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Nosso segredinho sujo

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Autora_nathy
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Notas

Resumo

Emily é uma jovem rebelde e sem freios, e visando pelo bem da filha, ao saber que fora encontrada com intorpecentes dentro do carro de um desconhecido, seus pais decidiram mandá-la para Summercity, uma cidade no interior da Austrália, para passar um tempo com os avós, mas nem ela esperava que encontraria ali, muito mais do que aconchego, na verdade iria viver seu maior dilema, desejar dois homens na mesma intensidade e não poder ter nenhum e nenhum outro, pois sabia que era errado. No entanto, ela nunca andou na linha mesmo, e ficará tentada ao desafio de tê-los para si. Será que ela consegue seduzi-los, ou seria o contrário?

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adrenalina

[EMILY]

Era noite, a adrenalina consumindo meu corpo, a brisa do vento em meu rosto, minhas mãos no volante, sem medo do perigo, e com um cara bem sexy ao meu lado, seria mais um fim de semana incrível, daqueles que todo jovem da minha idade tem, e acabaria comigo na cama do cara sexy, mostrando a ele o quanto sou boa em tudo que me proponho a fazer. Mas não, ao invés disso, estou na droga de uma delegacia, por que o maldito cara sexy, tinha drogas e intorpecentes junto dele, fomos parados em uma blitz e estava tudo certo, até o policial pedir que decessemos do carro, ele começou a nos revistar e o seu amigo inspecionar o veículo do minha companhania, até tentei flertar com o policial, mas pelo visto ele era fiel a esposa dele.

Minha intenção não era seduzi-lo, somente sair ilesa dessa situação, como já havia feito algumas vezes, mas desta, não obtive sucesso.

E comecei a bater com as unhas sobre a tela do meu celular, ansiosa, com raiva, e com um pouquinho de medo, já era a quarta vez no mês que vinha parar " acidentalmente " em uma delegacia, e algo me dizia que meus pais não acreditariam que não era minha culpa, assim como a calcinha vermelha, e os dois kits de sadomasoquismo, vieram parar em minha bolsa, ah, e também as seis garrafas de algum whisky barato, que estavam no carro do meu amigo.

Juro que desta vez a culpa não é minha, eu nunca usei droga, já bebi álcool além da conta, e sei que não deveria por que sou menor de idade, eu gosto de culpar que o motivo de ser deste jeito é da minha família biológica, meus pais nunca beberam nada além de água, refrigerante e vinho.

As vezes depois que a adrenalina sai do meu corpo, me sinto péssima por ser uma estranha fora do ninho e uma péssima filha.

Desde que completei dezesseis anos e comecei a parecer uma " mulher " as coisas se tornaram mais difíceis para mim, meu corpo estava mudando, e não estava lidando muito bem com essa questão, minha mãe conversou sobre o assunto comigo, e me ajudou a entender melhor o que estava acontecendo.

Mas, ela não me explicou que os homens iriam me ver como uma ovelhinha pronta para o abate, e isso me fez arrumar cerca de três brigas por mês na escola, após socar a cara de alguns veteranos que andavam me espionando no vestiário, enquanto me trocava.

Nunca gostei de chamar atenção ou tão pouco ficar em cima dos jogadores do time de lacrosse, assim como todas as garotas da escola faziam, acho que isso tornou-me interessante aos olhos deles.

E acabei me envolvendo com o capitão do time, começou com algumas conversas, ele foi gentil comigo, disse que eu era bonita, tenho quase certeza que ele vende curso na Internet com o titulo assim " como seduzir jovens teimosas e gostosas para estarem em sua cama em menos de uma semana "

Ele me enganou direitinho, ou não, ou talvez eu quis ser enganada e me apeguei ao pouquinho de afeto e conforto que ele fazia parecer que estava me dando.

Não culpo meus pais por isso, eu sou uma garota problemática e tenho consciência disso, mas depois de transar com o imbecil que depois se gabou para os companheiros de ter comido uma virgem, algo dentro de mim mudou.

Eu queria fazê-lo pagar, bom, e eu fiz, o humilhei tanto quanto ele me humilhou, aprendi a me vestir melhor, aprendi a ser mais fria, e o seduzi, sim, comigo não tem esse ditado que " a vida ensina ", comigo, é me fez o mal, paga na mesma moeda ou pior.

Passeis três dias fingindo estar morrendo de amores por ele, e quando aceitou sair comigo, gravei um vídeo de nós dois quase transando, ajoelhei entre as suas pernas e na hora de segurar o seu pau para chupar, soltei uma pérola " ok, quando ficar duro você me avisa " ele ficou tentando explicar que já estava duro, e eu disse que não estava vendo isso.

Claramente ele ficou puto, e mandou-me embora, passei o vídeo para o meu notebook e o coloquei como anônima em site de fofocas da escola.

Em menos de uma semana, ele estava com a reputação, tão manchada quanto a minha.

E desde então, alguns me consideram um prêmio a ser conquistado, as garotas tem raiva de mim, e eu simplesmente não me importo, na verdade nada me importava além dos meus pais, e mesmo assim faço coisas que os magoam.

Só me sentia mal por eles, afinal me adotaram quando tinha três anos, me deram uma casa, um lar para chamar de meu, me deram todo amor e carinho do mundo, uma família maravilhosa, com avós incríveis, tios e tias tão bons quanto os meus pais, mas nem isso, fez de mim alguém como eles, as vezes sinto-me como um peixinho fora d'água, ou ao menos me sentia assim, aos dez anos parei de ir às festas de família que sempre aconteciam na fazenda dos meus avós em Summercity, uma cidade no interior da Austrália, o clima é ótimo, principalmente a noite, sempre fazia frio, muito frio, gostava de ler e observar os meus tios Michael e Damon cuidando dos animais, e também admirava o amor que ambos tinha um pelo outro.

Eles eram incríveis, mas o motivo foi que, eu não queria mais ser a estranha da casa, todos brincavam, dançavam eles eram muito unidos, e sempre ficava no canto reservado, minha mãe sempre me buscava para participar de quaisquer tarefa que envolvesse tirar o meu traseiro do sofá ou da minha cama, porém, sempre a fazia desistir, e então paramos de frequentar Summercity, quando minha mãe ia, meu pai ficava comigo e vice-versa.

Desde que completei dezessete anos, minha vida mudou, de mal a pior, sinto que falta algo, mas como jovem e idiota que sou, procuro nas coisas erradas, bebidas, corridas ilegais, festas na casa dos meus amigos e sexo, nunca desprotegida claro! Mas gosto de transar, gosto de me sentir venerada por um homem, e quando ele faz bem feito, me sinto em êxtase.

Não sei quem são os meus pais biológicos, e também não tenho interesse em saber, uma vez que me largaram no orfanato, com certeza não me queriam junto deles.

Assusto-me ao ver meus pais entrando pela porta da delegacia e me procurando, assim que minha mãe olhou para mim, senti o sangue gelar.

Ela estava puta.