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Bela Flor - BDSM GAY

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Evy Maze
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Resumo

Em mundos completamente diferentes, Park Hyun-Suk e Jeon Jaejun se encontram situados na mesma cidade da Coreia do Sul, Seul. No auge de seus trinta anos, Park, um empresário de sucesso e herdeiro de um grande legado, tem tudo o que quer aos seus pés. Seu grande orgulho é a sua elevada riqueza e o seu majestoso trabalho. Leva uma vida rica, porém, vazia de sentimentos e regada de grandes fetiches e desejos atendidos; vida essa, completamente oposta da do garoto Jeon, de apenas dezenove anos, que não tem muito almejo ou prazer vivido, apenas inseguranças e medos, podendo somente desfrutar dos poucos e bons momentos que lhe é oferecido de maneira vaga pelo "universo" e também por seus melhores amigos. São duas pessoas com personalidades completamente diferentes, mas com destinos traçados e ligados a viver uma grande história.

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Capítulo um

"Jaejun"

Hoje é primeiro de setembro, meu aniversário!

Sou Jeon Jaejun e hoje estou completando dezenove anos. O intuito de ter saído de casa junto aos meus melhores ㅡ ou piores ㅡ amigos hoje, foi de comemorar até não conseguirmos mais ficar de pé.

O negócio era beber álcool até não aguentar e um de nós sempre ficar responsável por todos os outros para levar-nos em segurança para casa.

Isso sempre deu certo? Não, uma vez, por exemplo, Jack me deixou dormindo no jardim da casa da Minah, e eu só acordei às oito da manhã com os regadores de grama me molhando todinho. Ok, eu ainda era menor de idade e não tinha como me levar até a pensão que naquele tempo eu morava, sequer me aguentava de pé e a dona reclamaria muito. Por isso ele me deixou lá com Yejun.

E você deve se perguntar: "mas e o Jack?", certo? Ele também dormiu no jardim, não conseguimos adentrar a casa e dormir em um dos diversos quartos que haviam lá, mas ele foi mais cuidadoso, dormiu numa espreguiçadeira e debaixo de um guarda-sol.

Depois disso, Jackson nunca mais foi o responsável pela galera.

Mas como hoje é meu aniversário, já havíamos passado o dia todinho na casa de Minah, ela era amiga que mais tinha dinheiro e seus pais geralmente não estavam em casa. E mesmo que Jack também fosse bastante rico, a casa dela era a mais próxima, nós sempre nos reuníamos em ocasiões boas.

Passamos a tarde toda na piscina, bebendo tudo o que tivesse álcool como mandava o nosso regramento e rindo deliberadamente de qualquer coisa.

Quando a noite chegou, decidimos que íamos à procura de boates boas e novas, que fosse conveniente o suficiente para que um grupo de jovens-adultos dançarem em paz e beber um pouco mais.

Mas o resultado disso? Passamos por quatro boates diferentes e nenhuma era legal o suficiente.

A primeira era quente demais e a segunda era escura e tinha muitas pessoas estranhas. E não que isso fosse ruim, mas um homem com a cabeça raspada e com um alargador no nariz ficou me encarando por dez minutos, aquilo me deixou tão assustado que fomos para a terceira, mas lá tinha tanta fumaça de cigarro, que tínhamos a certeza de que sairíamos com um câncer de pulmão!

A quarta foi a mais de boa, não tinha tanta coisa estranha, a música era legal, mas ainda assim, não nos agradou.

E quando já estávamos cansados e um pouco tontos devido às bebidas, propus que fossemos para casa dormir, mas é claro, um voto contra todos os outros, não fez que nenhum me ouvisse.

ㅡ Eu vi algumas pessoas falando de uma boate que está sendo bastante falada no momento.

ㅡ Twitter? Tô fora, nada que vem dali é bom!

ㅡ Deixa de bobagem, Jae, vamos nessa e ponto, será a última.

Olho para Jackson e reviro os olhos.

ㅡ Qual o nome? ㅡ pergunto.

ㅡ Space sirena. ㅡ Song responde, olhando a tela.

ㅡ Tem nome de cabaré. ㅡ Rini diz, abraçando Minah pela cintura. ㅡ o que você acha, amor? ㅡ a pergunta.

Minah apenas dá de ombros.

ㅡ Vamos nessa e ponto. ㅡ anuncio parado no meio fio. É tarde, mas ainda existem alguns jovens meio bêbados caminhando. ㅡ Space sirena.

ㅡ Não é boate hétero, é? ㅡ Yejun torce o nariz. ㅡ não gosto de ambiente com homem suado tirando a camisa e achando que isso é a coisa mais sensacional do mundo.

