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EM BUSCA DO AMOR PERDIDO

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GHH
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Resumo

Giulia Thompson, uma jovem universitária indecisa que não sabia ainda o que cursar, mas de uma coisa ela tinha certeza, teria que ser médica. Pois seus pais a deixaram escolher apenas qual parte do corpo humano ela gostaria de trabalhar, porque não teria uma escolha sobre sua profissão, não porque eles eram pais ruins, longe disso, mas eles precisavam dela em um futuro próximo. James DeLucca Miller, Um lindo neurocirurgião, brilhante e a inspiração de uma menina com a cabeça bem fértil. Esse romance é emocionante e muito lindo, espero que gostem! Meus personagens são a Hande Erçel e Kerem Bursim da série sençalkapimi - turco.

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CAPÍTULO - 01

APRESENTAÇÃO...

Mais um plantão concluído com sucesso, agora está fazendo trinta horas que não durmo, e faz tempo que comi pela última vez, estou com tanto sono, e também muita fome, mas já sei que não serei capaz de comer sem dormir primeiro.

Chegando no meu apartamento, nem troquei de roupa, porque eu já tinha tomado banho no hospital, apenas tirei os sapatos e me deitei na minha cama macia e quentinha, pois o frio em Manhattan é de doer até o couro cabeludo, e estou muito cansada pra colocar um pijama.

Meu nome é Giulia Thompson Scott, tenho vinte e três anos e sou filha dos melhores médicos do país, meu pai é cirurgião cardiovascular, e minha mãe é cirurgiã obstetra, eles são donos do hospital Medical Center de Manhattan, um dos melhores do mundo e eu sou a filha mais velha entre três irmãos, eu e

os gêmeos Oliver e Otávio, eles tem dezoito anos e recém terminaram o ensino médio, em setembro eles vão para Harvard, estudar medicina, mas desde sempre nunca nos demos bem, claro que não por minha causa porque eu era muito apegada a eles quando eram menores, adorava meus irmãozinhos e sempre fui um grude deles, mas conforme eles foram crescendo foram se afastando de mim, acho que por causa da diferença de idade, fez com que nunca fizéssemos as mesmas coisas, estávamos em tempos diferentes, eu até fazia de tudo para participar do dia deles e estar com eles, só que hoje em dia, eles não gostam muito de mim, porquê? Não faço a mínima ideia, e também não tenho curiosidade em saber porque eu odeio conflitos, então finjo não saber de nada, e só continuo vivendo como se eu não percebesse que eles não me queriam como a irmã mais velha, mas sinceramente isso não me afeta em nada, pois não foi eu que escolhi nascer primeiro, e apesar de tudo, eu amo a minha família muito, meus pais são excelente, são muito amorosos, nos dão atenção e carinho, mas nunca nos deram opção sobre a nossa formação, desde o nascimento nosso futuro já estava traçado, nós seríamos médicos.

Mas eu não queria ser, meu sonho era estudar filantropia, sempre fui muito preocupada em ajudar os outros, mas não ser paga por isso, eu queria servir eles sem me importar se receberia algo em troca, só queria ver as pessoas felizes, mas como eu disse: “isso não era uma opção”, então quando fui para Harvard estudar medicina, nada me agradava, fiz todas as matérias disponíveis no meu curso, desde anatomia, biologia celular, embriologia, farmacologia, fisiologia, imunologia, patologia e traumatologia que é a última opção, mas eu me sentia sem vontade de continuar, nada fez meu coração disparar e fazer eu dizer, é isso o que quero! Mas eu não podia desapontar meus pais, eles não pediram muito de nós, são muito bom conosco, só queriam que pudéssemos assumir o hospital, no caso eu, por ser a primogênita, então foi com muito esforço que um dia eu participei de uma palestra do maior neurocirurgião da América, e sem mentira nenhuma eu fui achando que seria uma tortura ouvir sobre o cérebro humano, pensei que nada mais me atrairia, até eu ver o palestrante, lindo, cabelos castanho claro e liso cortado em estilo militar, baixo nas laterais e no meio mais alto acredito eu que o corte é feito com a tesoura, tem os olhos azuis igual ao mar em um dia ensolarado, tinha um furinho no queixo que fazia o rosto ficar mais másculo e perfeito, ainda por cima tinha uma barba bem cheia e desenhada, mas era aparada, um espécime de homem, ele usava óculos de grau que deixava ele ainda mais sexy, além de alto era musculoso, eu acho que devia ter um metro e noventa mais ou menos, parecia que ainda era jovem, acho que tinha apenas uns vinte e cinco anos e já tinha fama de melhor neurocirurgião da América, Uau!

