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O Chef 2

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Nalva Martins
83
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9.0
Notas

Resumo

Uma comédia pra lá de romântica! No livro 2 dessa trilogia, vocês vão dar boas risadas com uma Flávia completamente grávida, um tio Oliver e o papai Adonis se mordendo de ciúmes de uma fadinha adolescente e na descoberta do primeiro amor e um romance dominante entre a policial Simone e o nosso semi vilão Petrus. Ah! E não podemos nos esquecer o Adam, a final, esse vilão implacável ainda não pagou as suas dívidas com a Agnes e Adonis. Boas risadas. Novos suspiros apaixonados. Novos amores. Muita ação. Eu já falei mitas risadas? O Chef 2 espera por você aqui na plataforma.

comédiaromance

Sinopse - parte 1

AGNES FERRAÇO

Nove meses depois…

Sentada debaixo de uma árvore e lendo um bom livro sobre bebês, escuto as risadas da minha filha brincando com o pai no jardim do prédio onde moramos. Depois da prisão do Adam, tudo parece mais tranquilo para nós agora. O bistrô finalmente está se encaminhando e o reconhecimento do lugar se espalhou por todo o estado e fora dele também. Quase não vemos a Simone, ela está realmente empenhada em ajudar o Petrus e esse insiste em ver o Adonis, mas acredito que o meu marido ainda não está pronto para perdoá-lo. É uma pena! Ouvi maravilhas sobre a amizade desses dois. Puxo levemente a respiração, quando sinto uma pontada incômoda na lateral da minha barriga protuberante. Kell está ansiosa por esse momento. Não há um dia que ela não conte uma linda história para a sua irmãzinha Carolina, e ainda faz planos de coisas que um dia farão juntas. Eu acho engraçado essa sua dedicação a esse serzinho que se quer conheceu ainda. Ponho o livro em meu colo e observo a dupla correr em minha direção. Adonis se joga na grama ao meu lado e a Kell se senta sobre os seus joelhos, de frente para mim. Ela está ofegante devido à corrida e assim que se acomoda, comenta:

— Não vejo hora dessa garotinha travessa sair daí de dentro. — Rio do seu comentário. Enquanto fala, ela aponta a barriga grande e arredondada. Adonis leva a mão ao meu ventre e o beija em seguida.

— Falta pouco, princesa. — Ele diz para nossa filha.

— Pouco quanto? Mamãe já completou os nove meses e nada dessa preguiçosa sair — resmunga, me fazendo rir da sua impaciência.

— Hum! Pode ser hoje, ou amanhã, não sei. Quando ela quiser, eu acho. — Ele explica e dá de ombros. A minha filha linda se inclina sobre a minha barriga, dá alguns beijinhos nela e sussurra para a sua irmãzinha:

— Carolina, eu acho bom você sair logo daí. Sabia que eu e o papai montamos um quarto legal e cheio de brinquedos para você, e que eu estou ansiosa para te conhecer? — Escuto o som dá risada baixa do Adonis e seguro o riso, enquanto acaricio os cabelos da minha filhota. Ela é mesmo muito persistente. Puxo uma respiração cansada e me ajeito na almofada que Adonis fez questão de trazer para me acomodar melhor.

— Hora de ir para casa, mocinha! — falo e ela faz uma careta de desagrado.

Detesto ser estraga prazeres, mas a Kell já tem doze anos e ela precisa ter um senso de responsabilidade e isso começa com a escola. Logo Adonis começa a juntar as nossas coisas, depois me ajuda a levantar e caminhamos pelo jardim despreocupadamente até entrarmos no prédio. A gravidez da Carolina, assim como a da Kell, está sendo bem tranquila e não atrapalhou em nada o meu trabalho na Model, tão pouco em casa e durante esses meses, pude agir como uma boa esposa e mãe. Assim que entramos no prédio, sinto uma pontada ainda mais forte que a de minutos atrás e automaticamente acaricio o meu ventre. Adonis como sempre está atento aos meus movimentos e me olha preocupado.

— Está tudo bem aí? — pergunta com um tom carinhoso e como sempre cuidadoso. Eu apenas respiro fundo fazendo um sim, pra ele com a cabeça. Logo que entramos no elevador, Adonis aperta o botão no painel e a Kell começa a cantar uma música animada e infantil. Enquanto o elevador nos leva para a cobertura, meu marido segura a minha mão, mas o seu olhar está o tempo todo atento a mim. As portas finalmente se abrem e Kell dispara correndo para dentro do apartamento. Eu e Adonis seguimos logo atrás dela, mas quando saímos do elevador, uma dor mais forte se alastra em meu ventre e paro de andar.

— Ai! — Solto um gemido dolorido.

— Agnes, o que foi? — Meu marido pergunta, largando a cesta no chão e se aproxima para me ajudar.

— Acredito que está na hora, amor. — Tento falar da forma mais tranquila possível. — Nossa neném vai nascer, Adonis — falo, puxando mais uma respiração, quando mais uma contração se aproxima. Ele me lança um olhar incrédulo.

