Capítulo 1 Uma noite surpreendente

Na madrugada, dentro da suíte presidencial.

Helena Campos estava deitada na cama macia e grande, sentindo-se tão mal que queria morrer. Ela não imaginava que o álcool pudesse ter um efeito tão devastador assim.

— Vou perguntar mais uma vez: de onde veio esse pingente de jade? — o homem estava de pé ao lado da cama, olhando para ela de cima com ar superior.

Helena entreabriu levemente seus olhos, observando o homem à sua frente, sem saber se era efeito do álcool, mas esse cara era bonito demais, não era possível.

Traços bem definidos, olhos profundos e misteriosos, um rosto frio que emanava uma aura quase proibida de frieza em toda sua vida, ela nunca havia visto um homem tão deslumbrante na realidade!

Helena pensou que, já que mesmo assim ela estava quase morrendo, seria melhor experimentar essa sensação antes de partir, para não desperdiçar esses vinte anos de vida.

Ela se sentou e abraçou a cintura do homem, sorrindo suavemente para ele.

— Quer saber de onde veio meu pingente de jade? Então primeiro seja um cavalheiro...

O rosto do homem mostrou uma irritação evidente, franzindo a testa enquanto a empurrava para longe.

Helena, porém, agarrou rapidamente sua gravata e puxou com força, fazendo com que ambos caíssem juntos na cama.

Helena envolveu ativamente o pescoço do homem com os braços e beijou seus lábios frios. Com toda a revolta contra o destino, ela beijou apaixonada e inexperiente o homem à sua frente...

Uma noite confusa passou.

Quando acordou no dia seguinte, Helena sentia dores por todo o corpo e uma tontura terrível. Sentou-se e olhou ao redor: chinelos descartáveis, uma grande cama de casal branca — definitivamente estava em um hotel.

Ela levantou o cobertor para se olhar: completamente nua...

Helena cobriu o rosto com as mãos e suspirou profundamente. Ai, o destino realmente a "favorecia" demais.

Quinze dias atrás, Helena havia sido diagnosticada com câncer cerebral em estágio terminal, restando-lhe apenas um mês de vida. Ela veio de longe até Oeiras em busca dos pais biológicos que nunca conheceu.

Ela só queria vê-los uma última vez antes de morrer, mas depois de procurar por vários dias, não encontrou nenhuma pista.

Na noite anterior, ela estava de péssimo humor e entrou naquele bar para se embebedar, mas acabou sendo embriagada por um homem nojento. Achando o cara feio demais, cambaleou e se jogou nos braços de um homem frio como um iceberg, e depois foi levada por ele ao hotel.

Quanto ao que aconteceu depois, Helena havia esquecido completamente.

Então, como era exatamente aquele homem? E como foi essa experiência? Eles realmente tiveram relações?

Helena suspirou melancólica, quando de repente seus olhos captaram sua bolsa a tiracolo — como pôde esquecer disso!

Ela sempre carregava uma microcâmera, instalada na alça da bolsa, com o objetivo de gravar o processo de busca pelos pais e também se prevenir de qualquer imprevisto durante esse período.

Afinal, procurar pelos pais era arriscado, e ela sempre foi muito cautelosa, sempre deixando uma carta na manga para qualquer situação.

Aquela câmera estava conectada a um aplicativo no celular — bastava abrir o app agora para saber como era o rosto do homem com quem teve relações.

Mas Helena balançou a cabeça. Deixa pra lá, melhor não ver. E se fosse um cara horrível? Ver só ia deixá-la mais deprimida...

Helena foi ao banheiro, pretendendo tomar um banho e ir embora.

Ela se posicionou diante do espelho do banheiro, olhando para si mesma no reflexo, e imediatamente arregalou os olhos.

O pingente de jade em seu pescoço havia desaparecido!

Seu coração disparou de pânico, ela correu de volta ao quarto e revirou tudo: a cama, embaixo da cama, o quarto inteiro.

Não encontrou.

Helena entrou em completo desespero, aquele pingente era a única coisa que seus pais biológicos haviam deixado para ela, absolutamente não podia perdê-lo!

Nesse momento, o celular tocou com uma mensagem.

[O pingente de jade está comigo. Se quiser de volta, venha ao Grupo Imperial.]