Nosso primeiro projeto.
LUCIER
Acordo bem mais cedo, quero busca-la em casa, então preciso ir bem mais cedo.
Levanto, vou até o banheiro para tomar um banho, depois vou ao closet escolho um terno de cor cinza com uma gravata vermelha, minhas gravatas sempre foram escuras, mas hoje quero usar essa cor vibrante, desço rápido e me impressiono quando vejo Cristian, na cozinha, conversando com Maria enquanto ela faz o café da manhã:
- Mas será que o inferno esta congelando? Bom dia Maria linda.
- Bom dia meu menino, não fala assim.
- Para Cristian está de pé cinco e meia da manhã tem algo acontecendo.
- Tem sim irmão certinho, não consegui dormir pensando na minha doce e apimentada morena, que me recusa e me deixa mais doido.
- Cristian, apaixonado, kkkk, nem creio nisso, ainda levando um não da moça, vivi para ver esse dia.
- Então sou uma piada para você Lucier, e nada de amor, só sinto tesão por ela apenas tesão seu tonto.
- Sei, Maria só um café, vou buscar minha fiel estagiária em casa.
- Não vai comer irmão, ela é só estagiária mesmo?
- Por enquanto sim, mas tenho planos para ela, e se der certo, logo serei um homem casado.
Não esperei para ver Cristian soltar uma das sua gracinhas e fui buscar a Fernanda, minutos depois estacionava na porta do seu prédio, e minutos depois ela saia com uma calça de brim preta, uma camiseta colada ao corpo branca e um blazer feminino preto, e com um scarpan de salto agulha, e me levou a perguntar como porra essas mulheres conseguem se equilibrar em algo tão fino, vejo ela cumprimentar o porteiro então desço do carro e vou ao seu encontro, e fico admirado mais ainda com ela, como pode ser uma moleca e uma executiva assim que quiser, conheci um pouco da moleca, agora preciso conhecer a executiva:
- Bom dia Fernanda, dormiu bem?!
- Muito bem chefe, não precisava vim me buscar.
- Você está tão arrumada, seria um trabalho jogado fora dentro de um ônibus apertado, que tal um café já que teremos tempo até a reunião com senhor Villani.
- Villani esse nome já ouvi.
- Sim, vamos ao café?!
- Vamos estou com fome.
Ajudei a ela entrar no carro, e partimos para próximo de onde seria a reunião, tinha um café na esquina anterior as empresas Villani, descemos e entramos, cumprimentei alguns funcionários que eu conhecia e nos sentamos, ela pediu um misto quente e um cappuccino, eu quis apenas um café preto, forte e quase sem açúcar, quando a garçonete veio entregar, quase sentava em meu colo, e quase não olhou par Fernanda, me senti incomodado com a forma como a garota se oferecia para mim, mas que droga, depois que terminamos vi Fernanda ir até o banheiro, minutos depois chamou a garçonete:
- Sim senhor deseja mais algo?
- Por favor ele não mas eu desejo, chama seu gerente por favor.
- Algum problema senhor que eu possa resolver.
- Garota você não entendeu, não sou eu que estou chamando o gerente e sim minha esposa.
Falei aquilo sem pensar, e por um breve momento vi um brilho único nos olhos da Fernanda, depois ela olhou para a garota e falou:
- Pelo visto você só atende a pedidos do meu belo marido, querido por favor chama o gerente para mim.
- O que você está esperando, faz o que minha esposa pediu.
Ela a muito contragosto foi e chamou o gerente, que por coincidência, era um velho amigo do tempo da escola:
- Olá Lucier, se soubesse que estava aqui tinha vindo te cumprimentar antes, o que posso ajudar?
- Olá Felipe, tudo bem, é ela que quer falar não eu.
- Vejo que enfim casou, fico feliz por você meu amigo.
- Sim, pronto meu bem o que desejar peça.
- Sim senhora, o que posso ajudar?
- Treine melhor suas funcionárias a respeitar as pessoas, e principalmente as esposas de homens lindos e ricos, sua funcionária aquela loira ai, só faltou se sentar no colo dele e fez de conta que eu não estava aqui.
- Nossa senhora desculpe mil vezes, irei resolver, por esse inconveniente a conta é por nossa conta!
- Vai descontar do salário dela?
- Prefere assim?
- Gostaria bastante.
- Será feito senhora, perdão mais uma vez.
Ela levantou com total altivez, agradeceu e pegou em minha mão, senti uma corrente elétrica pelo corpo com o toque dela em minha mão:
- Então querido, vamos trabalhar.
- Sim meu bem.
