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Galord

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MarcosBec
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Resumo

Dorg Filtson e sua irmã Molly se mudam para o Reino de Tarayth para ficarem com a casa da mãe deles que veio a falecer. Nesse meio tempo, Dorg descobre que o rei Raigaford estaria pondo uma ditadura no reino e assim, decide fazer algo. Encontrando uma anciã, ele recebe a misteriosa Espada Nebulosa, mas mal sabe ele que quando liberado seu poder, pode se transformar em um cavaleiro invencível. Dorg decide usar esse artefato para fazer justiça.

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O Reino de Tarayth

Ano de mil e quatrocentos, período da Idade Média. É nesse período que nós iremos contar a estória de um plebeu que de repente, ao se mudar para outro reino, acaba por ganhar um artefato que mudaria sua vida.

Para o leitor entender como funciona a mecânica dos reinos da Europa, antes mesmo deles serem conhecidos como França, Inglaterra, Alemanha e assim por diante, os reinos tinham nomes totalmente diferentes. Existiam também os reinos onde havia seres mágicos como o Reino das Fadas, o Reino das Bruxas ou o Reino dos Ogros. No entanto, eles não têm muita interação com os reinos habitados pelos humanos, onde estes possuem domínio mundial, enquanto os seres mágicos dominam apenas a Europa, a Ásia e a África.

Claro que tudo isso é fictício para que possa dar uma estrutura mais interativa à nossa crônica.

Voltando para o foco da estória, ela começa com o nosso protagonista, Dorg Filtson, que estaria chegando em um reino localizado onde hoje é a Inglaterra. Um rapaz de trinta e quatro anos, cabelos longos e loiros, usa uma barba não muito comprida e tem a pele branca. Usa uma roupa verde, como se fosse a de um arqueiro e estava acompanhado de sua irmã, Molly Filtson. Trinta e três anos, loira, pele branca, olhos azuis, assim como os de Dorg e usava um vestido que alternava entre vermelho e branco. 

Ambos estavam na entrada do reino e viram que havia dois guardas fazendo a proteção da entrada. Acharam isso muito estranho e queriam saber a causa disso. 

O guarda, que notava a presença deles, Indaga:

— Nomes? — Ele parecia saber quem eram Dorg e Molly. De alguma forma, ele passava por um momento de nostalgia, enquanto olhava para eles.

— Bem, somos Dorg Filtson e esta é a minha irmã, Molly Filtson. — Responde o loiro, um pouco nervoso, já que foi pego desprevenido com a pergunta.

— O quê? — O guarda parecia impressionado ao ouvir seus nomes, de alguma forma. — Vocês são filhos de Aracaryn Filtson?

— Sim, somos nós. — Molly sorri.

O outro guarda ficou impressionado. Parecia que eles já conheciam aquela que seria a mãe dos dois.

— Minha nossa, que momento! Vocês não se lembram de mim? Sou Le Heverrol. — Disse o guarda.

No entanto, os dois não se lembravam dele.

— Bem, vocês não se lembram de mim, não é? Acho que foram poucas vezes que nos encontramos, mas sua mãe sempre os elogiava para mim. Dizia que vocês eram os tesouros dela e tudo mais.

Molly fica com vontade de chorar, mas Dorg dá um tapinha em suas costas para consolá-la.

— Bem, ela deixou de herança a casa dela aqui no Reino de Tarayth. — Disse Galord, que entregava o testamento de sua mãe.

Le o pega e dá uma olhada. Analisa com atenção e depois entrega para Dorg.

— Certo, vamos liberar a entrada para vocês. Aliás, o Reino de Tarayth não é mais o mesmo, está cheio de regras e tudo mais. Irei mandar um guarda para lhes explicar o que mudou aqui.

Dorg e Molly de entreolharam confusos. O que teria mudado?

Sem mais questionamentos, eles entram para o Reino de Tarayth.

Chegando no reino, os dois irmãos caminhavam tranquilamente, ao mesmo tempo que estavam curiosos para saber o que tinha mudado. Eles olharam ao seu redor e viram que as pessoas aparentavam estar mais pobres, além de que o reino em si tinha o mesmo nível de pobreza. Fora isso, eles notaram que tinham muitos guardas circulando por aí, como se estivessem monitorando o reino de algum invasor ou algo do tipo. Dorg e Molly acharam isso confuso, mas ignoraram um pouco essa situação para encontrar a casa que era da mãe deles.

Não demorou muito e lá estava uma casa de madeira e de tamanho adequado para pelo menos quatro pessoas. Era muito grande, de fato, não chega a ser uma mansão, mas podia abrigar esse número de pessoas que foi citado.

