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Ela Ficou Rica Após o Divórcio

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Resumo

Antes do divórcio, ele a abandonou como um par de sapatos gastos. "Este é o acordo de divórcio, você pode ir embora agora!" Após o divórcio, ele descobriu de repente que sua ex-esposa, que não tinha instrução e era sedutora, havia se tornado bonita e confiante! Atriz de primeira linha, designer-chefe internacional de joias, mente misteriosa por trás de uma empresa poderosa, um hacker de renome mundial... Seus pretendentes são infinitos. Major-General Todd:"Cheyenne será minha futura esposa. Quem se atrever a tocá-la enfrentará minha ira!" Melhor advogado:"Cheyenne é minha lei!" Ídolo famosos:"Desde que Cheyenne dê a ordem, farei qualquer coisa por ela sem questionar!" Seu ex-marido que quer se reconciliar:"Querida, eu estava errado. Vou me esforçar muito para apoiá-la de agora em diante." Cheyenne riu com incredulidade:"Apenas saia de perto de mim, seu idiota.'' Seu ex-marido acordou com medo novamente. ''Hoje é mais um dia de implorar pelo perdão de sua esposa!''

amorurbevingançaCEOamor verdadeiro

Capítulo 1: Ela não Era Mais a Sra. Foley

Cidade A, Mansão da Foley.

Diante do espelho, uma mulher vestia um camisola de alças de puro algodão branco, com comprimento até os joelhos, revelando braços alvos e pernas delicadas.

Seus longos cabelos negros acentuavam sua tez pálida, e seus olhos, que costumavam brilhar intensamente, perderam o brilho que se esperaria de alguém de sua idade.

Hoje era o terceiro ano e dois meses, sete dias desde que ela se tornava “Sr. Foley”.

Por mais de mil dias e noites, ela mantinha seu status de Sr. Foley, aguardando a presença esporádica de Kelvin Foley.

Pensando nisso, ela de repente riu de si mesma.

Ela se perguntava agora que tipo de coragem a havia levado acreditar que ela poderia aquecer o coração de Kelvin, uma pessoa teimosa.

Uma empregada se aproximou com um vestido de noite preto, e seu olhar carregava um toque de frieza e desdém.

Ela exclamou em tom agudo:

- Srta. Cheyenne, o Sr. Foley está prestes a voltar. Por que você não se veste para recebê-lo?

Naquela mansão, ninguém reconhecia sua identidade como Sr. Foley, desde Kelvin até os empregados da casa.

Cheyenne Lawrence era tratada como alguém dispensável, e isso a fazia ser profundamente detestada por todos.

Ela estendeu a mão e pegou o vestido preto, vestindo-se como uma princesa delicada e nobre, sentando-se obedientemente no sofá para aguardar o homem.

E então, ele a levaria... Ao divórcio!

Sim, hoje o casamento deles estava chegando ao fim porque aquela mulher havia retornado.

Cheyenne olhou para si mesma no espelho e, de repente, exibiu um sorriso encantador. Afinal, era seu último dia como “Sr. Foley”.

Ela pegou um batom de sua bolsa e aplicou-o para deixar seus lábios ainda mais vermelhos. Ela parecia uma fada!

Do lado de fora da porta, passos pesados e regulares se aproximaram, cada um deles parecia pisar em seu coração.

Apesar de suas raras visitas nos últimos três anos, Cheyenne reconheceu de imediato que era ele!

O som de clique ecoou.

A porta de vidro foi impiedosamente empurrada de fora para dentro, e a brisa de outono trouxe consigo folhas secas que caíram aos pés do homem, brilhando em seus sapatos polidos.

No instante seguinte, ele as esmagou com força.

Olhando para cima, ela viu pernas esguias vestindo calças de terno preto que faziam o homem parecer ainda mais alto.

Seu rosto era suficiente para seduzir qualquer pessoa, com traços esculpidos, características nítidas e olhos profundos como um lago congelado, que agora a encaravam com raiva.

Aquele olhar era frio como o gelo, tão gelado quanto o inverno.

No entanto, Cheyenne já se acostumava a esses olhares, e ela sorriu de modo despreocupado.

- Cheyenne, por que está se arrumando tanto? Nós combinamos de ir ao cartório de registro civil para o divórcio às dez da manhã!

O homem se aproximou, segurando o queixo delicado dela com força.

Doeu.

Ela logo sentiu lágrimas nos olhos, mas a teimosa Cheyenne não queria mostrar fraqueza diante dele. Mesmo que tivesse que morder os dentes, ela sorriria.

