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Detetive Abelhudo

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lyons
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Resumo

Bob é uma abelha que ajuda seus amigos fazendeiros, eles resolvem mistérios sobre o envenenamento do antigo proprietário, também explica como funciona as estruturas e vida das abelhas, um mundo repleto de curiosidades e mistérios.

assassinatoromancesegredosCEOcomédiahumorsobrenatural

Capítulo 1 : Conhecendo o Bob

 

 

Esta história trata da vida fantasiosa de uma pequena abelha, seu nome é Bob, mais conhecido como o abelhudo.

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Irmão do meio de um enxame de abelhas jatai, da espécie Tetragonisca Angustula, Bob ajuda seu amigo Carlos o humano em uma investigação, enquanto luta com os dilemas de seu enxame e apresenta o funcionamento do mesmo.

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O encontro marcante

Carlos andava por sua fazenda para fazer reparos em cercas e cuidar de suas criações, até que Carlos se deparou com um pequeno pito de entrada de cor amarela de mais ou menos 5 centímetros, Carlos se questionava.

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Carlos: Oque será isto ? Porque está em uma das madeiras de minha propriedade?

Irei me aproximar melhor para ver oque é isto!

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Locutor: Carlos ao perceber que se tratava de algum tipo de inseto que não conhecia começou a esbravejar.

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Carlos: Ora ora, oque isto faz aqui, agora as coisas estão desta forma, ninguém pede permissão a min para se instalar em minha propriedade!

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Locutor: Neste momento é que Bob entra na vida de Carlos, bob que era a abelha mais inteligente de seu enxame e com um temperamento forte, já de imediato sai pronto para uma discussão.

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Bob: Oque está resmungando aí fora? Sua propriedade? Sabe a quantos anos estamos aqui? Tanto este oco na madeira quanto esta mata pertence a nós abelhas nativas, digo mais você deveria estar contente, pois somente por nós estarmos aqui neste local é que suas plantações estão belas e produtivas!

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Carlos: Como assim? Eu plantei tudo aqui, preparei o terreno, coloquei a sementes, adubei e venho cuidando por anos, desde que meus avós eram donos daqui minha família tem cuidado deste local.

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Bob: interessante, muito interessante, então quer dizer que seu avô nunca falou sobre nós? Ou melhor ainda, nunca falou sobre min.

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Locutor: Oque Bob falava era verdade, desde muitos anos o enxame de abelhas jatai estava instalado ali, Januário avô de Carlos acabou falecendo sendo lembrado como um louco que conversava com os animais, ninguém nunca chegou a se quer acreditar no velho Januário, mas Carlos estava vendo que todas as histórias que seu avô contava era verdade.

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Carlos: Eu só posso estar ficando louco igual meu avô Januário, abelhas falando, que tipo de coisa é esta, somente nos humanos falamos, e isto não muda o fato de estarem em minha propriedade!

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Bob: Sim isto não muda o fato de estarmos aqui, mas muda o fato de que por gerações meu enxame como vários outros ajudam em sua produção, se você tem algo hoje em dia é porque minha família ajudou, assim como várias outras espécies de abelhas, você nem deve saber que somos mais de 250 espécies nativas né, você é o típico desinformado que acha que tudo é seu e não depende de ninguém.

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Carlos: Oque você está falando pode ser verdade, mas eu tenho os papéis da propriedade dizendo que eu sou o dono de tudo aqui, pois foi deixado para min por meu avô.

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Bob: (Risos), deixado para voce? O velho Januário foi morto como um louco e você que nunca acreditou nele agora vem dizer que foi deixado para você.

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Carlos: Não importa se eu acreditava ou não em meu avô, nem se ele foi mor... Ei espere meu avô não foi morto, ele morreu de causas naturais,abelha desinformada.

