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CAPÍTULO 4

Zyon!

A cada dia que passa o dia

do meu casamento fica mais

próximo, e confesso que isso não

tem me trazido alegria, ansiedade

ou qualquer sentimento bom. Meu casamento já é algo certo em minha vida há meses, e essa ideia nunca foi algo que me afetou, porque no fundo sabia que para ser um homem como o meu pai, respeitado, preciso ter uma família, mas ultimamente essa ideia tem perturbado, e isso não é bom!

Aisha, minha noiva, é uma

mulher linda, uma das mais

lindas que já vi em toda minha

vida. Ela é uma mulher prendada,

bem instruída pela sua mãe para ser uma esposa exemplar e ela tem tudo que um homem deseja, mas nem tudo isso é capaz de me animar para esse casamento, o meu casamento.

Pensava com a mente distante

quando meu celular começou a

tocar me fazendo despertar dos

meus devaneios imediatamente.

Levantei-me da poltrona que

estava sentado, deixei o notebook

e toda minha papelada do trabalho

de lado e atendi o celular ao ver o nome do meu pai em sua tela.

Tenho uma boa relação com

meus pais, tanto com meu pai,

quanto com a minha mãe. Eles são

e sempre foram bons pais para mim,

e nas escrituras sagradas diz que os filhos devem honrar e respeitar seus pais, então é isso que farei enquanto viver.

- Hi Baba!- falei ao atender

sua ligação, mas ao invés de

ouvir sua resposta, ouvi a voz

de minha mãe do outro lado da

linha.

- Salaam Alaikum bebê!- ela me cumprimentou de forma carinhosa.

- Alaikum As-Salaam mamadi!- a respondi sentando-me em uma das cadeiras de descanso da sacada para lhe dar um pouco de atenção.

Minha mãe não é muito de

ligar ou de ficar no meu pé

quando estou fora do país em

minhas viagens a trabalho, então

já imagino sobre qual assunto ela

quer falar, meu casamento. Evento esse que ela está ansiosa e não para

de falar sobre. Parece até que é ela pensa vai casar... Queria eu estar com a mesma sensação que ela, porque não estou!

- Adivinha com quem Mamadi

passou toda a tarde hoje? Sua noiva! Ela veio para o palácio com sua mãe e nos tomamos chá juntas. Ô meu filho, você não faz ideia em como essa moça está feliz em se casar com você. Ela é uma ótima moça, sei que ela será uma esposa perfeita para você e uma ótima mãe para os meus netos.- minha mãe desandou a falar... Sabia que ela iria tocar nesse assunto!

Confesso não ter gostado

muito da ideia de vir para o

Brasil passar um gênio aqui e

conheces as táticas de trabalho

dos brasileiros, mas agora que já

estou aqui, sei que essa foi a melhor escolha que tomei nos últimos meses.

Se tivesse ficado em casa, minha mãe iria falar sobre esse casamento vinte e quatro horas por dia, e não aguento isso!

- É mesmo, mãe? Que ótimo!

É importante pra mim que minha futura esposa tenha harmonia com a senhora. Fico feliz que a senhora goste dela!- a respondi sendo honesto.

Aisha é filha de uma grande

e velha amiga de minha mãe,

então quando surgiu a possibilidade

e a oportunidade de fazer "negócios" entre nossas famílias, ela claro que amou e apoiou a ideia!

- É verdade, gosto muito da

minha nora e mal posso esperar

para ensinar absolutamente tudo

que sei para ela... Aisha é a nora dos meus sonhos Zyon, então por favor me prometa que não irá mudar de ideia e desistir desse casamento. Sei que o Brasil é prato para perdição, e não quero que você fique cego por uma dessas mulheres brasileiras e volte para casa com a cabeça virada.- ela me alertou me fazendo rir.

Por um lado minha mãe está

certa. O Brasil é uma fábrica de mulheres lindas, as mulheres mais atraentes que já cruzei em minha vida estão nesse país, mas nenhuma delas seria capaz de me fazes mudar de ideia tão de repente.

Minha mãe ainda falava

sem parar do outro lado da

linha, e para minha sorte o Omar começou a bater na porta do meu quarto de hotel, então dei meu jeito

e me livrei dela rapidinho... Minha mãe é a pessoas mais importante do mundo pra mim, mas aguentar ela falando sem parar em meu ouvido

não é algo que estou disposto e aturar.