- Querido, você está com muita pressa. Só estou me maquiando. - Sua voz soou suave e doce.

Ao ouvir isso, o homem a soltou com força, como se tivesse tocado em algo sujo. Ele pegou um lenço branco de seu bolso e começou a limpá-lo meticulosamente, seus dedos articulados em destaque.

O gesto a fez sentir um arrepio.

Ela estava congelando, e o frio que irradiava de seu corpo quase a impedia de respirar.

- Não me chame de querido, você não merece!

Ele a encarou com raiva, olhos negros como a noite de um demônio sedento por sangue.

Cheyenne passou a língua nos lábios vermelhos, sorrindo com amargura.

- Sim, eu não mereço.

Com as mãos brancas e delicadas repousando em suas coxas, ela apertou os punhos, fazendo com que suas unhas se cravassem na pele, deixando marcas profundas.

Mas essa dor era insignificante em comparação com um centésimo do que Kelvin lhe infligira.

Ela respirou profundamente, esforçando-se para manter a calma, e pegou seu vestido preto. Ela disse suavemente:

- Enquanto eu não tiver o certificado de divórcio em minhas mãos por um minuto, ainda serei sua esposa.

Ao ouvir isso, a raiva do homem aumentou, ele a encarou como se pudesse perfurá-la com o olhar.

- Você está tão necessitada de homens? Se quiser, eu poderia providenciar dez ou mais homens para você.

Foi a primeira vez que ouviu alguém querendo ser traido.

Cheyenne sentiu uma pontada de dor em seu coração, provavelmente porque ela não amava.

Ela se virou, usando um sorriso leve e descontraído, e respondeu animadamente:

- Tudo bem, obrigada, eu gosto de caras gentis.

Em resposta, o homem a encarou com desgosto.

- Você não tem vergonha!

O sorriso no rosto dela se aprofundou ainda mais.

No entanto, ninguém sabia o quão desapontada ela estava por trás desse sorriso quando se virou.

O carro esportivo preto já estava estacionado em frente, e o assistente Chris aguardava com seriedade ao lado do veículo.

Quando ele viu as duas figuras se aproximando, abriu a porta respeitosamente.

- Vamos para o cartório de registro civil. - Kelvin ordenou com frieza.

Cheyenne exibiu dois adoráveis covinhas no canto de seus lábios, como se não fosse ela quem seria divorciada hoje...

Cheyenne se sentou de propósito no lado esquerdo de Kelvin, a distância mais próxima de seu coração, embora esse homem parecesse não ter um coração.

O carro começou a se mover, e o clima dentro dele ficou tão opressivo que parecia um lago morto.

Kelvin continuou olhando a paisagem lá fora, ansioso para chegar ao cartório de registro civil o mais rápido possível.

De repente, os pneus rangeram contra o asfalto, e o carro freou bruscamente. O corpo de Cheyenne se inclinou incontrolavelmente em direção a ele, e o homem se esquivou dela a tempo, permitindo que ela se chocasse com a maçaneta da porta.

- Bang.

Um som alto ecoou.

Uma nódoa roxa apareceu na testa pálida dela em um instante.

De alguma forma, a visão da marca em sua testa causou uma estranheza momentânea no coração de Kelvin.

Mas ele imediatamente afastou esse pensamento. Essa mulher suja e vil não merecia sua simpatia!

- Desculpe, Sr. Kelvin, alguém atravessou a rua repentinamente. - Chris gaguejou, aterrorizado, enquanto tentava se explicar.

Somente quando a voz fria de Kelvin soou, ele soltou um suspiro de alívio.

Cheyenne, segurando a cabeça, sentou-se e não se sentiu bem. Ela olhou para ele que estava sentado com dignidade e frieza.

- Você é tão impiedoso. Afinal, fui sua esposa por três anos. Dizem que o casamento é a união de almas, e nós certamente não nos limitamos a uma única noite. Você podia ao menos me ajudar quando eu bati na porta.

Apesar de desgostar dela, Kelvin foi forçado por seu avô, Oscar Foley, a se casar com ela.

Até mesmo foi forçado a entrar em seu quarto e enfrentar a perspectiva de ter relações íntimas com ela uma vez por mês.

Ao pensar nisso, uma emoção estranha percorreu o coração de Kelvin.

Seu rosto ficou sombrio num instante, e ele a interrompeu com raiva:

- Cale a boca! Se não fosse pela ordem do meu avô, uma mulher como você só me enojava.

- Eheh, enojava...

Cheyenne riu, mas um brilho de tristeza passou por seus olhos.