Então entrei naquela sala, me sentei na primeira fileira de cadeiras e esperei ansiosa para a palestra começar, estava já querendo escutar a voz dele porque queria saber se era tão linda quanto o dono.

E quando ele começou a falar, não me decepcionou nenhum pouco, pois ao mesmo tempo que era grossa ainda era suave, rouca e nossa, fez os meus pelos arrepiarem de um jeito que me assustei, o meu coração acelerou quando ele me olhou pela primeira vez depois de um tempo discursando e me fez uma pergunta:

“senhorita Thompson pode me dizer o que achou da palestra?”

Naquele mesmo instante eu fiquei feliz por ele saber o meu nome, mas fiquei muito nervosa porque eu teria que responder o que eu tinha achado, mas para ter achado alguma coisa eu teria que ter prestado atenção, coisa que não fiz desde que entrei nessa sala e coloquei meus olhos nele, eu ficava apenas babando, olhando as pernas dele, os pés, as mãos, cada movimento que ele fazia, quando andava de um lado para o outro, quando virava as costas e escrevia no quadro branco com a caneta, só olhava a bunda linda e redonda dele naquela calça social preta apertada, ou feita sob medida, ele tinha uma camisa social branca com as mangas dobradas até o antebraço e dava pra ver os bíceps dele bem definidos o peitoral e até as veias do braço bem firmes, acredito que malha muito, também tinha um colete muito sexy, o paletó estava na cadeira, porque estava bem quente no saguão, porque era inverno e não era ligado o ar condicionado, então ou ele estava com calor ou apenas suando de nervoso, não sei dizer, só sei que a roupa marcava muito bem, e era lindo de se ver, eu olhava os olhos dele e quando ele colocava os dedos entre o nariz para ajeitar os óculos, acredito eu que estavam largos já, pois toda a vez que ele baixava a cabeça para pegar algum papel parecia que caia um pouco, e posso dizer que esse movimento era muito sexy, eu olhava a boca dele se mexendo e seus dentes brancos aparecia de vez em quando, mostrando o quando ele era ainda mais lindo, eu precisava responder, mas como não sabia o quê; então eu falei a primeira coisa que me veio na mente no momento:

“Claro professor, eu não posso descrever em palavras o que foi pra mim essa palestra mas a partir de hoje eu tomei a minha decisão sobre o que quero ser, o senhor me inspirou muito, eu também quero estudar o cérebro humano, eu quero ser uma brilhante neurocirurgiã, obrigada por essa incrível aula.”

Depois do que terminei de falar foi que percebi que tinha falado besteira, mas eu não poderia ficar sem dizer nada né? Eu não iria pagar um mico na frente daquele homem lindo, parecendo uma burra tarada, então eu vi quando ele sorriu de canto pra mim e isso me deixou com as pernas moles, é sério! Foi incrível, e no final da palestra eu me inscrevi para cursar a matéria que seria a minha carreira a partir dessa aula, mas o que mais me impressionou foi saber que ele tinha sido contratado pelo meu pai, para ser o neurocirurgião do nosso hospital, parecia ironia do destino, mas eu fiquei feliz demais, pois a minha residência seria lá, então ele seria meu professor.

Terminei o primeiro e o segundo ano em Harvard e depois comecei a fazer a residência no hospital dos meus pais, eu não via a hora de encontrar o lindo doutor neurocirurgião James Miller, sim eu pesquisei sobre ele, comecei a seguir em todas as suas redes sociais e acompanhava tudo sobre ele, as notícias, as fofocas, ele era solteiro pelo menos era isso que tinha no Wikipédia, e no seu Instagram também não tinha foto de nenhuma mulher com ele, acredito que ele não iria olhar para a aluna dele, mas eu estava fascinada demais nele, sonhava com ele, acho que eu estava apaixonada, não sei, eu só sabia que não via a hora de começar a fazer residência perto dele, poder ver ele fazer uma cirurgia, ser chamada para ajudar, e aprender todas as técnicas ao seu lado.