- Cara, você ainda não está

pronto? A secretaria do senhor

Albani ligou avisando que o carro

nos pegará aqui as oito.- Omar entrou em meu quarto já trocado de roupa.

O senhor Albani nos convidou

para o baile de gala beneficente

do instituto "Albani", o instituto que

foi fundado por sua esposa com a ideia de ajudar refugiados. Pelo que soube esse baile acontece todos os anos e é parece ser algo importante para eles... Confesso que não queria ir no início, mas sinto que será bem melhor do que ficar dentro do quarto de hotel. Ao menos irei conhecer um pouco mais da cultura brasileira e do povo daqui.

- Te avisei ontem que

precisaria da sua ajuda

com os relatórios da Albani

Empire, e você ficou sumido

o dia inteiro, e agora aparece misteriosamente. É por isso que

seu pai pega tanto no seu pé.- falei

para ele sendo sarcástico e irônico.

Já desisti do Omar há muito

tempo, no início achava que ele

tinha jeito e que uma hora eu iria conseguir enfiar algo na cabeça dele, mas hoje sei que isso é algo tão difícil, quase impossível, e só ainda deixo ele me acompanhar em minha viagens de trabalho porque ele me diverte. Isso ele faz muito bem!

- Você falou isso comigo? Poxa

cara, não me lembro! Penso que

estaria livre hoje e sai pra conhecer

um pouco da cidade. Comi cada coisa boa hoje e bebi caipirinha cara, você precisa experimentar!- Omar disse na maior cara de pau.

É exatamente por isso que já

desistir desse cara. Omar não é

do tipo que nasceu para liderar uma empresa ou trabalhar em nosso ramo, ele é do mundo e hoje já entendo esse seu lado.

- Se fosse há três meses atrás

iria te dar um esporro e tentar

enfiar algo em sua cabeça, mas

hoje já sei que não cabe nada aí dentro. Quer saber? Vou tomar um banho e me trocar para o baile que ganho mais.- o respondi rindo da sua cara lavada... Como Omar consegue ser assim?

Olha, confesso que às vezes

me dá uma vontade de viver

mais como ele... Sei lá! Viajar

pelo mundo sem me preocupar

com trabalho, casamento ou em

algo parecido. Só queria curtir pela cidade, beber e conhecer pessoas diferentes, mas pelo visto isso é

um caráter feito para o Omar.

Segui o que disse que faria

e me aprontei para o baile de

gala, e quando terminei de me arrumar o motorista já estava aguardando por nós, então nós descemos indo de encontro a ele.

Em cerca de meia hora depois

o carro foi estacionado em frente

a um casarão, uma espécie de palacio, nós descemos do mesmo e fomos recepcionados por uma mulher.

- Boa noite senhores! Sejam

bem vindos ao baile de gala do instituto Albani. Fiquem a vontade

e aproveitem a festa!- a moça nos recepcionou educadamente.

Entramos para o salão e

o local já estava bem cheio.

Há pessoas dançando na pista

de dança, pessoas nos bares da

lateral, nas mesas e também há

poucas pessoas sentadas em um

local mais reservados sentados e conversam entre si... Isso realmente

é um baile, há gente paga todo o lado!

- Já vi que vou aproveitar

bastante essa noite. Isso que

chamo de festa!- Omar exclamou

parecendo já estar animado.

Se ele acha que vai fazer

as suas cenas essa noite, ele

está muito enganado. Acho bom

que ele se comporte muito bem e

não envergonhe meu nome ou o nome da empresa da nossa família.

- Se você der uma mancada

seu pai saberá amanhã. Lembre-

se que ele jurou por Alá que vai te deserdar, quero ver você aprontar sem dinheiro.- o avisei.

O sorriso animado havia

no rosto dele foi sumindo aos

poucos, e ai vi que ele havia entendido meu recibo, e é bom

que ele o leve a sério.

- Senhor Rashid! Seja muito

bem vindo ao nosso baile de gala.

É uma honra ter os senhores aqui.- Charles Albani nos cumprimentou ao se aproximar de nós.