Me despedi do Felipe e seguimos de mão dadas até o carro, quando entramos ela começou a rir, uma risada espontânea e gostosa que me levou a rir também, algum tempo depois ela parou e me olhou, o sorriso desapareceu mas o brilho nos olhos não:
- Porque disse isso Lucier, não somos nada além de amigos!
- Mas precisava que aquela garota te respeitasse e você foi junto na mentira.
- Não ia permitir que ela se achasse em algum direito sobre você, te desmentir não faz parte dos meus planos. kkkk
- Voltou a moleca, vem vamos Augusto já deve estar nos esperando.
Duas quadras depois estacionei e entramos na empresa, passei pela recepção, não queria falar com ela, a Virgínia, meu amor de escola, que me trocou pelo Cristian, mas depois que ele a levou para cama ele a dispensou, pediu para voltar, foi ai que percebi que amor é um sentimento que não mereço ter, ela é a irmã do Gustavo, ela gosta de ficar na recepção mesmo sendo filha do dono:
- Bom dia Virgínia, tenho hora marcada com seu pai.
- Sim a Bianca me informou, e ai já deu a tão sonhada chance a ela?
- Depois de sofrer tanto por alguém melhor parar de pensar em sentimentos não acha?
- Sinto muito, e você nunca esquecerá isso?
- Não enquanto respirar, avisa a seu pai por favor.
Ver a Virgínia ainda me desestabilizava, e até esqueci da Fernanda ali, mas quando olhei para ela vi um olhar triste. Tentei falar algo, mas ela se afastou, assim que Augusto apareceu ela vestiu sua melhor cara par se manter totalmente profissional...
FERNANDA
Sério o que estou pensando, que um homem lindo desse irei olhar para mim, claro que não o que houve no café foi só uma brincadeira, olho para essa moça, alta, linda sem um defeito, e percebo que eles tem algo inacabado, não serei eu a me meter entre os dois e sair machucada como sempre saio de relacionamentos que apenas querem sexo e nada mais, me afasto vejo um senhor, alto cabelos grisalhos, olhos verdes e lembro de Vick que adora homens mais velhos, diz que sabem nos tratar como uma rosa delicada. Lucier se aproxima e pela primeira vez me ponho atrás dele como uma assistente tem que estar:
-Bom dia Augusto.
- Lucier meu garoto, a quanto tempo, você só aparece quando tem trabalho.
- Essa é minha vida Augusto, essa é minha assistente Fernanda, e participará da reunião, tudo bem para você?
- Sim garoto sem problemas.
Eles foi andando na frente abaixei a cabeça, e os seguir, minutos depois, o Augusto mostrava o que queria, uma casa de veraneio, enquanto ele dizia, Lucier ia desenhando o esboço, no espaço queria jardim, piscina e a casa encostada no mar, então teria que ter uma alicerce alto e resistente, desenhava o esboço digitalmente, adorava fazer isso em meu celular, esse pelo menos agora será de verdade, meu primeiro projeto, olhava para o desenho de Lucier e comparava com o meu, tinha algumas mudanças, mas só direi quando chegar ao escritório, horas depois nos despidiamos do senhor Augusto que terá a planta feita dento de duas semanas, sair em silêncio, ele tentou falar mas a mulher o chamou, não ficarei aqui para ouvir, estava perto do almoço já, sai esperei ele voltar, e apenas informei que ia almoçar em casa a tarde estaria de volta, não esperei ele me falar nada, peguei um taxi e o deixei lá parado olhando meu taxí se afastar, em minutos estava parando em meu prédio, paguei e desci, preciso me recompor para voltar, não posso perder esse estágio por desejar beijar meu chefe, doi saber que não me ver como mulher para ele.
Mando mensagem para Vick e digo o que houve, ela me manda resposta par confiar mais em mim, porque ela percebeu que ele sente algo por mim, mas sei que é coisa da cabeça doida dela, tomo um banho demorado, e coloco outra roupa social, tem macarrão com queijo congelado, que me leva a lembrar que preciso fazer mercadinho do mês.
Sento e como, mas a comida está sem gosto, preciso não demonstrar nenhuma fraqueja, mesmo que por dentro queira ser pega com força por ele, mas não posso demonstrar nada, acho que na sexta vou na Olimpo esfriar a cabeça, e desistressar a mente, chamo um carro de aplicativo, e as quatorze em ponto passo pelas portas da empresa, vejo Bianca com cara de que quer me matar com as próprias mãos, passo direto faço de conta que não conheço, quando entro sem bater, vejo Lucier sentado em sua prancheta de projetos, me olha e depois baixa o olhar e não fala nada, vou para minha mesa digitalizar o desenho e depois mostrar a ele...
