Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

Capítulo 7

Fico na ponta dos pés e lhe dou um último beijo, antes de me refrescar e sair do chuveiro.

Nunca tomei banho com um homem. Para ser sincera, não me importo com isso.

Nós nos secamos e, com o secador de cabelo e a escova, tento domar meu cabelo.

Depois de seco, deito-me na cama.

Abraço o travesseiro, deitada de barriga para baixo, cansada e exausta.

Dorian se senta na beirada do colchão apenas com a calça. Ele acaricia meu cabelo ainda ligeiramente úmido.

- Você vai para o seu quarto? - pergunto, tentando manter meus olhos abertos.

- Se Vega acordar durante a noite, ele virá até mim e, se não me encontrar.... - Coloquei minha mão em seus lábios, entendendo imediatamente.

- Entendi, papai, não se preocupe, vejo você amanhã de manhã. - Beije meus dedos e meus lábios com castidade.

- Carriça noturna. -

- Boa noite, papai. - É uma sensação completamente diferente quando ele lhe deseja boa noite e está na sua frente sem camisa, depois de tomarem um banho quente juntos.

É tudo tão lindo.

Eu adormeço com um sorriso nos lábios e alegria no coração.

Quando vou abrir os olhos, ainda estou agarrada ao travesseiro com o cheiro de Dorian em mim.

Concentro-me no quarto e vejo Vega acariciando meus cabelos e Diletta olhando para mim sorrindo.

- Olá, linda, você dormiu bem? - Diletta me pergunta radiante, de pijama de cetim.

- Oi, Fina! - As duas correm até mim e me abraçam. De repente, eu não entendo nada.

Elas começam a fazer cócegas em mim e eu me contorço.

Onde você encontra toda essa energia de manhã cedo?

- Você teve bons sonhos, Delfina? - Diletta murmura em meu ouvido, fazendo-me corar.

Eu abraço Vega, beijando-a muito.

- Eu tive sonhos lindos. -

- Hmm, só posso imaginar quem é o cara. - Dou um beliscão em seu lado.

Maldita Diletta Parker.

- Você dormiu bem, pequena? - Eu me viro para Vega, que acena com a cabeça. Acaricio seu cabelo macio.

- Você vai ser imortalizada. - Meu olhar se dirige para a entrada da sala e vejo Dorian, encostado no batente da porta, observando-nos com um sorriso no rosto. Eu imediatamente fico vermelha ao vê-lo.

Seu corpo perfeito está envolto em um simples agasalho preto, destacando seus músculos tonificados.

Que droga.

- Papai! -

- Oi, irmãozinho. - Ele cumprimenta a irmã com um sorriso.

- Papai, este é o quarto da Delfina, você tem que bater na porta antes de entrar. -

- Você tem razão, garotinha, eu sou rude. - Você tem razão, estrela, fui rude. Levante as mãos como se fosse pedir desculpas. Mas o olhar dele diz algo completamente diferente.

- Como se ele não conhecesse o corpo de Fina, certo? - Ele sussurra em meu ouvido, fazendo-me enrijecer.

- Você é um idiota. - Eu digo com os dentes cerrados, fazendo-a rir. Eu me levanto para ir ao banheiro, mas antes me olho no espelho e noto aquela marca escura no meu pescoço. Você é horrível.

- Que marca feia no seu pescoço, Fina. Você viu o papai? - Ela se vira para o pai, que, como eu, está olhando para o boneco com os olhos apertados.

- Sim. Fina estava... machucada. -

- Neta, temos que ir buscar leite, vamos! - Vega me dá um beijo no rosto, sobe nos braços da tia e sai do quarto.

Agora somos apenas eu e Dorian, que continua a me olhar de soslaio.

- Pare de olhar para mim desse jeito! É constrangedor. - Eu digo, amarrando meu cabelo em um rabo de cavalo alto.

- Não posso evitar, garotinha, se ver você com a minha camisa me deixa excitado mesmo nas primeiras horas da manhã. - Meu Deus, como você pode me perturbar com uma frase?

- Você é realmente terrível. - Dorian se aproxima sorrateiramente e me agarra pelos quadris, pressionando-me contra ele.