Apenas apertei sua mão

e acenei com a cabeça em

forma de resposta. Não sou do

tipo que fala, gosto muito mais do

meu silêncio e também do silêncio das pessoas que vivem ao meu redor.

- Parabéns ao senhor e a sua

esposa por esse evento, já dá pra

vermos que tudo está incrível!- Omar fez questão de elogiar o Charles.

Charles o agradeceu sendo

educado e eles entraram em uma

longa e animada conversa, já eu fiquei apenas ao lado dos dois calado e os observando, mas teve um momento que alguém roubou minha atenção e fui obrigado a retirar os meus olhos deles... Foi quando a Suila surgiu de repente descendo as escadas ao lado de uma senhora loira e de uma garota mais nova, que também tem cabelos loiros bem claros. Não sei se é certo ou respeitoso com as outras mulheres dizer algo assim, mas essa mulher é sem dúvidas a mais linda que está presente nesse salão essa noite!

Suila é uma das pessoas mais

insuportáveis que já conheci, mas seria um hipócrita se escondesse que a acho deslumbrante. Afirmo que ela é uma das mulheres mais linda que já conheci, se não a mais linda, e hoje ela está mais mais... Ela está trajada com um vestido prata, ele é decorado, tem uma fenda ao lado e é longo. Os seus cabelos estão escovados e lisos, a sua maquiagem é sutil e bonita e em seus pés está um salto alto e brilhante. Ela está linda, linda!

- Ahh, sinto muito, mas vamos

ter que continuar essa conversa depois. Minha esposa e minhas filhas já chegaram, então é melhor eu ir dar atenção a elas ou caso contrário terei grandes alguns problemas.- Charles nos avisou com brincadeira e logo em seguida afastou-se da nos indo em direção a sua esposa e suas filhas.

Assim que ele se foi voltei a

olhar para sua filha e não consegui

mais tirar os olhos dela... Por que ela tem que ser tão teimosa?

- Não sabia que a Suila tinha

uma irmã, e também não sabia

que ela era tão linda... Beleza é algo bem comum nessa família- Omar comentou puxando minha atenção

para ele.

Omar é àquele típico galanteador

a moda antiga. Ele adora a arte da conquista, mas depois que tem o que quer nas mãos sempre abandona as "donzelas" com coração partido. Não quero ele de graça com as filhas do senhor Albani, porque isso não seria bom para nós e muito menos para os nossos negócios.

- Boa noite senhores! Como

vão?- Anthony surgiu em nosso

meio de repente sorrindo de orelha

a orelha.

Já era de se imaginar que esse

mala do Anthony iria encher nosso

saco qualquer hora nessa festa. Se eu tivesse lembrado desse detalhe, juro que não teria vindo... Anthony é um cara totalmente fora de contexto. Ele surge do nada, quer ser amigo de todo mundo e tenta se enturmar a todo custo, e se tem algo que não gosto, é disso.

- Boa noite... Zyon, vou até o

bar pegar um drink pra mim.

Te encontro aqui daqui a pouco!- Omar deu seu jeito de se afastar ao notar a presença de Anthony e me deixou sozinho com esse mala.

Eu devo merecer isso!

- Boa noite Antony!- o respondi

sem desejo e muito menos animação.

Anthony se colocou ao meu

lado parecendo ignorar minha

cara de insatisfação, ele levou seu copo de bebida até a boca e sorriu de lado ao olhar fixamente em apenas uma direção... Segui com o olhar na mesma direção que ele olhava e foi

só aí que percebi que ele olhava para a Suila, e seu olhar me deixou confuso e perdido. Ele não parece ser estável quanto ao o que sente pela irmã, ele carrega ódio, raiva, ciúmes, inveja e até mesmo... Desejo!

Conheço várias relações de

irmão e irmã é afirmo que há

maldade em seu olhar quando ele

a olha, e isso me causa nojo... Como esse cara consegue olhar dessa forma pra sua própria irmã? Isso é nojento!

- Esse evento é em homenagem

a sua irmã?- perguntei para ele pra puxar sua atenção para mim e vê se ele parava de olha-la daquele jeito repugnante.

Anthony trouxe seus olhos

para mim, sorriu sem conseguir disfarçar sua irá e acenou com a minha respondendo minha pergunta.

