#####Jason
Jason era policia, numa zona movimentada de Lisboa. Um homem lindo, moreno de um metro e noventa, cabelo sempre penteado para tras, uma barba bem tratada, com um corpo espetacular, olhos amêndoados, um sorriso contagiante, uma voz grossa e sensual. As mulheres eram loucas por ele. Ele teria a mulher que ele quisesse bastava estalar os dedos.
Vivia cansado de fazer horas de trabalho para nunca estar suficientemente bem financeira ou psicológicamente. um casamento falhado, uma carreira miserável....
Passava os dias a pensar como poderia mudar a vida dele e talvez sobrassem forças para salvar o seu casamento . Kora era uma mulher autoritária, pensava que o marido tinha de lhe conceder uma vida de luxos, nao lhe importavam os afetos mas sim o material. Para ela, se Jason não a procurasse sexualmente era um alívio, o que ele não fazia a anos, ele servia-lhe para pagar as suas futilidades e para as saidas sociais. Esses termos teriam de ser cumpridos, Jason não tinha a menor paciência para as mesquinhices de Kora, e por isso discutiam a toda a hora. Ele queria amor, passeios de mãos dadas, carinho, e porra, FAZER AMOR!
"estou cansado desta maldita mulher!!! tudo o que faz é me explorar!!!"
Cada tentativa de Jason se separar de Kora era inútil, pois ela conseguia sempre dar a volta a questão fazendo-o desistir. Jason viu se perdido e preso....
Estava um dia quente de verão, daqueles que nem se suporta estar na rua, Jason chega a esquadra, como sempre o ar condicionado esta estragado.
-Boa tarde Mauro, como estao as coisas por aqui? Está um calor infernal dentro desta esquadra! -Jason diz enquanto desaperta um botão da sua imaculada camisa branca.
- Boa tarde colega, tem estado uma loucura completa, ainda nao pararam as chamadas por todos os motivos que possas imaginar! Prepara te para uma tarde quente dentro do carro patrulha a correr de um lado para o outro.
- Ainda nem comecei já estou cans....- Jason e interrompido por mais uma chamada para a esquadra, a qual Mauro atende: " Senhor policia!!!! Venha rapido, a loja de estética ao lado da minha loja ouvi gritos, entre a dona e o respectivo marido, ele pode muito bem estar a agredi-la e eu tenho medo de la ir!!! " uma voz feminina gritava do outro lado em desespero.
- Minha senhora acalme se por favor vamos enviar a patrulha de serviço. Poderia nos indicar a morada da ocorrência por favor , senhora?
" Andreia, o meu nome e Andreia. Rua das margaridas, numero 10 loja B. Por favor venham rapido, nao é a primeira vez que isto acontece, ele qualquer dia mata a rapariga!"
- Dentro de um minuto a patrulha estará no local minha senhora. - enquanto Mauro desligava o telefone Jason que ja tinha chamado o seu parceiro de patrulha do dia, Sandro, ja estavam prontos para saber qual era a ocorrência.
- Colegas, temos um 07/21 na rua das margaridas numero 10 loja b. É uma loja de estética e segundo a senhora da loja ao lado, o respectivo marido da dona dessa loja podera ter ou estar a agredir a mesma.
Mal Mauro acabou de falar Jason ia ja a caminho do carro, com Sandro no seu encalço.
Chegada ao local da queixa, Jason nao esperou para Sandro parar o carro e já saía em andamento, pronto para qualquer insurgência. Abriu a porta do gabinete de estética, e observa um elemento feminino, sentado numa poltrona, com uma mão no rosto, e o elemento masculino, perto o suficiente para que se percebesse que teria de facto existido um momento de tensão massima.
Jason correu para o homem, colocou lhe as mãos atrás das costas, pronto a receber algemas.
- Então és daqueles covardes que gosta de magoar mulheres? - Sandro entra naquele momento.
- Resolveste o assunto colega?
-Nao, o seu colega não resolveu nada!- interrompeu o agressor.
-Como?!- a raiva de Jason por homens batem em mulheres estava a crescer.
- Senhor agente, se a senhora não tiver nada a denunciar, não tera outra hipótese que nao seja me deixar ir livre. Jason cerrou os punhos, controlou a raiva, porque ele sabia que era verdade, era assim que funcionava o sistema.
- Sandro, leva este traste para o carro, eu fico a falar com a menina.
Jason aproximou se da mulher, enrolada sobre si mesma, e tocou lhe gentilmente no ombro.
- Menina, já passou, nós estamos aqui para ajudar. Ele ja foi embora! como se chama?
A mulher virou se para encarar o homem que proferira aquelas palavras.
Jason paralisou ao olhar aquela que para ele, teria sido mulher mais linda que ele ja tinha visto, olhar intenso, expressões suaves, cabelo cheio, cacheado ate à cintura, corpo delineado perfeitamente. "Foda-se!!! Que mulher!"
Pensou. Tornou se dificil para ele se concentrar.
- Fale comigo, diga me o que foi que ele lhe fez por favor.
- O meu nome é Lari Belagio e não há nada para dizer, ele nao fez nada- ela disse enquanto se agarrava a face visivelmente marcada.
- Por favor! Ele magoou a eu estou a ver isso. Ele nao lhe fara mal, diga me, ajude me a mantê-la segura!
- Chega! Já disse que nao se passou nada, por favor!
Jason ficou desiludido por nao puder apanhar aquele filho da puta que bate em mulheres.
-ok ok.... nao vou chatear mais a senhora, mas vou deixar o meu cartão, seja o que for, que horas forem, ou onde estiver, se precisar, ligue me eu estarei lá para ajudar. - Jason disse.
-Obrigada senhor agente?
-Jason Positano, senhora Lari.
- Nao vou precisar de nada, mas obrigada, guardarei o seu cartão, o que vai acontecer ao meu marido?
- Nada, vou solta- lo assim que ele fizer depoimento... Jason viu um olhar desiludido no rosto da rapariga.
- ok, peço desculpa pelo incómodo e por ter perdido tempo, obrigada agente Jason.
- Menina Belagio, estarei proximo. - atirou enquanto se fazia ao caminho para a rua.
"Mas que sentimento estranho tive perto desta mulher deslumbrante." Apesar da situação Jason sentiu se excitado, quente, havia algo dentro dele acabado de ser acordado, ele so nao entendia ainda de que se tratava...
Já na esquadra, Anthony foi libertado, sem queixa da pessoa alegadamente agredida nada teria adiantado aquela prisão.
Para Jason, aquela tarde mexeu com todo seu sistema nervoso. Conheceu uma mulher linda, que despertou algo nele que fazia sentido mesmo ele não sabendo o quê ... Aquele era o início dum mundo novo, desconhecido e excitante pronto para ser explorado.