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Bob: (Risos). É oque pensa, é você o desinformado aqui, você não é o único neto de Januário, me admira vocês acreditarem que um velho forte, que se alimentava bem e que trabalhava melhor que os jovens iria morrer por causa de uma complicação na digestão, se quiser procurar se informar estarei a sua disposição.

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Locutor : Carlos retorna para sua casa pensativo, entra em seu casarão branco com portas e janelas enormes de madeira, logo da de cara com seu irmão do meio, Jefferson, um rapaz estudado que trabalhava na capital de São Paulo, lá Jefferson trabalhava com imóveis para uma gigantesca companhia imobiliária , já em seus 28 anos estava prestes a se tornar o c.o da imobiliária.

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Carlos olha nos olhos negros como a noite de seu irmão, que com uma voz sórdida e expressões de uma serpente diz a ele.

Jefferson : Estava cuidando da sua propriedade irmão?

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Sabe admiro muito seu empenho em cuidar desta fazenda, infelizmente não posso lhe ajudar pois fico muito atarefado na capital, mas pelo que vejo um dia está fazenda será muito rentável para nós.

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Locutor : Carlos então indagado com que tinha ouvido de Bob fala a seu irmão.

Carlos : Sabe irmão ando desgostoso, pois nosso avô Januário dedicou anos de sua vida a fazenda, nosso pai a mesma coisa, nosso irmão mais velho não se preocupa com a fazenda, passa dias no quarto lamentando sobre a morte do vovô, os três tinham o mesmo hábito de tomar um café na varanda, olhando a plantação e de olho em nossas criações de gado, os únicos que não tem este hábito são eu e você, espero que o mal não seja o cafezinho (Risos).

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Locutor : Neste momento Jefferson arregala seus olhos escuros e diz.

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Jefferson : Não fale bobagens meu irmão nosso avô e nosso pai amavam esta propriedade, nosso irmão João ficou assim pois não conseguiu suportar a morte de nosso avô, e quanto ao café, acho que não é isto não, pois eu também tomo café todos os dias, mas olho a fazenda da janela do meu quarto, se tem algum mal está naquela varanda, aposto que tanto nosso avô quanto nosso pai gostariam que fosse derrubada, acho quase que iriam querer construir um prédio no lugar, quem sabe teríamos mais lucro ainda.

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Carlos : Você que está a falar bobagens meu irmão, construir prédios, nosso avô dedicou sua vida a esta fazenda, tudo que ele queria é que ela continuasse uma fazenda para sempre, mesmo dito como louco ele deu a vida por este lugar, e começo a pensar que ele não era tão louco assim.

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Jefferson : Não me diga que também está a acreditar que animais falam meu irmão, isto é Hilário, só falta me dizer que agora as abelhas tem conversado contigo também (Risos).

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Carlos : Não meu querido irmão, eu sei oque é coisas da cabeça e oque não é, nosso avô estava assim por causa da idade, mas sabe seria muito bom ser uma abelha para poder saber tudo que acontece aqui.

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Locutor : Neste momento uma chave vira na cabeça de Carlos, mesmo com razão o contrariando iria voltar a conversar com Bob o abelhudo, com o intuito de saber mais informações sobre a fazenda, Carlos então despede-se de seu irmão, vai em direção ao tronco de madeira que servia de apoio para cerca, chegando lá não sabia como chamar atenção de Bob e nem quem seria Bob em meio a tantas abelhas jatai.

Carlos : Bom irei atrair Bob com um pouco de chocolate, abelhas gostam de coisas doces, então deve servir.

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Locutor : Bob que estava voltando de suas atividades de abelha campeira, olha para Carlos e da risada, bob voa em direção a Carlos que com uma mão quase o acerta, pois Bob tinha pousado em seu ombro para facilitar a comunicação.

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Bob : Você é mais besta que eu pensava, chocolate, oque está pensando que somos para comer estas porcarias de fábrica? Nós se alimentamos de pólen, néctar e mel, olhe minhas patinhas como estão cheias de pólen das laranjeiras desta fazenda, e mais, como você quase me esmaga daquela maneira, toda abelha é importante para o enxame.