- Garota errada. Sou insaciável e nunca vou me cansar de você e do seu corpo. - Ele morde meu pescoço, fazendo-me rir. Depois, pega meu rosto e beija meus lábios com vigor.

- Vista-se, vou esperar por você na cozinha. - Ele rouba outro beijo e sai, deixando-me com a cabeça nas nuvens.

delfina

Depois de tomar um banho refrescante, ainda me sinto tonta e dolorida. É tudo tão estranho, tão... lindo, será que posso dizer isso?

Posso me permitir ser feliz pelo menos uma vez? Ou estou proibida?

Saio do banheiro enrolada em uma toalha de pelúcia cor de creme.

Percebo que meu celular na mesa de cabeceira está ligado. Alguém está me ligando por vídeo.

Pego meu telefone e caio na cama sem graça.

É a Ana e a Isa. Finalmente

- Oh, meu Deus, então você está vivo! - Ela me deseja um delicioso bom dia, Anastásia.

- Bom dia, amor. -

- Chega de conversa, Delphi. Conte-nos, queremos saber os detalhes sangrentos! - Ele esfrega as mãos e se senta confortavelmente na cama do campus, como se estivesse prestes a assistir a um filme.

Eu seguro uma risada e olho para Isabel, que ainda não disse uma palavra. Mau sinal.

- Que fofo... o que está acontecendo? - Minha amiga ruiva olha para a tela e seus olhos azuis estão claros como cristal. Ela abafa um soluço e cobre o rosto com as mãos.

- Amor, conte-nos. Você sabe. Você sabe. Estamos sempre aqui. - Anastasia a encoraja com carinho.

Isa olha para cima novamente com lágrimas escorrendo pelo rosto.

Bel.

- C-Christofer... h-he... -

- O que aquele idiota fez com você? - exclama Ana, irritada.

Estou mais do que convencida de que o garoto não fez nada com ela.

Ele nunca machucaria a Isa, ele morreria por ela.

- O que aconteceu com Christofer, Isa? - pergunto com calma, recostando-me na cabeceira da cama.

- Ele ficou com raiva... - Ela funga e enxuga as lágrimas com as mãos.

- ...ontem eu estava bêbada, ele me encontrou em um sofá meio dormindo, com dois caras que estavam flertando descaradamente comigo. Ela disse que... eles estavam beijando meu pescoço, mas eu não me lembro. Só me lembro de acordar hoje de manhã no meu quarto, de pijama, com ele olhando para mim decepcionado. - Isabel respira fundo e passa a mão no cabelo.

- Ele se foi. Saiu com olhos decepcionados e preocupados. Eu o tratei mal e ele bateu a porta. Estou me sentindo um lixo. Ele é o único que está realmente... perto de mim. - Ela conclui, apoiando a bochecha no travesseiro.

- Por que você não tenta ligar para ele para conversar? - sugere Anastasia, acendendo um cigarro.

- E você não acha que eu já tentei isso, Ana? Ele não atende, a secretária eletrônica toca imediatamente. - Típico de garotos. Eles fogem.

De repente, ouço um barulho alto de motores vindo da janela.

Eu me levanto e puxo a cortina um pouco para trás para ver três motocicletas do lado de fora da propriedade.

Uma delas é preta, com detalhes em azul elétrico e o guia Niccolò com um Christofer de rosto moreno atrás dele.

Você está falando do diabo.

A outra motocicleta maior, preta e vermelha, é dirigida por Alexander, com Thiago atrás dele.

Na terceira, há apenas Kevin. Mas eu já conheço a moto, porque ela pertence ao Dorian.

Foi graças à moto dele que nos conhecemos.

Pego meu telefone e viro a câmera para os meninos. Meus amigos ficam boquiabertos assim que os veem.

- Oh, que merda! -

- Oh, merda! -

- Eu não achei que o advogado tivesse trazido a bicicleta, Ana. - Eu a informo com um sorriso malicioso.

- Eu também não achei. Devo admitir que é sexy. -

- Não me diga que você só percebeu isso agora, Ana. -

- Imagine só, Bel. Estou estudando isso há semanas. Muito detalhadamente. - Pela sua piada, deduzo que há algo mais acontecendo entre vocês dois.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.