Sei que estou com a motivação errada para seguir essa profissão, não é a dos meus sonhos, mas de todas é a que me encantou porque eu teria algum interesse em ir trabalhar, todos os dias eu teria ele para apenas olhar de longe, admirar e quem sabe um dia ser tão boa quanto ele. Então eu acredito que era melhor assim, porque eu estaria lidando com a vida das pessoas e não poderia cometer erros, por isso eu teria que ter algo que me deixasse com vontade de fazer aquilo, de querer aprender, estudar, ser aplicada, mostrar a alguém além dos meus pais que eu era capaz de fazer qualquer coisa que eu me dispuser. Estava empenhada e tudo isso era por causa do James. Claro que eu gosto de estudar o cérebro e fico fascinada em, como posso dizer: “controlar a mente humana” Cada cirurgia bem sucedida é uma benção de Deus, pois lidar com o cérebro é arriscado, mas é emocionante.

Quando eu comecei a trabalhar no hospital dos meus pais, eu pedi a eles para não dizer a ninguém que eu era filha deles, por isso eu me apresento com o sobrenome da minha mãe, “Thompson,” porque ela usa o do meu pai, “Scott” então aqui no hospital ninguém sabe quem sou, e quero continuar sendo assim até eu herdar a presidência. Não quero que ninguém pense que eu tive privilégios por ser a futura dona do hospital, tudo o que eu desejo é ser reconhecida por mérito meu...

Sempre dei o melhor de mim, e eu amava demais quando o doutor James me chamava para auxiliar numa cirurgia, eu me esforçava em aprender tudo o que ele me ensinava, e além de ser um homem lindo, ele era gentil, compreensivo, um ótimo professor e às vezes ele era tímido, também era bem reservado com a sua vida pessoal, nunca ouvimos por aqui que ele era um “pegador” ou que tivesse ficado com qualquer colega de trabalho, eu ficava feliz em saber disso, pois eu estava tão apaixonada por ele, que ficaria chateada se ouvisse algo assim sobre ele.

Até inclusive as meninas falavam que ele era “gay” porque ele tinha um rosto muito perfeito, todo metrossexual, bem limpinho e cheiroso, mas eu não acreditava nisso, porque ele parecia muito homão sabe? Ele tinha um jeito que não sei explicar, mas pra mim ele parecia muito másculo. Acho que era a minha intuição feminina não sei. E tenho certeza que as meninas espalhavam essas mentiras por ele ter dado um fora nelas. Bom isso é bem feito!

Bem, eu já falei as minhas motivações para ser uma neurocirurgiã, agora vou contar sobre a minha rotina.

Hoje é quarta feira, meu dia de folga, e como sempre eu nesse dia durmo até depois do meio dia, eu cheguei ontem às vinte e duas horas e apaguei, nem jantei o que a minha governanta tinha preparado porque não tinha forças para continuar em pé, e foi a fome que me acordou agora, levantei revigorada, tomei um banho no chuveiro, lavei meus cabelos compridos, demorei cerca de vinte minutos e após sair, me enrolei em meu roupão felpudo, sequei meus cabelos com a toalha mesmo, hoje não vou secar com o secador porque estou com muita fome, e esse processo é demorado demais...

Entrei no meu closet e vesti um conjunto de lingerie de renda na cor preta, coloquei uma legging com a parte interna de soft, ela é bem quentinha, vesti uma camiseta de mangas compridas de um cantor brasileiro, coloquei um suéter e uma meia de pelúcia rosa, calcei as pantufas e fui em direção a cozinha, a minha governanta estava organizando a mesa pra mim.

Meu estômago roncou alto e fui me sentar antes de desmaiar.

Comecei a comer a lasanha de frango, sozinha, como sempre, porque a minha empregada é orgulhosa demais e nunca senta comigo para uma refeição. Já perdi as contas de quantas vezes a convidei, e sempre ela tem a mesma desculpa:

“obrigada senhora, mas já almocei mais cedo com os outros funcionários”.

E eu não insisto, mas me sinto sozinha às vezes, gostaria de ter alguém para conversar, queria ter um relacionamento com alguém, não, com alguém não, eu quero com ele James Miller, mas acredito que ele nunca reparou em mim, sei lá, eu fico muito tímida perto dele então nunca percebi se ele já me olhou de outra forma, e também acho que ele não fique com alguém do trabalho, muito menos uma aluna sua, afinal é antiético, não tem essa regra no hospital que não pode namorar colega de trabalho, até porque meus pais eram colegas antes de se casarem, e uma vez eles me disseram que jamais impediriam de namorarem fora do hospital, porque ficamos tantas horas lá dentro, que é meio difícil ter uma vida social aqui fora, as pessoas com quem convivemos diariamente é mais fácil... Claro, não pra mim, que só penso “nele”.