- Ahh sim, tudo nessa família

gira em torno da Suila! Minha

mãe decidiu abrir o instituto pra

que ninguém tivessem que passar

pela mesma situação que a minha

irmã passou. É um saco!- ele contou sem nem tentar disfarçar sua raiva e indignação.

O olhei atento sem entender

sobre o que ele falava... O que

ela passou? Não entendi!

- E o que foi que ela passou?- o questionei realmente curioso com

essa história.

Anthony me olhou com um

certo sarcasmo em seu olhar,

sorriu de lado e logo em seguida

me deu os ombros novamente.

- Nada demais, problemas

comuns que crianças africanas

passam todos os dias. Minha mãe

que é dramática demais... Suila é uma mulher de sorte, até demais!- ele me contou, mas sinto que a história real

não é essa.

Me dei por vencido ao ouvir

sua versão e o deixei acreditar

que acredito no que ele disse.

Logo após conversar um

pouco com Anthony, dei meu

jeito e me livrei dele e decidi ir

tomar um ar fresco e esfriar minha cabeça... Ao sair do casarão entrei em um jardim enorme rodeado de rosas, com um pequeno lago no meio e com pequenos banquinhos  lado desse lago.

Dei um passo a frente com

a intenção de dar a volta no

jardim e ir para o outro lado

do lago, mas ao dar o primeiro

passo senti algo me impedindo

de andar, e ao olhar para frente

notei que esse algo é na verdade, alguém.

- Hey, você não olha por onde

anda?- Suila me questionou em

um tom aborrecido enquanto ajeitava seus cabelos, como se algo estivesse saído do lugar.

Ela entra em minha frente

do nada e ainda vem me perguntar

se eu perdi algo? A Suila é mesmo muito desaforada!

- Você deveria me agradecer

de não ter te deixado cair no chão

e assim estragar toda sua roupa.

Nesse momento não há um

centímetro se quer de espaço

entre mim e a Suila. Seu corpo

está junto ao meu, minhas mãos

estão segurando sua cintura fina impedindo-a de cair contra o chão

e uma de suas mãos estão apoiadas

em meu braço... Te-la tão perto de mim faz meu corpo se aquecer e o cheiro suave do seu perfume me faz desejar te-la cada vez mais perto de mim.

- Ahhh, mas é claro, que tonta

eu sou... Muito obrigada por quase

me fazer estabacar contra o chão!- ela foi irônica e ríspida como sempre.

Não estou acostumada com

mulheres como a Suila. No meu

país as mulheres são educadas, doces

e simpáticas, já ela é uma verdadeira porteira de tão ignorante... Se for ver por um lado, ela tem sua razão! Não fui nada legal com ela na primeira vez que nós vimos.

De repente nos dois ficamos

em silêncio, Suila levantou sua

cabeça olhando em meus olhos e

seu olhar se transformou, sua raiva

se foi e seu olhar virou uma grande incógnita pra mim... Por que ela está me olhando desse jeito? Sei lá o que me deu, mas de repente tudo parece ter parado pra mim, e só consegui olhar para ela.

- O que está acontecendo

aqui?- a voz do Anthony soou

fazendo todo o "clima" que havia

entre a gente acabar rapidamente.

Suila deu um tranco para

trás imediatamente fazendo

com que eu a soltasse, ela afastou

seu braço de mim e deu um passo

para trás ficando o mais distante de mim possível.

- Eu fiz uma pergunta, o que

está acontecendo aqui?- Anthony voltou a nos questionar e ao olhar para ele senti um incômodo surreal em seus olhos.

Achava que esse cara tinha

um interesse "estranho" pela sua irmã, mas agora tenho certeza. O que o Anthony sente pela Suila não é um carinho de irmão, o que ele sente por ela é obsessão é ódio, afirma isso com toda certeza desse mundo!

- Estávamos apenas tendo

uma conversa. Você vai criar

caso com isso também?- Suila o questionou cruzando os braços e arqueando sua sobrancelha.

Então pelo visto ele já teve

esse mesmo comportamento em

outras situações? Interessante!

- É precisa tocar em alguém

para conversar? Pelo que sei

as palavras saem da boca e não

do corpo. Isso aqui é um ambiente familiar!- Anthony parece ter surtado.

Minha única razão ao ouvir

ele nos dando sermão foi rir.

