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Nas Mãos do Meu Chefe Psicopata

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Tainara Duarte
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Notas

Resumo

Sara descobre que está casada com o seu chefe. Maicon Villareal nunca aceitou Sara, sua meia irmã que durante toda a infância e adolescência fez de tudo para conquistar a amizade dele mas ele nunca aceitou, na verdade ele a humilhava em todas as tentativas, sem piedade. Sara, por sua vez se cansou, aos dezessete anos conseguiu colocar na mente a pessoa horrível e arrogante que é Maicon, e então passou a nutrir um ódio mortal por ele. Sete anos se passaram, Maicon assume a empresa do pai onde terá de conviver com Sara, que não vai facilitar nenhum pouco os "negócios". O problema é que esse jogo de ódio vai mexer com a cabeça de Maicon, levando-a a cometer atos inesperados e que poderiam ser características de um doente. Estaria Sara a mercê de um louco? Sara e Maicon não sabem, mas o destino e Paul Villareal sempre armaram para eles, e agora eles caíram na maior armadilha de todas. Adorável Armadilha promete muitos risos, confusões, dramas e, com certeza; romances. Será verdade o velho ditado que o amor e o ódio andam de mãos dadas?Venha conferir em Adorável Armadilha, enquanto se diverte com as atrapalhadas em que esses dois vão se meter.

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Prólogo

Série ADORÁVEL Livro 1

PRÓLOGO 

(Sete anos antes)

SARA

Eu já estou pronta há mais de uma hora, pois é um dia importantíssimo: o dia em que o meu querido Paul completa cinqüenta e três anos de idade. Paul é meu padrasto há nove anos, na verdade, é meu pai e minha única família já faz oito anos. Laura Branco, minha mãe, morreu em um acidente doméstico um ano depois de se casar com Paul, me deixando com apenas oito anos de idade sem ninguém a não ser ele. Paul tem Maicon, seis anos mais velho que eu, morava com a mãe desde a separação dos pais, dois anos antes de Paul se casar com minha mãe, hoje mora sozinho. Eu sempre tento me aproximar do Maicon nas poucas vezes em que nós nos vemos, porém ele sempre me ignora alegando não ter tempo para conversas desnecessárias e é mal educado comigo, mas eu nunca desisto, eu entendo que ver os pais separados não deve ser fácil pra ele, contudo até hoje, em onze anos, ele não superou, e olha que Maicon já está com vinte e três anos.

(...) 

Eu estou usando um vestido azul escuro com brilhantes. É a cor que eu mais gosto, pois minha mãe me dizia que me deixava ainda mais linda, e o fato de minha mãe dizer sempre isso, fez com que eu gostasse do azul escuro. 

Os convidados já estão começando a chegar, melhor eu descer. Estou descendo a escada do salão principal da casa, a bela decoração e os eficientes garçons formam uma grande visão. Orgulho-me de ter preparado esta linda festa, foi muita correria e decisões, mas consegui.

Converso com alguns convidados para deixá-los mais confortáveis e quando eu olho para a entrada do salão, eu vejo Maicon, encho meu pulmão de ar e me apresso para lhe receber. 

— Olá! Que bom que veio, Maicon! — Sorrio gentilmente.

— Claro que vim, afinal, esta festa é para o meu pai. — Maicon respondeu indiferente pegando uma taça de bebida de um garçom que lhe ofereceu.

— Ele está louco para ver você! — Sigo com os olhos a mão esquerda de Maicon, que está levando a taça até a boca em um gesto exagerado carregado de arrogância.

— Sara, pode se encarregar de fazer companhia aos convidados, não precisa ficar no meu pé! — Maicon se retira com uma cara lavada de quem acaba de dar bom dia, agradável como sempre.

— Grosso! — Resmungo com meus olhos marejados de decepção, mas ainda tenho esperança de que um dia ele se cansará de me odiar.

Maicon se mistura em um pequeno grupo de homens que estão bebendo em uma animada conversa que se intensifica quando ele chega. Ele está usando um terno preto de corte fino, está de costas, mas dá para ver o colarinho da camisa e é verde claro. Maicon é um dos playboys mais cobiçados de todo o mundo. Possui aproximadamente 1,88 de altura, loiro dos olhos acinzentados, e, com vinte e três anos de idade, Maicon dirige a empresa da mãe, irá herdar a fortuna e os bens do pai, mas, por agora, já tem suas próprias conquistas. 