— Tipo, agora?! — indaga nervoso e balanço a cabeça em concordância. Rapidamente ele me ajuda a entrar em casa e me faz sentar confortavelmente no sofá. — Fique aqui, vou ligar para Simone e pedir que fique com a Kelly e nós vamos direto para o hospital. — Mais uma vez concordo com a cabeça, porque estou concentrada em fazer os exercícios de respiração e contando os minutos entre uma contração e outra. Adonis se afasta no mesmo instante em que o meu celular começa a dar sinal. É uma mensagem da Flávia.

Mensagem da Flávia para Agnes:

Tiro saindo pela culatra.

Carolina está bem?

Mensagem da Agnes para Flávia:

Tiro onde?

A Carolina está me matando.

Mensagem da Flávia para Agnes:

AAAAAAAAAHHHH!!!

Ps. Isso é um grito.

Estou indo para a maternidade.

Mensagem da Agnes para Flávia:

Ai, meu Deus! Eu também!

Mensagem da Flávia para Agnes:

Porque isso dói tanto

Nos vemos na maternidade.

Uma dor ainda mais forte se alastra pela minha coluna e essa se espalha pelo meu baixo ventre. Fecho os meus olhos e seguro um gemido alto.

Mensagem da Agnes para Flávia:

Ooooohhhh!!!! Sem condições de digitar!

Minutos depois, Adonis desce as escadas segurando uma bolsa cor de rosa e outra branca a tiracolo. Mesmo sentindo mais uma contração, consigo abrir um meio sorriso para ele. Decidimos deixar tudo pronto e separado a mais de quinze dias, só esperando esse momento chegar e o contrário de mim que estou super nervosa, Adonis parece bastante complacente agora. Ele olha o relógio, provavelmente preocupado com a demora da Simone e quando o elevador faz sinal e a loira passa pela porta, ele respira aliviado.

— Como você está? — Ela pergunta com um sorriso feliz no rosto. Respiro fundo mais uma vez e forço um sorriso para ela.

— Está doendo muito. Juro que eu não lembrava mais o quanto é doloroso ter um filho — resmungo me levantando com dificuldade do sofá com a ajuda do meu marido e antes de sair, Simone me abraça rapidamente.

— Vão para a maternidade. Eu cuido da Kelly.

Minutos depois estou deitada em uma cama estreita de hospital e recebendo os carinhos do meu marido, enquanto me contorço de dor. Garanto que isso não é uma combinação ótima, mas o seu carinho é muito bem-vindo. Ele deixa um beijo cálido no meu rosto e seus dedos mexem o tempo todo com suavidade em meus cabelos.

— Respira meu amor, logo a nossa pequena Carolina estará em nossos braços — sussurra. Suas palavras levemente baixas, deviam me acalmar, mas não é exatamente isso que está acontecendo aqui. Mais uma dor forte surge e eu aperto com força a sua mão, mais um gemido alto. Ele suspira alto. Adonis parece sofrer ainda mais com o meu sofrimento. A porta do quarto se abre e uma médica passa por ela com aquele ar confiante.

— Como estamos indo, mamãe? — Ela pergunta de uma forma meiga e profissional em simultâneo.

— Acho que ela não quer esperar mais nem um minuto aí dentro, doutora. — Adonis tenta ser engraçado. A médica ergue o lençol e me lança um olhar espantado.

— Está certo, papai, A sua filha está com muita pressa. — Ela fala e em seguida mais médicos e enfermeiras entram no quarto. A doutora se posiciona entre as minhas pernas, se acomodando em uma cadeira e uma brincadeira nada agradável começa.

— Força, amor! — Adonis pede. Aperto a sua mão e faço força no mesmo instante, soltando um rugido alto e quase estrangulado.

— Isso Agnes, empurre mais uma vez. — A médica pede e na terceira tentativa de fazer força, eu escuto o choro agudo de Carolina ecoar por todo o quarto. Mesmo me sentindo cansada demais, consigo ver a minha neném nos braços da pediatra e choro ao vê-la pela primeira vez. Sorridente, Adonis me beija uma, duas, três vezes.

— Eu te amo! Te amo! Te amo! Você conseguiu, meu amor! — sibila enquanto me beija. Quando ele para os beijos e finalmente me olha, vejo seu lindo rosto contorcido pelas lágrimas derramadas. Ele não vai até a nossa filha como pensei que faria. Adonis continua ao meu lado, enxugando o suor em meu rosto com a ajuda de um lenço e alinha os fios dos meus cabelos molhados e colados em minha testa. Os seus carinhos finalmente me fazem relaxar.

— Parabéns, mamãe e papai! A sua filhinha é uma bebê muito saudável. Quer amamentá-la agora? — A pediatra indaga me estendendo um lindo pacotinho envolto em um lençol branco, com alguns detalhes de minúsculas flores cor de rosa. Sorrio erguendo os meus braços para segurar a minha filha pela primeira vez nos meus braços. Afasto um pouco a bata e ela logo abocanha o meu seio. Adonis sorri emocionado enquanto sua filha mama, ele dá singelos beijinhos na cabecinha cabeluda.

— Amo vocês, minhas três meninas! — sussurra.