Quem esse cara pensa que é?

Quero mais que ele vá para o

inferno com esse comportamento lunático dele!

- Anthony, quer saber de uma

coisa? Eu já sou bem grandinha, 

sei cuidar da minha vida e seu muito bem o que faço dela. Me deixa em paz!- ela o respondeu com rispidez

e saiu nos deixando a sós.

Anthony a acompanhou com

olhar, e assim que ela sumiu do

nosso campo de visão ele trouxe

seu olhar pra mim e me olhou com um ódio fora do normal exposto em seus olhos.

- Zyon, pensei que você tinha

uma noiva, mas pelo visto estava enganado...- ele falou apenas para me alfinetar.

Sorri de lado ao ouvir seu

comentário, coloquei as minhas

mãos no bolso e dei um passo a frente ficando bem próximo a ele.

- Primeiro, para vocês sou

"Senhor Rashid", e segundo

que não devo satisfação da

minha a você. Com licença!- o

avisei e sai dali o deixando sozinho.

É bom que esse Anthony não

se meta comigo, caso contrário ele

irá se arrepender amargamente de ter feito isso!

Entrei novamente no salão

e ao entrar reparei que alguns convidados estavam fazendo suas doações, e resolvi fazer minha parte.

- Boa noite, gostaria de fazer

minha doação.- disse para a moça

que estava na bancada cuidando da parte financeira.

A moça imediatamente

levantou sua cabeça, ela

me olhou sorrindo de um

jeito sutil e acenou com a

cabeça me entregando um

questionário... Preenchi tudo

da forma que pediram, e logo

entreguei a folha de volta para

ela.

- Só um pequeno detalhe,

quero fazer essa doação no

nome da Suila Albani, mas por

favor não diga que fui quem fiz.- a avisei.

A moça me olhou parecendo

estar confusa, mas não me questionou ou se opôs ao meu pedido. Ela apenas confirmou ao meu pedido e registrou minha doação.

Ainda estava próximo as

mesas de doações quando a

voz da Suila soou no palanque

do salão me fazendo olhar em sua direção.

- Boa noite senhores e senhoras!

É um prazer para mim ter o poder

de discursar por mais um ano por esse projeto tão lindo que foi criado pela minha mãe. Eu sempre sinto um frio na barriga mesa época do ano, mas não por medo ou receio de falar pra gente, esse frio na barriga sempre tem o mesmo significado, pra mim ele significa felicidade, felicidade só de imaginar que tantas pessoas irão ser ajudadas... Eu, Suila Albani, nasci em um país africano e sofri muito com a pobreza e costumes do meu país. Não é fácil falar sobre meu passado, mas me sinto orgulhosa por saber que fui forte o bastante para sobreviver pela fase que passei e por estar aqui hoje e ter o poder de ajudar tanta gente. Eu fui apenas mais uma das meninas do meu país que sofri com o casamento infantil, fiquei dois anos casada com um homem com o triplo da minha idade e sofri de tudo nas mãos dele. Toda vez que me lembro de tudo que passei me sinto abalada, mas ao me lembrar que estou contribuindo para que meninas não sofram pelo mesmo que passei, sinto me feliz e orgulhosa. Quero que cada um que doou algo essa noite saiba que o seu gesto me faz feliz e que ele salvará meninas que passam pelo mesmo que passei e dará um futuro lindo para elas. Obrigado pela presença e por ajudarem. Serei eternamente grata!- Suila discursou deixando todos de boca aberta, e eu fui uma dessas pessoas.

Não fazia ideia que ela já

tinha passado por algo assim.

No meu país é normal que

meninas mais novas casem

com homens mais velhos, mas

isso não é algo que eu concordo e

nunca irei concordar... Pra mim é um ato de covardia tirar uma menininha de sua família e coloca-la com um desconhecido para cumpriu um papel que ela não está pronta. Isso é algo que me deixa enojado!

Na primeira vez que vi a

Suila a julguei como uma pessoa

fraca e despreparada, mas agora já não consigo mais vê-la dessa forma.

Sei como esses homens são ruins, e pra ela ter saído vida dessa, ela foi uma mulher forte... Admito que ela é uma mulher forte, e me arrependo de tudo que fiz e disse para ela!

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