Terminei de comer e antes de me levantar a dona Ariana, minha governanta me diz:

__ Fiz a sua sobremesa preferida querida quer comer agora? – ela traz uma travessa redonda com um lindo pudim brasileiro, que só de olhar me dá água na boca.

__ Claro que sim Ariana, jamais iria recusar essa maravilha! – digo e ela serve um pedaço generoso pra mim, e começo a comer com vontade, eu já estava bem satisfeita com a lasanha, mas sempre tem espaço para uma delícia dessas. __ Que delícia Ariana, - falo de boca cheia, depois de comer quase tudo.

__ É um prazer cozinhar para a senhora porque não tem frescuras para comer. – ela diz.

__ Eu não tenho mesmo, amo comer, inclusive quando viajei para o Brasil a minha sobremesa favorita foi essa sem sombra de dúvida, e desde esse dia, eu queria uma pessoa que fosse brasileira só para fazer as delícias de lá.

__ E daí a senhora me achou! – ela completa a minha frase.

__ Sim, e que achado! – rimos e ela pede licença porque a minha campainha tocou e ela foi atender.

__Ei doida, o quê está fazendo vestida assim ainda? – Min-Ji minha amiga coreana e colega de trabalho, entra feito uma maluquinha, me abraça apertado como se fizesse muito tempo que não nos víamos. Retribuo e ela me olha dos pés a cabeça e diz:

__ Que isso mulher, que roupas são essas? Não lembra que íamos sair hoje? – pergunta e senta comigo, enquanto isso a Ariana busca uma taça e serve para ela um pedaço de pudim também, porque a minha amiga é tão formiga quanto eu. Eu continuo comendo e respondo:

__ Temos mesmo que sair? Eu ainda não me recuperei do plantão, esse foi puxado, dormi só quatorze horas e sinto que preciso dormir mais, já viu as minhas olheiras? – aponto para os meus olhos e ela chacoalha a cabeça em negativa, mas logo responde:

__ É assim que pretende desencalhar? Ficando em casa na sua folga e quando está no trabalho não investe em ninguém... – ela diz isso, porque nunca contei pra ninguém sobre o que sinto pelo doutor James gostoso. Por mais que ela seja minha amiga, sei que ela é muito maluquinha e sem querer iria deixar escapar isso pra alguém, uma qualidade que ela não tem é ser discreta, então para evitar confusão, guardo isso à sete chaves.

__ Mas quem te disse que estou encalhada? – pergunto fingindo estar brava e ela ri.

__ E precisa alguém dizer? A sua única companhia sou eu, os seus pais aos domingos e de vez em quando seus irmãos, quando ele estão por aqui, ah e os seus funcionários que acredito não terem muito contato com você, porque trabalha demais, a sua vida é aquele hospital, parece que quer ser logo a presidente de lá, porque trabalha mais que os donos. – ela diz e tenho que concordar, eu fico mais lá dentro do que os meus pais, e a Min-Ji também não sabe que sou a herdeira do hospital, melhor assim, porque não quero que as pessoas se aproximem de mim por interesse apenas, ela é uma amiga verdadeira, mas não posso contar esses segredos ainda, e sei que quando ela descobrir vai ficar brava comigo, mas sei que não vai durar muito tempo porque ela é muito boa de coração, alto astral e não gosta de fazer intrigas, também não fica muito tempo chateada porque ela diz que isso “dá rugas” e concordo com ela. Ela é minha amiga já faz uns três anos, desde que entrei no Medical Center e comecei a residência, ela é cirurgiã cardíaca e não ficamos muito juntas lá no hospital, mas na nossa folga nós sempre tentamos ter um pouco de lazer, hoje inclusive nós vamos patinar no ginásio, está um dia lindo para isso, por mais que esteja congelando lá fora.

__ Sabe quem vai patinar hoje também? – ela pergunta travessa e sei que vem bomba.

__ Quem? – pergunto realmente curiosa.

__ O Staff. – ela diz como se não fosse nada, mas meu coração já está na boca só de imaginar o meu lindo doutor James patinando...

Claro que não deixo ela perceber que fiquei muito animada, então subi para o meu quarto e coloquei uma roupa bem bonita, sequei meus cabelos, fiz uma escova, me maquiei e saímos para a nossa tarde divertida, tomara que ele esteja lá!!

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