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Carlos : Ah e como eu saberia que era você? E também não sei oque uma abelha come, mas eu tinha que chamar sua atenção, mas me diga como você tem tantas informações sobre a fazenda e como soube que eu queria falar contigo ?

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Bob : É muito simples nós abelhas nos comunicamos com nossas antenas, entre outras coisas, e também não tinha como não ver um gigante desengonçado como você em frente a minha casa, mas caso queira me agradar para obter suas informações, pólen é nosso alimento proteico, mel é nosso alimento energético.

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Carlos : Interessante, pois então irei começar a trazer mel para você, e pólen irei procurar em algum lugar para você também.

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Bob : Não precisa se preocupar quanto a isto, até porque muito mel e pólen podem vir carregados de doenças, assim como a cria putrida europeia, que destrói nossas crias, você não sabe o quanto é difícil fazer o aprovisionamento das células de cria, manter a temperatura adequada e fornecer alimentação larval, então se quer mesmo me ajudar, faça igual seu falecido avô, plante diversas árvores, mas cuidado, não traga a espatodea SP, pois ela é nociva para nós, você deve a conhecer por chama da floresta talvez.

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Carlos : Ok irei fazer isto para você, em troca quero que seja meus olhos e ouvidos dentro da fazenda, pode ser ?

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Locutor : Bob olhou apreensivo para Carlos, acabou sentindo pena dele por não saber tudo que estava acontecendo, então Bob resolve contar oque sabia.

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Bob : Bom, você é gigante, desengonçado, atrapalhado e mal educado, mas vejo que tem um bom coração, pois se não você não poderia se comunicar comigo, irei lhe contar oque aconteceu.

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Seu avô Januário era muito cuidadoso com esta fazenda, dava seu sangue por ela e ao contrário de você ele sabia a importância das abelhas nativas sem ferrão, o velho Januário vivia feliz, andava por estas matas, plantava e colhia e vivia sorridente, um dia comecei a reparar que o velho Januário sentava-se embaixo de uma figueira, as vezes chorava e tossia muito, imaginei que fosse por causa da idade avançada, eu pousava do lado de Januário e o questionava o porque de ele estar daquela forma, mas Januário só me dizia que estava triste pois seus netos não tinham interesse em cuidar da fazenda, ele até me falou sobre você, que era o único que se preocupava com a fazenda e que era um bom menino, mas pelo jeito Januário não sabia o quão besta você era (Risos).

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Eu pouco a pouco vi Januário se entregar, pois já lidava menos na lavoura, em vez de tomar sua água e descansar embaixo da figueira, tomava café para se manter acordado e seguia a se lamentar constantemente, Januário dizia que a modernidade era boa, mas que algumas coisas deviam se manter como era, que tinha orgulho em sentar na varanda de sua casa com seu filho e construir planos para o futuro, seu pai também tinha o mesmo pensamento, que seus filhos olhassem a prosperidade da fazenda daquela mesma varanda, por isso queria que aquele local fosse eterno.

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Carlos : Muito estranha toda esta conversa, pois meu irmão mais velho João só fica no quarto se lamentando e falando sozinho, Jefferson me disse ainda hoje que o pai já tinha comentado sobre destruir a varanda e construir prédios, então algo de errado tem nesta história.

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Bob : quanta bobagem, seu pai e seu avô eram como nós, em vez de destruir nos reformamos nosso envolucro, os filhotes ajudam no aquecimento das crias e produzem cera novinha, não destruímos nada, reaproveitados tudo para evitar desperdício.

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Carlos : Bom esta conversa foi bem interessante e esclarecedora para mim, aprendi bastante sobre vocês, ainda me abriu a possibilidade de investigar mais sobre o falecimento do meu avô, peço encarecidamente Bob que você me dê mais informações.

