Entre Nossos Sonhos

Ela sabia que ele se aproximava.

Podia sentir o calor de seu corpo pairando sob aquele quarto mal iluminado.

Encarou suas mãos logo acima da cabeça, estavam amarradas como sempre. Ela tentou puxá-las para se soltar. Dessa vez, queria tocar na pele daquele homem, queria sentir a textura dos seus braços, ou melhor, sentir seu abdômen perfeito. Queria apenas senti-lo de uma forma ou de outra.

Gemeu quando o vento frio invadiu o quarto pelas janelas escondidas por cortinas brancas que iam até o chão. Não havia mais nada naquele quarto, apenas a cama grande a qual ela estava deitada, completamente nua e amarrada, excitada, molhada e louca para sentir mais uma vez o pau daquele ser humano entrar e sair de si freneticamente.

Deixando-a mole depois que terminar.

A porta do quarto se abriu, a silhueta masculina cobriu o vão. Ele era tão bonito, forte, de braços longos, alto, pernas grossas, uma bunda empinada. O cabelo era longo ao ponto de cair em seu rosto, o deixando selvagem. Lá vinha ele, dando passos sutis desfilando pelo quarto até chegar à cama, rodeou a mesma como se vigiasse sua presa bem depressa. Ela gemeu somente em ver novamente aquele corpo na sua frente, era o homem mais belo que ela já tinha visto em toda a sua vida, contudo, ela sabia o que aquilo significava.

Ele a olhou de canto, e sorriu da melhor forma, montou na cama e ajoelhou entre as pernas da mulher deitada no colchão branco. Abriu as mesmas sem bem ao menos pedir, sua língua era gostosa, e ela já sabia da sensação, perto do seu umbigo, ele começou a lamber, subiu pela barriga, o vão entre os seios, o queixo, e então chegou a sua boca, dando-lhe o melhor beijo daquela noite. As mãos dele não saíram das pernas dela, tão belas que ele nem tinha medo de machucá-la. Queria apenas deixar uma marca deliciosa, e conseguiria, como todas as noites, certo?

Quase certo!

Quando o beijo terminou, ele sorriu, deixando o coração da mulher alegre, explodindo de emoção. Ele voltou para baixo, beijou os ombros exposto e tocou nos seios médios. Oh, podia ser sua perdição. Ele mordeu o bico do esquerdo enquanto apertava o direito, mordiscou e depois o chupou, sugando. Ela arqueou suas costas e puxou seus braços, mas estavam presos, deixou sua cabeça do travesseiro novamente. Gemendo, apenas gemendo.

Ele passou para o direto, mordendo e lambendo, gostava do gosto da pele dela se sentia poderoso, e completamente especial em apenas ele poder tocar naquela mulher maravilhosa daquela forma libidinosa. Depois dos seios, ela lambeu sua barriga, e foi descendo, beijando cada cantinho do corpo, dela, se deleitando e todas as formas possíveis, sentindo as sensações dela se afloram, os gemidos aumentarem, ele gostava de ouvi-la gemer, era sempre excitante, e lhe dava liberdade de deixá-la ainda mais louca.

Quanto mais ela gemia, mais ele a deixaria maluca.

Quando sua língua chegou entre as pernas, ele levantou as pernas da mulher, deixando-a inteiramente exposta para si. Abaixou para beijar a boceta molhada, e depois beijar de forma carinhosa. A garota gemeu de novo, puxando os braços amarrados. O homem deu um sorriso de canto, não estava fazendo nada que ela não quisesse.

Começou a se deliciar com aquela fenda molhada sua língua era exigente, e quando mais ela tinha mais queria, começou a torturá-la com sua lentidão para tudo começar, a mulher tremeu sob o colchão, gemendo inúmeras vezes, enlouquecendo com aquela sensação arrebatadora. Ele começou a colocar dedos, e o ritmo acelerou após a segunda vez que entrou. Ela remexeu o quadril e gemeu, gemeu apenas gemeu, era esse seu trabalho, apenas gemer.

— Mais, mais – pediu sem conseguir ficar de olhos abertos.

Ele, não aguentando mais, tirou a cueca, deixando-a ver seu falo enorme, ela nem se perguntava se cabia, pois já o sentira muitas vezes, era grande, cheio de veias saltando, parecia tremer com a vontade de senti-la ele se acomodou e passou os dedos molhados por toda a fenda que tremia, ou talvez fosse à mulher, ansiosa pela penetração. Depois que ela gemeu novamente, ele ajoelhou na cama e entrou rapidamente.

Ela gemeu e depois sorriu, fechou os olhos para que pudesse senti-lo melhor, viajar no corpo dele de forma deliciosa. Não podia tocá-lo, mas podia senti-lo de forma gostosa pairando sob seu corpo.

O peito dele encostando-se ao seu, aquele desejo a possuindo a ponto de gritar e puxar seus braços presos. Aquilo era uma tortura, assim poderia dizer. Ele começou as penetrações, duras e velozes, maravilhosas. Abaixado, ele apenas beijava sua boca, brincando com sua língua, as investidas iam ficando mais intensas à medida que os gemidos aumentavam, começava a ofegar, e pedir por mais girar sua cabeça na cama e gemer, era esse seu serviço, gemer e pedir para ir mais rápido.

De olhos abertos, ela podia ver o corpo maravilhoso dele se movendo para lá e pra cá, freneticamente, mordendo os lábios ela contemplou os braços fortes ao redor do seu corpo, com veias estufadas aparecendo, ela gemeu mais alto, não tinha nada mais sexy que veias a amostra. Ela gemeu mais alto, puxando seus braços, queria tocá-las, e beijar cada cantinho do braço dele. Subiu para o pescoço, todo perfeito, pronto para ela morder sem deixar nada de lado, como sentia vontade. A boca dele apenas abria e fechava, ele também gemia, ele também sentia prazer.

Começou ajudá-lo nas investidas, queria o sentir até o final, até não ter mais nada que pudesse satisfazê-la, ele entendeu e gostou, arrumou seus movimentos para dar certo com os dela, e o choque entre os corpos se intensificou, ele entrava até as bolas, e ela gemia o cobrindo por inteiro. Ah, era isso que ele queria... Acelerou os movimentos e ela ficou louca para ter mais. Sentia o orgasmo se aproximando, seu ventre estava fervendo, e quando menos esperou, ela gozou, o sentindo crescer dentro de sua fenda e preenchê-la de gozo.

— Ah… Céus… – ela sentou na cama, olhando de um lado para outro, o coração acelerado, o peito subindo e descendo. Apertou o lençol entre os dedos e deitou ainda gemendo, suas pernas inquietas e seus pensamentos a mil por hora. O coração batia rápido.

Quando se acalmou, voltou a sentar na cama, olhou para entre suas pernas, tinha gozado novamente, e mal foi penetrada por um homem de verdade. Quis chorar, como sua vida sexual tinha ficado daquela forma?

— AAaahhh – gritou inconformada, batendo as pernas sobre o colchão — Pelo menos, sonhei com você novamente – murmurou e saiu da cama caminhando até a janela do seu apartamento — Te odeio porque você não existe de verdade, apenas entre meus sonhos.

Jogou o cabelo para o lado e foi direto para o banheiro.