Capítulo 12 Beleza fatal
Depois de muita confusão, Iara finalmente voltou ao hospital.
Bianca caminhava de um lado para o outro fora do quarto, como se estivesse muito ansiosa.
Vendo Iara voltar, ela rapidamente se aproximou e segurou sua mão:
— Iara, que bom que você voltou, surgiram alguns problemas na empresa, preciso voltar correndo. Amanda fica sob seus cuidados.
Iara acenou levemente:
— Está bem, pode ir. Só que com Amanda...
Antes que Iara terminasse de falar, Bianca já havia se virado e partido.
Ela não pôde deixar de estender a mão para frente, mas ainda assim não conseguiu impedir os passos de Bianca se afastando.
— Com Amanda, quando ela poderá voltar para a família Souza.
Iara balançou levemente a cabeça, cuidadosamente empurrando a porta do quarto.
Vendo Amanda ainda inconsciente na cama, ela suspirou profundamente:
— Amanda, por que você se submete a isso.
A meia-noite chegou silenciosamente, as pestanas da mulher pálida na cama tremularam levemente, depois gradualmente se ergueram.
Os olhos de Amanda lentamente se abriram, seus olhos expressivos brilhando com um pouco de pânico.
Ela se sentou bruscamente, acordando Iara que estava apoiada na beira da cama.
— A criança! Onde está minha criança?
Ela tocou sua barriga agora plana, com o rosto cheio de pânico.
Iara bateu delicadamente nas costas de Amanda, ajudando-a a se sentar antes de dizer suavemente:
— Amanda, não se preocupe, a criança está no berçário, eu já vi, a criança está muito saudável e bonita.
Amanda agarrou firmemente o braço de Iara, com o rosto cheio de tensão:
— A criança, me deixe ver a criança! Não deixem meus pais saberem, senão eles certamente vão tirar a criança de mim!
Iara acenou levemente, mas continuou acalmando as emoções de Amanda:
— Está bem Amanda, não se preocupe, vou trazer a criança para você agora.
Iara saindo do quarto gradualmente parou, Amanda acabara de dar à luz, suas emoções estavam extremamente instáveis, se contasse que Bianca e Maria vieram, ela certamente perderia o controle.
De qualquer forma, elas vieram mas não fizeram nada, então não contaria para Amanda.
Iara segurando a criança em seus braços olhou para a incubadora onde a criança estava, sua testa gradualmente franziu.
Estranho, só havia uma criança, por que colocar a criança numa incubadora dupla?
Pensando em Amanda ansiosa esperando pela criança, Iara finalmente balançou a cabeça e saiu do berçário.
Amanda vendo a criança ainda dormindo tranquilamente em seus braços, seu coração instantaneamente se acalmou.
— Iara, obrigada, sem você eu não saberia o que fazer.
Iara se sentou ao lado da cama sorrindo, tocando delicadamente a bochecha rechonchuda da criança:
— Agradecer o quê, eu sou a madrinha da criança.
Na cama grande havia apenas frieza, o que lhe trazia calor além da criança em seus braços, era Iara ao lado da cama que a cuidava incansavelmente esses meses.
Iara com olhos arregalados olhava para o menino nos braços de Amanda, seus olhos cheios de brilho surpreso.
— Amanda, todas as reportagens dizem que você se relacionou com um homem de meia-idade feio. Mas olhando para esta criança, claramente não é! Quando esta criança crescer, certamente será uma beleza fatal!
Amanda abraçou a criança em seus braços com mais força, seu rosto pálido cheio de determinação:
— Não importa o que dizem lá fora, ele é meu filho.
Iara olhando para Amanda à sua frente ficou momentaneamente atordoada. Ela e Amanda se conheciam desde pequenas, naturalmente sabia quantas injustiças ela sofreu, carregando inúmeras culpas por Bianca, sempre escolhendo suportar silenciosamente.
Mas desta vez, ela foi extraordinariamente corajosa por esta criança, resistindo aos pais que sempre foram parciais!
Um sorriso suave apareceu em seu rosto um pouco másculo:
— Amanda, dê um nome para a criança.
Um sorriso cheio de amor se espalhou no canto da boca de Amanda, seu corpo inteiro irradiando uma poderosa luz maternal.
— Gustavo.
Antes mesmo da criança nascer, ela já havia pensado no nome para ele.
Iara murmurou baixinho, depois riu:
— Gustavo, bom nome! Tão bonito quanto eu!
O pequeno Gustavo gradualmente abriu as pálpebras antes fechadas, seus grandes olhos cheios de vivacidade.
Gustavo assim que abriu os olhos não chorou como outras crianças, mas estendeu suas pequenas mãos balançando no ar, seus grandes olhos vivos fixos em Amanda à sua frente.
Amanda ficou momentaneamente atordoada, depois estendeu uma mão para Gustavo.
Gustavo ergueu suas duas pequenas mãos, depois agarrou firmemente o dedo indicador de Amanda em sua palma.
No segundo seguinte a agarrar o dedo de Amanda, Gustavo sorriu com os olhos semicerrados, depois se aconchegou nos braços de Amanda e dormiu novamente.
Iara ficou completamente derretida pela fofura de Gustavo, depois rapidamente estendeu o dedo para perto da mão de Gustavo:
— Vem, vem Gustavo, eu sou sua madrinha.
Gustavo abriu seus grandes olhos e olhou indiferentemente para o dedo de Iara, depois bufou friamente e se aconchegou nos braços de Amanda.
Iara olhou atordoada para Gustavo nos braços de Amanda, com um grande impulso de dar uma palmadinha no bebê.
Amanda vendo a cena calorosa à sua frente riu suavemente, mas seu coração se sentia um pouco vazio, ela tocou sua barriga ainda plana.
Não sabia por quê, sempre sentia que faltava algo, não sabia o que faltava, mas podia sentir que aquela coisa era muito importante para ela.
Do outro lado, na mansão da família Souza estava cheia do choro estridente de uma criança, o choro sem fim parecia poder quebrar a casa.
Pedro olhou descontente para a criança nos braços de Maria:
— De onde vocês trouxeram este bastardo?
Maria ficou chocada, segurando a criança com cuidado extremo:
— Pedro, não pode falar assim! Esta criança é filho de Luiz!
Pedro ficou momentaneamente atordoado, seu rosto cheio de incredulidade:
— Filho de Luiz? Como é possível?! Nunca ouvi falar de Luiz se relacionando com alguma mulher!
Bianca puxou o braço de Pedro, repetindo do início ao fim o que havia dito para Maria.
— Papai, é exatamente essa a situação.
Pedro desabou completamente no sofá, como se toda sua energia tivesse sido drenada.
Então o homem que se relacionou com Amanda naquela noite era realmente Luiz!
E ele havia tomado a decisão cruel de expulsar Amanda de casa! Sem um pingo de piedade ou compaixão!
Maria, já convencida por Bianca, olhou para Pedro:
— Querido, chegamos a este ponto, não temos escolha. De qualquer forma, desde o início a existência de Amanda era para ser um degrau para Bianca. Contanto que Bianca se torne Sra. Lopes, então o status da nossa família Souza certamente se elevará!
