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FUGA PERIGOSA

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Grazy Souza
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Resumo

O pai da Milena foi assassinado em um assalto, sua mãe a protege e consola, levando-a de volta para casa e com a esperança que tudo ficaria bem. Mas ao retornar para casa, mais um acontecimento cruel em sua vida acontece. O seu padrasto abusa sexualmente da Milena e a não a protege dessa vez. Ela foge de casa sendo acolhida por seu namorado, mas o mesmo acaba traindo, e ambos a desmerece e zombam dela de forma grosseira. A personagem, cansada de tanto ser mal tratada por todos, se vinga de quem a fez mal e foge sem destino. Mas o que ela não sabe é que o destino dela se encontra no Morro da Esperança, ao lado do novo dono do Morro, Magrin.

amordramapaixaoromanceamor verdadeirosenhora protagonista

1. Assassinato

Estou aguardando na fila quando meu celular toca.

Pai Mila - Oi meu anjo, você não deveria estar na aula?

Mila – Está terminando o intervalo, decidi ligar para te lembrar de comprar meu presente de aniversário.

Pai Mila – Você vai fazer vinte e dois anos e ainda me pede presente.

Mila – Pai entenda uma coisa, todo mundo gosta de ganhar presentes, independentemente da idade... - Ela dá uma gargalhada gostosa.

Pai – Ok, Ok eu vou comprar, te encontro em casa princesa. Beijos. O papai te ama!

Mila – Também te amo pai!

Assim que desligo a ligação entram quatro homens encapuzados e armados no banco, já entram gritando, para que todos deitem no chão, um dos assaltantes vai aos caixas, outro segue com o gerente ao cofre, e os outros dois se revezam em ficar observando clientes estirados no chão com medo do que pode acontecer, assim como também revezam, para roubar nossos pertences.

Eu sou policial aposentado, hoje trabalho se segurança particular e ver aqueles brutamontes tocar o terror me deixa possesso.

Vejo que um deles está assediando e arrastando uma garota, ela está muito assustada e grita por socorro, deve ter a idade de Mila, não mais que isso, e ao imaginar minha filha no lugar dela, eu fico cego de raiva, aos poucos vou me aproximando deles, e quando vejo a oportunidade perfeita, eu atiro no homem que tentava arrastá-la, ficamos trocando tiros, eu matei um deles, mas o outro me acerta no peito, a moça que salvei de ser violentada, vem correndo em minha direção, reparo que ela está chorando.

Moça - Sinto muito senhor, sinto muito – ela coloca suas pequenas mãos onde eu levei o tiro, tentando estancar o sangue que eu perdia - obrigada por me salvar – ela diz entre soluços de choro, eu vi que ali seria meu fim, tenho experiência, sei que não sairia vivo, então mesmo gaguejando eu digo.

Pai Mila - Por favor, - eu tusso - diga a minha filha que eu a amo muito, ela foi o melhor presente que Deus poderia me dar, e que ela nunca deixe de comemorar seu aniversário, pois ele é a data mais importante do ano para mim. - Então apago.

*Mila*

Estou na aula, quando meu celular toca, eu encerro a ligação sem ver quem era, mas meu celular continua a tocar, na terceira vez eu peço licença para o professor e vou atender a ligação no corredor.

Mãe - Filha, estou te esperando aqui fora, por favor venha falar comigo.

Mila - Não posso mãe, estou no meio de uma aula.

Mãe - É sobre o seu pai.

Mila - O que aconteceu com o meu pai?

Mãe - Venha me encontrar. - Eu saí correndo do corredor da faculdade e vou encontrar com a minha mãe, quando chego ela me olha triste e diz. - Sinto muito.

Ao ouvir aquelas duas pequenas palavras eu sinto meu coração ser quebrado em milhões de pedacinhos, minha mãe me abraça e eu choro de soluçar.

Mila - O que aconteceu mãe, onde ele está?

Mãe - Ele estava no banco, quando começou um assalto, acabou sendo atingido por um tiro, foi socorrido, mas não resistiu. - Quando ela falou não resistiu, eu fui ficando mole, minha visão começou a ficar turva… desmaio nos braços da minha mãe.

Acordo em um quarto branco, tenho dificuldades para abrir os olhos, quando abro vejo minha mãe ao meu lado.

Mila – Mamãe, eu tive um pesadelo horrível. – Ela dá um sorriso amarelo para mim e diz.

Mãe Mila – Sinto muito meu amor, mas não foi um sonho. – Eu levanto com tudo, e minha cabeça gira. – Calma meu bem, você desmaiou, precisei te trazer ao hospital.

Mila – Calma, como vou ficar calma? Meu pai faleceu! Ele era tudo pra mim...

Mãe da Mila – Você não está sozinha, tem a mim. – Ela me abraça e eu choro em seu abraço.

Passo a noite em claro, não consigo dormir lembrando do meu pai, dos momentos que tivemos juntos.

No velório do meu pai eu parecia uma morta viva, minha mãe tinha me dopado com calmante, pois eu estava muito mal, sempre fui muito apegada ao meu pai, ele sempre foi o meu herói, desde que eles se separaram, foram apenas eu e ele.

Pensamento On…

Meu pai chegou em casa mais cedo, depois de um dia longo de trabalho, e pegou minha mãe com seu amante no quarto deles, naquele dia mesmo ele a colocou para fora de casa e falou que eu poderia escolher com quem gostaria de ficar, escolhi meu pai sem pensar duas vezes, por N motivos, eu sempre fui mais apegada a ele e não aceito o que minha mãe fez.

Pensamento Off…

Luan - Amor, você quer sentar?

Tiphanie - Meu bem eu trouxe um copo de água.

Mila - Obrigada amiga, amor eu prefiro ficar em pé - Eu bebi água e mantive em pé ao lado do corpo do meu pai, não sai do lado dele até que o mesmo foi enterrado.

Ver ele sendo enterrado, foi como se arrancasse meu coração, eu perco as forças em minhas pernas, ajoelho no chão, choro até que minhas lágrimas secam.

Todos já foram embora, só ficaram ao meu lado, minha mãe, Luan e Tiphanie, ao longe vejo uma jovem, nos observando, ela percebe que eu estou olhando para ela, e vai embora, naquele momento não estou em condição de querer saber quem é aquela garota.

Mãe - Filha, precisamos ir.

Luan - eu vou com você.

Tiphanie - Amiga, vou para casa, mas pode me ligar seja a hora que for - ela me abraça e segue seu caminho.

Mila – Eu preciso espairecer, vou dar uma volta, depois eu vou para casa.

Luan – Eu vou com você meu anjo - eu olho para ele com carinho e digo.

Mila – Obrigada meu amor, mas eu preciso desse tempo comigo mesma.

Luan – Estou em casa, e com o telefone em mãos, amor sei que não está feliz, mas – ele tira uma caixinha do bolso, e me entrega – Feliz aniversário – ele me dá um selinho e eu retribuo com um sorriso.

Mila – Obrigada amor, - abro e tem um coração, quando abre o coração tem a foto do meu pai comigo, eu sinto as lágrimas escorrerem - Que lindo meu amor, é o melhor presente que eu poderia ter ganhado – o abraço e sou um beijo longo e com carinho.

Luan – Eu havia comprado outra coisa, mas devido ao que aconteceu, eu falei com um amigo, que fez de última hora.

Mila – Ele é perfeito, muito obrigada - me despeço deles e sigo caminhando pelas ruas da cidade.