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Locutor : Bob então concorda com Carlos e vai buscar mais informações para Carlos, Bob sai voando em direção a grande casa da família, chegando lá, vê Jefferson lidando em uma papelada, mas não consegue entender oque Jeferson fala ao telefone, pois somente os puros de coração podiam se comunicar com aquelas abelhas, então Bob resolve analisar melhor a situação, Bob guarda as imagens do local onde estava visitando, e grava um rastro mental em sua cabeça e deixa seu cheiro pelo caminho para poder voltar ali sempre.

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Bob vê papéis estranhos encima da mesa que Jefferson estava, Bob vê que aqueles papéis tinham fotos da fazenda e desenhos dela, como Bob também via a fazenda do alto, ele tinha noção que aquela era a planta da fazenda, Bob ao entrar pela janela pousa encima da mesa e fica a olhar toda a documentação, Bob irritado com a situação bate e vibra suas asas fortemente, oque chama atenção de Jefferson que após dar um tapa afugentando Bob, diz as seguintes palavras.

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Jefferson : Irei me livrar de vocês também insetos, colocarei tantos prédios aqui que vocês terão de morar nos esgotos do novo condomínio!

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Bob : não entendo nada que este mal caráter fala mas posso identificar uma coisa ruim a quilômetros, apesar de eu só poder voar um quilômetro do meu enxame ( Risos).

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Acho que vou dar uma olhada em João ver oque acontece com ele, talvez ele me conhecendo ele melhore um pouco, afinal eu sou de mais.

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Locutor : Bob chega no quarto de João e vê a triste situação, João estava magro, abatido e falava coisas desconexas, Bob se aproxima da mão de João, vê que João não tem se quer a reação de expulsá-lo, pelo contrário João fica o admirando e dizendo.

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Joao: Aqui debruçado nesta mesa pensando em tudo que meu avô dizia e fazia, somente está pequena tetragonisca é minha ouvinte.

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Locutor : Neste momento Bob enfurecido diz.

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Bob : tetragonisca nada ! Eu sou uma jatai e Bob abelhudo para os mais íntimos.

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Locutor : Neste momento tanto João quanto Bob percebem uma coisa, que eles podem se ouvir.

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João : Mas oque está acontecendo será que enloqueci ? Está abelha esta falando comigo?

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Bob : Mas é claro que estou e se eu posso te ouvir e você também pode me ouvir é sinal que você tem coração bom e que suas palavras são verdadeiras, mas eu vim aqui em busca de informações para Carlos.

João : Como assim ? Oque Carlos tem a ver com isso?

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Bob : Carlos quer saber oque aconteceu com seu avô e seu pai, de como seu avô foi morto.

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João : Carlos também desconfia que ele foi morto ?

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Bob : Depois de minha conversa com ele sim, pois seu avô era um velho sadio e forte, porém começou a adoecer aos poucos.

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Carlos : Pois então, acho que meu avô foi assassinado e que meu pai vai sofrer da mesma causa, ou é isto ou é uma maldição que assola esta família.

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Bob : Então temos que investigar oque está acontecendo, seu pai também está adoecendo, porém ele tem os mesmos hábitos que seu falecido avô e é um homen forte e sempre teve a saúde ótima.

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João : Pode ser algo relacionado a isto, se eles tem o mesmos hábitos e começaram a adoecer da mesma forma.

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Bob: Irei levar estas informações para Carlos.

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Locutor : Bob vai em direção a seu enxame novamente, pois além de ser o abelhudo que ele é também tem de trabalhar em seu enxame, Bob batendo suas asas em velocidade que chegava a vibrar seu tórax, Bob realmente estava empenhado em sua causa, ao chegar no enxame Bob é identificado por seus irmãos sentinelas que já estavam no pito de entrada o fechando, em dias mais frios jatais costumam fechar sua entrada com cera, assim como em dias quentes ficam batendo suas asinhas na entrada para ventilar e equilibrar a temperatura, Bob vai para dentro de seu enxame e se comunica com seus irmãos sobre oque estava acontecendo com Carlos.