Ao lado, havia outra casa de madeira do mesmo tamanho. Um homem que aparentava ter mais ou menos cinquenta anos, estando acompanhado de uma mulher de trinta, estavam cuidando das plantas que tinham na frente da casa deles. O homem tinha cabelos curtos e negros, assim como os seus olhos e seu cavanhaque, a pele branca e usava uma roupa parecida com a de Dorg, assim como também era da mesma cor. A mulher tinha os cabelos castanhos, assim como seus olhos, a pele branca e usava um vestido azul. Seus cabelos estavam presos na frente, criando duas mechas em cada lado.

Quando o homem nota a presença de Dorg e Molly, ele abre um sorriso e vai até eles, deixando a mulher trabalhar sozinha.

— Olá, viajantes, como estão? — Indaga o homem. — Vocês devem ser os filhos de Aracaryn, não é mesmo?

Dorg e Molly se olham e o rapaz responde:

— Sim, somos os filhos dela. Por quê?

— Ela falava muito de vocês. Eu me mudei para cá há cinco anos, por isso nunca tive a oportunidade de conhecê-los. Meu nome é Geth Myriamelis e sou o vizinho de vocês. — Geth se vira para a mulher que estava a trabalhar. — Aquela é Hannah Myriamelis, minha filha. 

— Prazer em conhecê-los. — Disse Molly, sorrindo.

— O prazer é nosso. — Geth cruza os braços. — Vou deixá-los entrar na casa que era da mãe de vocês. Se precisarem de alguma coisa, só me chamarem. Eu moro logo ao lado.

— Está certo. Obrigado. — Dorg sorri e os três seguem seus caminhos.

Ambos se sentem bem acolhidos pelas pessoas de Tarayth. Primeiro foi o guarda Le, agora foi o vizinho Geth, que se colocou à disposição do que eles precisassem.

Logo, eles adentram a casa da mãe deles.

Se por fora a casa era bonita, por dentro era ainda mais. Óbvio que ela era feita de madeira, mas os móveis que tinham era o seguinte. Um tapete de forma oval na sala de estar, com um sofá e duas cadeiras logo à frente. O comedor ficava logo ao lado e era uma mesa redonda de madeira com as mesmas cadeiras que tinham perto do sofá. 

— Bem, vamos descarregar nossos pertences. — Disse Dorg, que ia ao seu quarto. Ainda se lembrava onde ele ficava, assim como Molly, mas antes, a moça foi ao banheiro. Ela tinha um problema de saúde que se desenvolveu quando criança ainda. Molly tinha problema de cólera e ela não aguentava mais ficar um tempo sem poder colocar para fora o que queria.

Dorg descarrega seus pertences no seu quarto, que constava em uma cama que ficava junto à parede, onde tinha um travesseiro branco feito de penas, um cobertor feito de pele de animal e tinha um tapete oval também logo à frente. Havia um criado-mudo que tinha a foto de sua mãe, uma bela mulher que era loira e tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo jogado para frente. Tinha a pele branca, os olhos azuis e usava roupas verdes, onde consistia em um vestido e um xale. Mesmo tendo morrido aos cinquenta e seis anos, ainda conservava tamanha beleza, pois ela sempre cuidava de sua saúde, o que não acabou dando sucesso para o seu coração, que estava ficando cada vez mais fraco.

Dorg olha para a foto e era de sua mãe sorrindo. Uma vontade de chorar invade seu corpo e ele pega a foto. Ficou olhando-a durante alguns segundos, até que não aguentou muito tempo e se pôs a chorar. Arrependeu-se de ter saído de Tarayth com Molly para que ambos ganhassem a vida em Lordsson. Eles tinham uma vida pacífica naquele reino e tinham seus amigos, Doncla Orgen e Mijelna Ironys. No entanto, quando souberam do falecimento de sua mãe, nunca se perdoaram porque a deixaram sozinha em Tarayth, mas ao mesmo tempo, estavam admirados que ela teria feito várias amizades.

Mais tarde, Dorg disse que iria sair para conhecer um pouco de Tarayth que estava um pouco diferente. Molly concordou, enquanto estava fazendo a comida. Ela disse que iria passar as informações que o guarda traria para ela, além de estar esperando por um médico. Geth tinha chegado mais cedo para anunciar para ela que iria procurar pelo melhor médico de Tarayth para cuidar do problema de cólera dela. Molly ficou agradecida, porque era desde a infância que tinha esse problema

— Certo. Até mais. — Disse Dorg.

Saindo de sua casa, ele olha para uma senhora que estava o observando diretamente. Tinha um sorriso em seu rosto e parecia malicioso. Dorg não sabia como reagir naquele momento, mas depois de engolir em seco, ele vai até ela e Indaga:

— Posso ajudar em alguma coisa?

A velha continuou olhando para ele. Tinha os cabelos grisalhos e presos em um rabo de cavalo. Eram cacheados e dava a impressão de ser mais volumoso. Sua pele era branca e usava uma roupa preta.

Ela chega mais perto de Dorg e fala:

— É você mesmo que eu quero. Diga-me uma coisa. Você já ouviu falar na Espada Nebulosa?