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capitulo 2

AYLA:

Ouço a campainha tocar e sorrio, nos últimos dois dias meu cordeirinho veio até a porta do meu "apartamento" e ficava olhando onde eu moro.

Com certeza não é aqui, esse apartamento me foi emprestado para que eu pudesse continuar com meu plano sem que ninguém me descobrisse.

É um apartamento caro, o meu papel de menina tímida ficaria melhor no papel de menina tímida e pobre, mas com o tempo aprendi que os homens acham que com um boque de flores e uma bugiganga poderia me fazer abrir as pernas para eles. Esse apartamento é um sinal, ele não que pense em vir com flores achando que vai ganhar na loteria.

Quero que ele veja esse apartamento e pense que eu posso ter o que eu quero, então ele que se desdobre para me dar algo que eu nunca pensei em querer.

Caminho até a porta lentamente, não me surpreende que ele não tenha sido anunciado. O porteiro desse prédio é bem certinho, foi difícil e conseguir subornar ele para que ele aceitasse ser subornado por esse homem.

- Quem é? – pergunto com uma voz doce atras da porta.

- Rubi, sou eu, Raj. – Ele diz e eu escondo meu sorriso por uma expressão de surpresa e rapidamente abro uma fresta da porta olhando para fora e o encontrando vestindo roupas casuais.

- O-oi. – Digo sabendo já da minha vermelhidão e vendo ele sorrir. – O que faz aqui? – pergunto quase em um sussurro.

- Vim te devolver isso. – Ele diz e estende minha clutch.

Olho para ele confusa e depois envergonhada.

- Acho que esqueci no seu quarto. – Falo. – Me desculpe.

Ainda não estendo a mão para pegar a bolsa, pois se eu abrir a porta toda agora ele vai ver o que eu estou vestindo.

- Não, se preocupe, pelo menos eu pude vê-la novamente. - Ele diz e sorri, depois olha para minha clutch ainda em sua mão. – Você não quer?

- é que eu não posso pegar... – fala baixo e envergonhada.

- Por que não? Não é sua? - ele me questiona curioso.

Então eu olho para os lados como se estivesse envergonhada em dizer.

- É que eu... eu... não estou vestida corretamente. - Digo, pois ainda escondo meu corpo atras da porta.

- Vestida? – ele diz confuso e segundos depois seus olhos brilham. – Me desculpa, esta tarde e você já devia estar se preparando para dormir.

Não está tarde, são 20h e estou vestida assim esperando desde as 17h o meu cordeirinho.

- Não se desculpe, está tudo bem, eu só não esperava visita. - Digo.

- Tudo bem, então vou deixar sua bolsa aqui perto da porta e vou embora. – Ele fala, coloca a clutch na fresta da porta e se vir para sair.

Levemente eu cerro os olhos. Só isso? Acabei de dar a entender que estou praticamente pelada e ele vai embora? Mas antes que eu possa dar uma desculpa idiota para ele entrar, ele se vira e caminha até a minha porta rapidamente.

- Eu não queria dizer, mas será que eu poderia usar o banheiro? Eu preciso muito. – Ele diz e ainda bem que não foi eu a vir com uma desculpa tosca e sim ele.

- Oh meu deus, sim. - Finjo acreditar em sua mentira e abro a porta rapidamente para que ele entre.

A primeiro momento ele não olha para minha camisola curtíssima ele apenas entra como um raio, mas enquanto eu fecho a porta sinto seu olhar em mim.

Quando vou fechar, vejo minha clutch no chão atrapalhando então com plena consciência de que ele me olha, me curvo para a pegar e empino bem a minha bunda.

Me levanto e me viro inocentemente para ele que me olha em chamas.

- Vou te levar no banheiro de cima para ter mais privacidade. - Digo e vou em direção a escada.

Vou na frente e ele vê um pouco afastado de mim, sei que admirando minha bunda. Caminho pelo corredor das suítes e abro a porta do meu quarto.

