Biblioteca
Português

Lua Cheia

54.0K · Em serialização
Tainara Duarte
67
Capítulos
9.0K
Visualizações
9.0
Notas

Resumo

Fernanda tem a vida perfeita até que começou a ter sonhos perturbadores com um homem que nunca viu na vida, e o mais estranho era que a lua sempre estava presente... Isso estava mexendo com Fernanda de tal forma que certa noite ela fez algo incomum: confrontou a lua, depois disso a vida dela nunca mais seria a mesma, pois o mundo sobrenatural lhe foi apresentado e ela se viu rodeada por lobos, bruxas e vampiros.

alfamagiaamor verdadeirofanficassassinatoromancehumorlunasobrenaturallobisomem

Capítulo 1

Fernanda

Estamos nós três, eu a Bia e a Juliana na boate mais quente da cidade, como todo sábado aliás.  

— Vai! vai! vai! vai! — uma roda de pessoas gritam em volta da Bia, que tenta pescar uma maçã com a boca — aeeee!

Então ela imerge seu rosto do balde como a mais sedutora das sereias, loira dos cabelos encaracolados até a cintura, alta do estilo gostosa, seus olhos cor de mel, com uma maçã na boca, que agora ela está mordendo.

— Como essa vaca consegue fazer isso? — Juliana resmungou ao meu lado e desceu uma dose de tequila, ela é morena, porém seu cabelo é liso e Chanel, uma deusa! Olhos negros com imensos cílios que invejam qualquer mulher.

— Para de choradeira e vai tentar Ju! — eu disse impaciente.

— Eu passo! — ela se levanta do banquinho em que estava sentada ao meu lado e passa as mãos pelo seu vestido tomara que caia vermelho justo até o meio das coxas, que combinam perfeitamente com sua sandália prateada.

— O que você está planejando Juliana? Volta aqui e tome mais uma comigo — gritei inutilmente pois ela já está subindo no palco, minhas amigas adoram causar, acho que você já percebeu né leitor? Pois é, me matam de vergonha.

— Uhul! Gostosa! — nem preciso dizer para quem estão gritando isso.

Eu não entendo como minhas amigas conseguem passar esse tipo de mico. Até acho divertido ás vezes, tenho que confessar.

— Por que será que eu não acho estranho a garota mais linda da balada estar desacompanhada? — Rick não perde uma chance.

— Olha Rick, hoje não, tá!? — eu disse sem me virar para ele — não estou com paciência para suas gracinhas hoje.

— Esse é o ponto Fer! Você nunca está com paciência — me viro para ele, que é um gato, cabelo cortado no estilo militar, camiseta preta colada e calça jeans escura.

— Ei Rick! — Bia diz se aproximando de nós — se a Fer te der o fora não fica triste que eu te levo para casa — ela beija o rosto dele e vem junto de mim.

— Quem disse que eu estava investindo na Fer? Eu já disse que é com você que eu quero me casar, Bia! — esses dois são uma comédia, qualquer um pensaria que estavam sendo sinceros, mas na verdade estão apenas brincando, reviro os olhos entediada.

— Até porque a Fer não vai ficar com ninguém, enquanto ela não conhecer o cara dos sonhos — Bia zomba e Rick arqueia a sobrancelha.

— Bia! — tampo a boca dela com as mãos — você bebeu demais hoje, Rick avisa para a Estrela ali — aponto para a Juliana que está se acabando de dançar no palco — que eu e a Bia estamos indo para a casa.

— O quê? Claro que não! Ainda é cedo Fernanda não venha com essa!

— Tá legal Bia — choramingo — afinal você não tem culpa de eu estar com dor de cabeça né amiga, mas não se preocupa que eu te amo do mesmo jeito, tá miguxa?

— Vamos logo Fer — ela engancha no meu braço e nos encaminhamos para a saída.

— Ei é sério que iriam me deixar aqui? — Juliana chega perto de nós toda suada — sério mesmo?

— Juliana, a Fer está com dor de cabeça e você estava se divertindo feito um anjinho — hahaha, feito uma capetinha isso sim — desculpe se a gente queria te ver feliz amiga.

— Tá, vamos logo — Juliana entendeu a novelinha da Bia — afinal hoje é na minha casa suas tongas!

E saímos da festa rumo a casa da Juliana, de apé, pois a boate é perto das nossas casas.

— A Lua está tão bela hoje — começo a encarar o céu, apesar dos sonhos estranhos eu adoro a lua, sou amante dela — se lembram do pacto que fizemos perante a lua?

— Como iríamos nos esquecer se você nos obriga a nos lembrar toda vez que olha para o céu, criatura? — Juliana zomba com o sorriso mais debochado que ela conseguiu naquele momento.