram a ingestão de pão de centeio contaminado, por um fungo que chamava Claviceps Purpúrea, naquele ano havia chovido muito, e houve a formação desse fungo, assim contaminando a plantação de centeio, esse fungo, prevaleceu no pão depois de pronto que acabou contaminando um grupo de garotas que tiveram, tremores, febre e convulsões, delírios e ataques de gritos.

Assustando muitas pessoas dessa pequena comunidade, algumas dessas garotas, disseram que mulheres locais, tinham as enfeitiçado, e uma delas era uma escrava, que trabalhava em uma das casas da área, foi o suficiente para promover um pandemônio, na comunidade.

Essas pessoas foram a julgamento e veio a condenação, por bruxaria, assim sendo condenadas a forca, surgindo de forma avassaladora uma histeria em massa, a cidade ficou enlouquecida, chegou a condenar dois cachorros, por bruxaria tamanha foi a loucura.

— Esse triste fato que marcou nossa cidade, de forma tão negativa, e ate nos dias de hoje, são promovidas visitações no museu da cidade, mesmo tendo sido comprovado a inocência dessas pessoas, e as famílias tendo sido  indenizadas, depois de muitos anos, o estado reconheceu seu erro, mesmo assim, nossa cidade ficou conhecida pela caça as bruxas de Salem, a minha cidade é linda e tranquila de se viver, mas é motivo de visitação, por esse triste fato, acaba deixando uma marca nos moradores locais que são cheios de historia e teorias que são contadas de geração a geração por tantos anos, por isso meu filho também estou te contando, quem sabe daqui uns anos será você contando ao seu filho.

— E uma história assustadora papai, não acho que vou querer contar, para meu filho, mas eu acho papai, que não acredito nesse negócio de Bruxas, acho que e história para deixar as crianças com medo.

DIAS ATUAIS

Acordo, estico o meu corpo, estou um pouco dolorido, depois da sessão pesada de treinos que faço diariamente, mas nada que eu faça, consegue aplacar essa sensação de que estou perdendo algo na minha vida, afasto esses pensamentos para um lugar escuro na mente, eu não deveria me sentir assim, como se eu tivesse fora de contexto na minha própria história.

Me levanto faço a minha higiene pessoal, visto o meu uniforme, faço meu café, como com alguns ovos mexidos, escovo os dentes e vou para o serviço, sou bombeiro e paramédico, e hoje é dia do meu plantão, moro em pequena cidade de Massachusetts, a minha cidade é conhecida pelo mundo inteiro, mas não é por um bom motivo, moro em Salem.

Lógico que acho essa história toda de caça as Bruxas um absurdo total, na verdade acho que balela, não existe nada dessas coisas de seres místicos, fada, Bruxa, vampiro, gnomos, lobisomem, isso é perda de tempo de quem acredita.

E penso isso desde criança, quando meu pai me contou pela primeira vez, sobre a caça as Bruxas de Salem, ele decidiu me contar, quando cheguei em casa com um trabalho escolar para fazer sobre esse assunto, dou uma risada, pegando minhas chaves do carro, não sei o que deu em mim, para me lembrar disso umahora dessas.

Chego no quartel e logo acontece uma chamada, eu e o meu companheiro que é o motorista, corremos para atender o chamado.

Chegamos no local indicado, era um acidente doméstico com fogo, o botijão de gás havia estourado, devido um vazamento, a cozinha da casa pegou fogo, que fez com que subissem labaredas, conseguimos conter o fogo e retirar a vítima que estava bastante queimada é inconsciente, ajudamos a paramédica que veio de outra cidade para dar o apoio necessário para nossa pequena equipe de dois homens, ajudamos ela a colocar o homem na ambulância, finalizamos a ocorrência, voltando para o quartel.

Em cidades pequenas, raramente acontece algo novo, nenhum acidente ou intercorrência, os nossos dias eram tranquilos, mas não naquela tarde.

Recebemos um chamado da central dizendo que um homem estava deitado na entrada do bosque, com várias lacerações no corpo, feitas por tiros e facadas.

— Saímos em disparada, chegando no local, avisto o homem, de longe corro para fazer os primeiros socorros, quando toco o seu pescoço, percebo que está vivo, com a pulsação mais acelerada que o normal, ele começa a convulsionar, na minha frente, pego a medicação e peço ao Carter o meu colega para imobilizar o homem, pego a injeção com o medicamento, espero dois minutos e nada, faço uma segunda dose, aguardo mais dois minutos nada de parar as convulsões.

— Depois de cinco doses, atingindo a extra dosagem que o corpo consegue aguentar, mas esse cara tá queimado o medicamento igual água.

— Carter, eu não sei mais como ajudar, vamos remover ele daqui para o hospital, falo com meu colega, mas simplesmente do nada, ele para de se mexer, embaixo das nossas mãos, eu e o Carter já estávamos fracos de tanto, nos esforçar para segurar ele firme no chão, no total esperamos 8 minutos que pareceram uma eternidade, levamos um susto quando do nada, o homem abre os olhos de uma tonalidade de um amarelo com manchas vermelhas, pude ver porque estava olhando as pupilas dele, que estavam dilatadas, no segundo que os olhos dele mudaram de cor, ficaram verdes.

— Kilyan você viu isso, a cor dos olhos dele? Tem algo muito errado aqui, cara.

— Deve ser algum tipo de droga nova Cárter, só pode ser isso, digo para ele, que ainda segura os ombros do homem.

Foi quando ele, abriu e fechou os olhos, e pouco depois os abriu dando um pulo para trás, segurando na garganta do Carter, arrancando o pescoço dele fora, eu não fiz nada, congelei no lugar, o Homem joga o corpo do meu colega no chão sem vida, e caminha na minha direção, mas nada faço, continuo a olhar, para ele que para em frente a mim, olhando nos olhos.

Não recuou, não tive medo, ele me cheira e diz:

— Você não é um simples humano, você tem o gene de lobo, por isso vou poupar a sua vida, mas não estará livre da maldição lançada sobre a nossa descendência.

— Disse isso e mordeu o meu pescoço, sinto uma dor forte e seguro o local, fazendo pressão, sinto o sangue molhar o meu uniforme.

— Meu Deus, você e louco cara? me subiu um ódio terrível, depois que ele me mordeu, eu penso, porque ele fez isso, ele só pode ser louco, matou o meu colega, agora me morde.

Mas fico tonto e as minhas vistas escureceram, e acabo desmaiando.

Acordo e olho para os lados, não reconheço o lugar onde estou, e uma floresta bem fechada, tem árvores para todos os lados, sinto uma dor terrível, começando no meu estômago, não consigo conter-me, grito e me contorno de dor, começo a vomitar, o meu corpo todo fica tremendo, tento me controlar, mas meus sentidos não me obedecem, a dor só piora, parece me virar do outro lado, apago.

Escuto passos, mas meus ouvidos estão estranhos, posso ouvir sons da floresta ao meu redor, tento abrir os meus olhos, mas, não consigo, começo a sentir aquela dor novamente.

Por Deus me mate, não posso suportar, mas tempo dessa dor.

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