- Pode usar o banheiro daqui. – Digo abrindo a porta e entrando junto com ele. – Eu vou ao closet, fique à vontade. - Falo e rapidamente entro no closet envergonhada.

Sei que ele entra no banheiro pois escuto a porta se fechando, olho para as minhas roupas e escolho um vestidinho florido de pano leve, mas que marca bem os meus seios. Ele é bem justinho no busto e solto na cintura para baixa, não é um vestido de sair e nem um para ficar em casa e sim um meio termo.

Assim que me troco saio do quarto e vou esperar ele lá embaixo. Ainda estou descalça e com o cabelo solto, me deixando um ar mais caseira.

Vou para a sala de jantar e coloco os pequeno refratários de comida em cima da mesa, dá para ver que eu não tinha intenção de receber visita por causa da quantidade de comida, mas é o suficiente para duas pessoas.

Não leva muito tempo para que ele dessa com um sorriso no rosto e posso ver que ele aprontou algo. Quando ele me vê pondo a mesa, sei que repara na minha troca de roupa, mas não parece decepcionado.

- Muito obrigado por me deixar entrar. – Ele diz e agradece me dando um beijo na testa. Na hora ele repara na mesa posta e olha para mim. – Eu atrapalhei sua refeição, me desculpe.

- Tudo bem. - Eu o digo e o vejo olhar para a mesa.

fiz uma pequena travessa de lasanha, um arroz branco e ravioli. Todo mundo gosta de lasanha e minha intenção era tentar ele.

- Eu ia jantar, quer ficar? – pergunto muito baixo, mas ele está perto e sei que ouviu.

- Eu posso? – ele pergunta colocando as mãos em cada um dos meus braços e apertando levemente.

Concordo com a cabeça e não demora muito para estarmos comendo a mesa. Vejo ele sorrir ao comer e fazemos isso em silencio, eu por supostamente estar envergonhada e ele por estar aproveitando a comida.

Vou seduzir ele de todas as formas, inclusive pela barriga, não vou deixar nenhuma ponta solta para que outra ache uma brecha e o pegue para ela.

- Ayla. – Ele diz do nada interrompendo o silencio gostoso que estava. Eu olho para ele e percebendo que tem minha atenção ele continua. – Que tal um encontro comigo no sábado?

Ai esta, olho para ele e pisco um pouco os olhos. Eu queria abrir um sorriso, mas me contento com a confusão.

- Quer sair comigo? – pergunto

- Sim Ayla. – Ele diz sério sem usar o apelido que me deu.

Fico um tempo em silencio olhando para ele enquanto espera minha resposta.

- Me desculpe, eu não sei o que dizer. – Falo.

- Ninguém nunca te chamou para sair? – ele pergunta desacreditado.

- Sim, mas... sempre foram com intenções bem duvidosas então eu nunca aceitei. - Digo enquanto ele me olha, então coloco uma mecha de cabelo atras da orelha e volto a dizer tímida. – Mas nenhum deles era como você.

Vejo seus olhos brilharem e então ele puxa sua cadeira para perto da minha e segura em minha mão.

- Prometo que vou ser bem respeitoso com você Ayla, sábado iremos jantar e farei questão de que você goste de tudo. – Ele fala e me permito dar um sorriso meigo. – Bom, melhor eu ir.

Nos levantamos e eu o acompanho até a porta eu a abro e quando ele sai me olha sorrindo.

- Será que eu posso me despedir? – ele pergunta se aproximando.

- Se despedir? – digo e quando vejo sua mão já está em minha nuca me puxando para si.

Ele cola seus lábios nos meus em um beijo carinhoso e depois de algum tempo nos separamos.

- Sua boca é doce minha rubi. – Ele fala passando os dedos por meus lábios. – Boa noite Ayla.

Com isso ele se vai até o elevador e só então me permito sorrir verdadeiramente.

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