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Bob : Irmãos temos uma missão, o senhor que cuidava destas terras falecido Januário parece que foi morto, assim como eu suspeitava, peço que me liberem das minhas atividades para eu poder ajudar Carlos a solucionar este dilema.

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Locutor : Bob após conversar bastante com seus irmãos e explicar tudo oque estava acontecendo, parte em busca de Carlos, que se encontrava em sua casa na varanda.

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Bob : Então você está aqui, já conversei com minha família e também já tenho notícias para você.

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Carlos : Ótima notícia ! Oque tem para me contar?

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Bob : Tenho uma noticia boa e uma não tão boa, qual quer ouvir primeiro?

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Carlos : A boa notícia é claro !

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Bob : A boa notícia é que seu irmão pensa o mesmo que nós, eu conversei com ele.

Carlos : Como assim conversou com ele? Ele também pode lhe ouvir ?

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Bob : Sim ele pode me ouvir e falar comigo, e tenho outra boa notícia !

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Carlos : Vá diga logo oque é seu abelhudo.

Bob : A outra boa notícia é que seu irmão não tentou me dar um tapa de primeira e ele não é tão idiota igual você (Risos).

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Carlos : A você é um abelhudo mesmo, não é atoa este apelido, mas me diga oque conversaram.

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Bob : Bom seu irmão tem a mesma desconfiança que nós e também melhorou bastante de sua crise de depressão, ele também resolveu nos ajudar na investigação.

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Locutor : Bob e Carlos então partiram em direção ao quarto de seu irmão, que o recebeu de braços abertos com um abraço acalorado, e para surpresa de Bob, ele tinha também comprado um pote de mel para Bob, que já de imediato foi com mandíbulas e patas para cima do pote, a família aos poucos estava se reunindo, conversa vai conversa vem e eles foram colocando suas informações um ao outro.

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Mas oque eles não sabiam que no quarto de cima, Jefferson deitado sobre o chão tentava escutar as conversas, porém como o assoalho era feito de madeira de Carvalho grosso, com muitas dificuldade ele conseguiu escutar algo, a única coisa que Jefferson ficou sabendo era que seu irmão mais velho estava se reunindo com alguém, Jefferson nem desconfiava que podia ser Carlos, pois Carlos estava sempre nos afazeres da fazenda e pouco falava com seu irmão.

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Carlos, Bob e João então planejam de fingir uma doença semelhante a do seu avô, pois a morte do irmão mais velho seria do interesse da pessoa que quer tomar posse da fazenda.

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O plano estava iniciado, Bob voltou para o seu enxame, e Carlos voltou a os afazeres da fazenda, e João de pronto começou a tossir alto e forte, dando a intender que estava muito mal, neste momento Jefferson adentra seu quarto preocupado.

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Jefferson : Meu irmão! Oque está a acontecer contigo ? Você está a tossir muito, irei de imediato preparar algo para você comer, e um café para acompanhar, sei que você gosta muito.

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João : Não se preocupe meu irmão, ficarei bem, muito obrigado pelos seus cuidados.

Mas oque acontece é o mesmo que com nosso avô, também o mesmo com nosso pai, deve ser uma maldição!

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Jefferson : Irmão, começo a pensar que está casa pode estar amaldiçoada ! Eu trabalho com imóveis, então sei de inúmeras histórias sobre casas mal assombradas que tiram a vida de seus moradores.

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João : Não diga isto meu irmão isto deve ser uma doença hereditária que nossa família possui, e mais, se fosse uma maldição oque faríamos para mudar isto ?

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Jefferson : Tenho certeza que é culpa desta varanda, vamos construir algo no lugar dela, só assim isto vai passar, irei conversar hoje com a companhia para planejar algo por aqui.