ㅡ Até parece. ㅡ Jackson negou vagamente, olhando-o de soslaio.

ㅡ O lugar se chama Space sirena, com certeza não é balada hétero. ㅡ Taeshin fala, aproximando-se de mim e circula seu braço direito em meu pescoço. ㅡ Jaejae não gosta de lugares com mulheres bonitas, ele da erro.

ㅡ Deixa de besteira, é claro que eu gosto de mulher! Até porque eu sou hétero. ㅡ falo.

ㅡ Você não engana ninguém, ruivinho. ㅡ Taeshin diz, puxando minha bochecha. ㅡ pode ser bi, pan, ou qualquer outra coisa, mas hétero? Não... você com certeza gosta de paus.

ㅡ Vai se foder, Taeshin, pelo amor de Deus!

ㅡ É uma boate LGBT ㅡ Jack volta a fala, mostrando-nos a tela de seu celular.

Não importava realmente o local cujo iriamos, não, mas precisava ser, com certeza, um lugar que nos respeitasse como seres humanos e que respeitasse nossas sexualidades. Um lugar onde pudéssemos ser nós mesmos, sem ouvir as rotineiras piadinhas homofóbicas.

E já havíamos ouvido tanto daquilo que por isso era tão importante verificar o ambiente antes de apenas irmos. Tínhamos casal lésbico no grupo. Tínhamos amigos gays, e eu, que, mesmo um pouco confuso comigo mesmo às vezes, gosto de que mantenham o respeito. Não aceito que brinquem com esse tipo de coisa.

E se quer saber porque sou confuso, a culpa é todinha do Yejun. Um dia perdi uma aposta para ele e tive que ir até uma loja de produtos eróticos e comprar o pau de borracha mais bonitinho que eu visse. Eu não sabia que estava escolhendo aquilo para mim, sinceramente, escolhi porque achei que Yejun queria aquilo, mas hoje eu o guardo na minha gaveta de baixo em meu guarda-roupa, e vez ou outra, me pego observando-o e pensando: Como será?

Mas eu nunca usei! Nunquinha mesmo!

Tenho medo de me precipitar em algo e também tenho medo do que minha tia acharia caso soubesse que eu também gosto de paus... Digo, ela não deveria importar, mas seu ódio por mim já é tão grande, tudo só iria piorar.

ㅡ Parece ser uma boate legal ㅡ anuncio ㅡ mas só há um problema... ㅡ sorrio sem jeito, olhando-os.

ㅡ Qual? ㅡ Yejun pergunta.

ㅡ Eu já tô liso. ㅡ digo sem graça. ㅡ Meu salário ainda não caiu na conta, e o que eu tinha, acabou naquela última cervejinha...

ㅡ Oh, meu querido plebeu... ㅡ Jackson diz, se aproximando e também me abraça. ㅡ hoje é o seu dia, não se importe com isso.

ㅡ Mas assim eu fico mal... eu não gosto que gastem comigo.

ㅡ Pois deveria gostar. ㅡ Taeshin diz. ㅡ não há coisa melhor do que ser bancado por alguém.

ㅡ Você já foi? Porque pelo que eu me lembre, seu último namorado é professor.

ㅡ Pois é, mas estou a procura de um. Vai que acho um suggar daddy? ㅡ riu alto, fazendo-me negar.

ㅡ Não serei seu suggar daddy ㅡ Jack fala me largando e parando a minha frente. ㅡ até porque, eu não gosto de ruivos falsificados.

ㅡ Quer respeitar meu cabelo?

ㅡ Tudo bem, me desculpe, mas é que está desbotando, e...

ㅡ Jack! ㅡ faço biquinho, meu cabelo é tudo para mim. Fale de mim, mas não fale dele, poxa.

ㅡ Ok, me desculpe, amorzinho. ㅡ ele sorri, como quem não fez nada. ㅡ mas voltando... eu não vou ser seu “suggar daddy”, mas eu vou pagar sua cervejinha, não se preocupe.

ㅡ Eu também pago, não se preocupe. ㅡ Minah diz, ainda presa na namorada.

ㅡ Mas eu não vou me sentir bem...

ㅡ Parou, Jae. ㅡ Rini fala, com seu tom autoritário. ㅡ agora vamos logo.

Faço bico porque eu realmente não gosto de depender de ninguém para nada, muito menos em uma data tão importante como a que estamos hoje, mas poxa, quando a Rini manda parar, não posso contrariar.

ㅡ Vamos logo então ㅡ Jackson fala, animado.

Eu sorrio junto à Taeshin, e assinto também animado. Rini e Yejun apenas reviram os olhos e concordam com Jackson e seguem junto a todos nós, vendo Jackson buscar o endereço do local, já que vamos a pé mesmo.