Ouvi várias vezes Paul dizer que não se ofende de Maicon dirigir outra empresa, na verdade Paul sempre se orgulha quando se comentam do sucesso de Maicon, "tal pai tal filho" dizem.

Paul sorridente como sempre, chega até o grupo em que Maicon está e recebe os cumprimentos, tirou Maicon para conversar em outro canto e eu acho linda essa cena, afinal, não é sempre que se vê Paul e Maicon juntos, e eu sei o quanto Paul aprecia isso, visto que Maicon raramente visita Paul. 

(...) 

Uma valsa começa a tocar e Paul vem em minha direção com um ar de quem eu sei que vai fazer graça.

— Me concede essa dança, linda senhorita? — Faz reverência e beija a minha mão em um gesto visivelmente brincalhão.

— Será um prazer, adorável cavalheiro! — Eu estico o pescoço em um ato de elegância, entrando em sua brincadeira e começamos a dançar. Adoro Paul. 

Depois do jantar, quando os convidados estavam entretidos entre si, dançando, jogando e bebendo, saí para o jardim para sentir um pouco a brisa. Em um canto mais escuro, sentei-me em um dos bancos brancos que existem no lindíssimo jardim e fecho os olhos. Estou cansada, não é fácil pra mim, uma garota de dezessete anos bancar a adulta e se comportar de maneira medida e ensaiada por tanto tempo. Queria ver Paul se orgulhar de mim com motivo. Graças a Deus Paul pareceu muito satisfeito com tudo, "está tudo perfeito" disse-me quando estávamos dançando.

Ouço um ruído por trás das flores que me tira de meus pensamentos, firmo os olhos e vejo Maicon sendo puxado pelos braços por uma mulher muito bonita, vestida de uma forma elegantemente atraente. Reconheci a mulher, é Suelen, a modelo famosa, ex-namorada de Maicon. Será que eles voltaram?

— Querido, sinto tanto sua falta! Pensei que fosse me ligar, você deixou um grande vazio no meu coração. — Suelen se achega mais e agarra Maicon pelo pescoço, mas Maicon se desvencilha.

— Suelen, você sabe muito bem que eu não iria mesmo te ligar, acabou! — Maicon segura os pulsos de Suelen e os afasta.

— Querido, olhe pra mim, nós formamos um belo casal. — Suelen choramingou se insinuando ainda mais, passando as mãos pelo corpo. — Sério que você prefere a sua irmãzinha? — Ela está falando de mim? — Eu vi como vocês conversaram mais cedo, ela está caidinha por você! — Ela é louca!? — Sério que você prefere aquela magrela? — Eu não sou magrela!

Maicon nunca gosta e nunca aceita quando alguém diz que somos irmãos, ele surta quando alguém diz isso. 

— Você está louca? — Maicon fala de uma forma rude, Suelen arregalou os olhos. — Nem agora e nem nunca! Ela não é minha irmã! Muito menos eu me interesso por ela, aquela esquisita puxa saco, eu a odeio, assim como odiei a mãe dela, nunca mais repita isso!

— Querido, calma! — Suelen parece assustada.

Maicon agarrou Suelen e a beijou possessivamente.

Sinto meu pulmão prender e um fogo queimar meu rosto de tanta raiva. Como Maicon pode ser tão desprezível? Odiar a mim, tudo bem, mas odiar minha mãe que nada fez de ruim nesse mundo e, que já morreu? Agora eu entendo o porquê de Maicon me maltratar tanto e nunca ter dado uma chance para sermos amigos. Maicon realmente me odeia, eu pude ver nos olhos dele. Cara doido, eu nunca fiz nada de mal pra ele! E nem a minha mãe, que Deus a tenha! Mas tudo bem, afinal de contas eu não posso dizer que é uma grande decepção para mim, Maicon sempre foi arrogante demais, aquele imbecil. Se eu pudesse me poupar de todo tempo que perdi sendo otária com ele. 

— A partir de hoje eu te odeio, Maicon Villarreal, te odeio demais e nunca mais serei amigável com você — Eu sussurrei ao vento, com apenas a lua de testemunha. 

Mas, é o suficiente pra eu não quebrar a minha palavra.

E aí me veio todas as lembranças de Maicon me humilhando e eu idiota sendo gentil. Isso não vai mais acontecer.