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João : Bom meu irmão você é o mais novo de nós e o mais estudado, então deve saber sobre oque está falando, deixarei em suas mãos a decisão.

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Locutor : Jefferson sai do quarto rapidamente, vai a cozinha e prepara um café para o seu pai, acrescenta um pó branco e leva para seu pai José que está no quarto, chegando lá vê seu pai tossindo, mas a tosse não estava forte como antes.

Jefferson : Oi pai, com licença, sou eu Jefferson, vi que sua tosse está passando, logo o senhor estará bem novamente.

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-9

José : Não se preocupe meu filho, o fim vem para todos fico feliz que você esteja tão preocupado com minha saúde, também fico feliz que você tenha incentivado a manter velhos hábitos, meu tabaco, radio ligado nas notícias e meu café, mas sabe filho notei um gosto diferente no café nestes últimos meses.

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Locutor : Jefferson arregala os olhos negros como a noite e diz para seu pai que havia trocado a marca do café, que também estava colocando adoçante para cuidar melhor da saúde de seu pai, mas José lhe questiona sobre o excesso de cuidado.

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José : Meu filho querido, sei que está a cuidar da saúde de seu velho mas deixe meu café da forma que era antes.

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Locutor : Jefferson demonstra um tanto de insatisfação e fúria e chama atenção de seu pai.

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Jefferson : Deixe que da sua saúde cuido eu, pois estudei bastante pai e entendo destes assuntos melhor que qualquer um desta casa ! E também eu deveria ficar no comando da propriedade, Carlos e João são ótimas pessoas mas são bons somente na lida do campo, porém eu entendo muito melhor como administrar uma propriedade.

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José : Sim meu filho você tem razão neste ponto, porém você é o irmão mais novo, pense como seus irmãos iriam se sentir em você tomando posse das nossas terras.

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Jefferson : Eu sei que eles iriam ficar chateados de início, mas sei também que faria daqui um lugar próspero como nunca foi, também poderia me livrar de um mal que está prejudicando nossa fazenda.

José : De que mal você fala meu filho ?

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Jeferson : Uma praga que vem atacando nossa plantação, gafanhotos meu pai, terríveis gafanhotos, já tem um tempo que olho pela janela nuvens de gafanhotos voando sobre nossa plantação.

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José : Estranho isto meu filho, pois nunca vi se quer um gafanhoto em nossa propriedade, mas como você é mais estudado meu filho, deixarei que você trate deste assunto.

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Jefferson : Obrigado meu pai, irei conversar com meus irmãos sobre isto, e também irei falar sobre a administração da propriedade.

José : Só peço meu filho que não remova um enxame de abelhas jatai que estão em nossa propriedade por gerações.

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Jefferson : A Claro meu pai, irei cuidar bem das tetragonisca angustula e do b...

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José : Ora, você sabe o nome delas então meu filho, pensei também que você iria dizer o nome de alguma abelha em específico (Risos).

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Jefferson : Ah meu pai de tanto ouvir vovô falar sobre estes insetos acabei pegando o nome delas, e o nome que iria falar era abelhas bobas isto mesmo abelhas muito bobas.

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Locutor : Jefferson sai do quarto de seu pai e vai em direção a Carlos, chegando lá comenta que seu pai queria deixar a fazenda em seus cuidados, também que era melhor ele ficar na administração da fazenda, e que para demonstrar agradecimento e sua sabedoria iria tratar das plantas com um fertilizante novo, também pulverizar um veneno contra as pragas.

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Agradecido Carlos ficou e disse que iria conversar com seu irmão mais velho João, que João ficaria feliz em saber que seu irmão mais novo tem interesse nos cuidados com a fazenda.

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Carlos foi em direção a João e Jefferson pegou o telefone e ligou para o dono da companhia, um senhor muito rico e ambicioso, tão rico que fazia de tudo para obter oque queria, mesmo que tivesse que matar para isto.

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Jefferson : Bom dia senhor Brito, queria dar notícias para o senhor, tudo está ocorrendo como deve ocorrer, logo está propriedade sera nossa, destruir aquela varanda será o ponta pé inicial para nosso plano.

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Brito : Ótimo, olha Jefferson de início fiquei desconfiado em sua contratação, um garoto tão novo mas tão ambicioso assim como eu.

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Jefferson : Não se preocupe senhor Brito, estou do lado do senhor para crescermos juntos, mesmo que eu tenha que me desfazer de alguns laços familiares, não só desfazer mas também eliminar.

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Brito : Gostei de ouvir isto garoto, eu vinha tentando comprar está fazenda a muito tempo, mas agora tenho certeza que irei conseguir assim poderei construir um condomínio encima daquelas terras.

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Jefferson : Mas é claro irei conversar com meus irmãos amanhã sobre isto, mas de início podemos deixar a construção da varanda em meu nome, pois se colocar diretamente no nome do senhor pode levantar suspeitas.

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Brito : Ótimo, muito bem pensado garoto, olha você vale cada centavo, desta forma deixarei que você administre toda esta imobiliária (Risos).

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Locutor : Jefferson vai até uma agropecuária próxima e compra um veneno secante, que destruiria toda a plantação, após a compra Jefferson retorna para fazenda e vai falar com João.

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Jefferson: Fala meu irmão, tudo bom com você?

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Joao: Tudo sim meu só está tosse que vem me incomodando muito.

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Jefferson: Bom irmão queria que você aplicasse um veneno contra as pragas na lavoura, acho que isto vai lhe animar um pouco também.

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João: Ótimo meu irmão eu estava precisando sair um pouco de dentro deste quarto, trabalhar um pouco no campo vai me aliviar.

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Jefferson: Sim, claro que vai ajudar e já vou preparar um cafezinho pra ti.

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João: Muito obrigado mesmo irmão, assim me sentirei útil.

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Jefferson: Mas não esqueça irmão, este produto para combater as tem que ser aplicado enquanto ainda tem sol, seria muito arriscado aplicá-lo quando a lavoura estiver sombreada, outra coisa irmão preciso que aplique ainda hoje, pois se não amanhã os gafanhotos terão destruído toda a plantação.

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João: Nossa irmão, como você sabe de tudo isto ? Está empenhado mesmo, acho que a ideia de você ficar na administração não é tão ruim (Risos).

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Locutor: Jefferson foi então para a capital, chegando lá foi falar com seu patrão Brito.

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Jefferson: Boas notícias senhor Brito, estou conseguindo conversar meus irmãos e meu pai a deixar a administração da empresa em minhas mãos, logo mais poderemos iniciar a construção no lugar daquela maldita varanda.

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Brito: Ah ótimo meu garoto, estou ansioso para começar a mudar as coisas naquela fazenda, meu condomínio será espetacular!

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Jefferson: Sim senhor Brito, e amanhã o senhor terá uma surpresa com algo que estou arquitetando, pois irei fazer com que toda a administração daquela fazenda seja minha, por bem ou por mal.

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Brito: Sórdido, frio e inteligente, assim como eu, definitivamente tenho certeza que meu legado vai decolar mais ainda contigo aqui.

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Jefferson: Senhor pode deixar comigo, pois a vitória é para os expertos, mesmo que alguns tenham de ser usados como massa de manobra.

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Locutor: Após sua conversa com Brito, Jefferson vai em direção ao carro de seu irmão que iria para capital, chegando lá remove mais da metade do combustível e colocas pregos finos nos pneus, pois Jefferson queria garantir que seu irmão chegasse tarde na fazenda.

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João que estava de ida para a capital para compra de alguns fertilizantes acaba ficando empenhado na capital de São Paulo, pois a capital estava muito movimentada e o trânsito sobrecarregado.

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João consegue fazer as compras, abastecer seu carro e arrumar os pneus do carro, assim que João termina tudo isto já era tarde e o sol já estava se indo embora, João que estava ansioso para mostrar serviço para seu irmão, vai correndo para o galpão pegar os produtos para aplicar na lavoura.

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Mesmo com sol muito fraco João aplica o veneno, tudo estava saindo como os planos de Jefferson sugeriam, pois ele sabia que seu irmão iria executar as tarefas de qualquer forma, pois era muito dedicado em suas funções e amava demonstrar serviço para seus irmãos, como irmão mais velho tinha que dar exemplo.

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No outro dia Jefferson acorda bem cedo e vai na lavoura ver como seu plano tinha saído, chegando lá tudo foi como ele pensava, a lavoura totalmente seca, Jefferson muda seu semblante e vai correndo em direção a o quarto de João.

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Chegando no quarto já abre a porta com agressividade, e com um rosto com mistura de tristeza e raiva questiona seu irmão.

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Jefferson: João! Oque você fez na lavoura? Está tudo seco e morto, me explique irmão oque você fez!

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Joao: Eu somente fiz oque você pediu meu irmão, apliquei o veneno contra os gafanhotos.

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Jefferson: Que horas você aplicou o veneno ? Isto arruinou totalmente nossa produção, agora como vamos pagar as contas ?

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Locutor: João já em lágrimas, diz que aplicou o veneno no final da tarde pois teve problemas com o carro e acabou chegando tarde, mas que ainda tinha uma penumbra de sol, Jefferson ardiloso muda seu semblante, e demonstra compaixão por seu irmão.

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Jefferson: Calma meu irmão, foi um erro mas nem tudo está perdido, a sorte é que eu tinha comprado algumas mudas de laranja que já estão para dar frutos, mas a quantidade não é suficiente para pagarmos as contas, mas darei meu jeito, você ainda está mal de saúde então talvez tenha sido responsabilidade de mais para você, fique tranquilo e descanse, irei preparar o seu café e o do papai e já retorno.

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Locutor: Neste momento Bob entra no quarto pela janela, Jefferson percebe a entrada de Bob, arregala seus olhos e sai em silêncio dali, Bob pergunta a João oque tinha acontecido, João explica sobre seu erro com a plantação, Bob o acalma e diz que vai o ajudar, que vai conversar com seu enxame para focarem mais ainda na polinização das laranjeiras que seu irmão havia comprado.

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Bob: Olha ainda esta difícil saber oque aconteceu com seu avô e oque vem acontecendo com seu pai, porém não irei descansar até solucionar este caso, pode me chamar de sherlock Bob (Risos).

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João: A sorte é que Jefferson tem ajudado muito, talvez a ideia de deixar ele na administração não seja tão ruim.

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Bob: Bom, eu não confio nele até porque ele não pode me ouvir, somente os puros de coração podem se comunicar comigo, então desconfio muito dele, acho que seria melhor investigá-lo.

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Joao: É claro Bob como quiser, porém tente não o provocar, você é muito importante para nós.

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Locutor: Bob se vai para seu enxame para continuar suas tarefas de abelha jatai, enquanto isto Jefferson faz uma ligação para seu chefe.

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Jefferson: Olá chefe tenho ótimas notícias! Praticamente já convenci meus irmãos a deixar a fazenda sob meu comando, digo mais aínda, já podemos iniciar alguma construção no local da varanda, porém tem de ser algo em meu nome para não levantar suspeitas.

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Brito: Mas é claro meu garoto astuto, podemos fazer qualquer coisa ali como fachada, deixarei tudo ali em seu nome para ficar tudo bem seguro, também colocaremos o nome fictício na construção para não levantar suspeita alguma, que me sugere?

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Jefferson: Apenas uma guarita e um moinho algo do tipo, assim posso falar que mandei construir isto ali para ter mais produção.