Capítulo 2

Nydia ficou chocada

- Você não quer nos deixar? Tudo bem, eu aprovo, de qualquer forma não quero ver você de novo. - Os olhos de Rafael estavam cheios de indiferença e repulsa.

- Rafael, eu estava errada antes, vou mudar, você pode me dar outra chance? - Pediu Nydia.

Pensando no que havia feito no passado, Nydia ficou com o coração partido e quis dar um tapa em si mesma.

Esse era seu filho, como ela podia ser tão insensível?

Rafael bufou friamente, ele era a cara de Cláudio.

Ele estava cheio de dúvidas, dizendo:

- Eu não acredito em você! Farei com que meu pai se divorcie de você, caso contrário, minha irmã e eu estaremos em perigo!

- Rafael, não se preocupe, não vou machucar você e Molly! - Disse Nydia, estendendo a mão para abraçar Rafael.

Mas Rafael parecia ter se assustado, observando ela com cautela e depois se virando e saindo correndo.

- Rafael...

Quando Nydia foi atrás dele, Rafael já havia desaparecido de vista.

Ela foi procurar ao longo do corredor e de repente ouviu um murmúrio.

- Essa é a filha da família Malone! Ela seduziu Cláudio a se casar com ela, cancelando o noivado dele com Willette.

- Agora que ela se casou com o Sr. Cláudio como queria, ela está seduzindo outra pessoa! Ela até empurrou seu próprio filho para a água!

- Ela é tão cruel! Como pode haver uma mulher tão nojenta no mundo!

...

Nydia cerrou com força os punhos, seus olhos ficaram vermelhos e suas unhas se cravaram profundamente nas palmas das mãos, a dor suprimindo seu ódio avassalador.

Era a mesma coisa na sua vida passada. Depois que ela caiu na água, Willette espalhou boatos pelas costas dela, acusando ela de seduzir Cláudio e roubar o noivo dela!

Willette até fez Nydia acreditar que Cláudio estava por trás de tudo isso, fazendo com que ela odiasse Cláudio ainda mais e se tornasse ainda mais hostil com ele!

“Willette! A dor que você me causou na minha vida anterior, eu te pagarei em dobro nesta vida!”, pensou Nydia.

Ela reprimiu seu ódio e olhou para o relógio. Parecia que aquela pessoa havia chegado.

Nydia tinha acabado de voltar para a enfermaria há pouco tempo quando Willette entrou correndo, abraçando ela com força.

- Nydia, por que você é tão tola! Mesmo que você queira se divorciar, não pode fazer isso desse jeito!

Que boa demonstração de amor fraternal! Se ela não tivesse morrido uma vez, quase teria acreditado!

Nydia empurrou com calma Willette para longe e olhou para ela de forma inocente.

- O que você disse, Willette? Que divórcio?

Naquele instante em que foi afastada, os olhos de Willette brilharam de surpresa, mas logo ela ficou aliviada.

Nydia era uma burra, ela estava sempre perto dela, como poderia afastar ela deliberadamente?

- Você sempre quis se divorciar do Cláudio, né? Não se preocupe, eu te ajudarei com esse assunto.

- Como você planeja ajudar? Você vai me ajudar a ficar viúva da próxima vez?

Willette olhou para cima, incrédula, com o corpo coberto de arrepios.

- Como você pode dizer isso! Só estou fazendo isso para o seu próprio bem! - Protestou Willette.

“Ah, sim, você está fazendo isso para o meu próprio bem! Sequestrar meu filho e me forçar a obedecer, me fazendo desejar a morte. Isso é para o meu próprio bem! Me forçar a colocar minha mão em óleo fervente e deixar que ele me queime até a morte. Isso é para o meu próprio bem! A dor da carne e da pele sendo carbonizadas num instante, o óleo grudando em meus ossos, a sensação de meus ossos rachando e o desespero de ver minha mão, que antes era macia, ficar instantaneamente queimada e depois preta. Nunca vou me esquecer disso!”, zombou Nydia no seu coração.

Vendo que Nydia ficou em silêncio, Willette olhou ao redor do quarto do hospital, se sentindo nervosa.

- Onde está Rafael?- Ela perguntou timidamente.

Depois que Nydia se recompôs, ela respondeu sem rodeios:

- Não sei. Só acordei há pouco tempo.

Ao ver que Nydia ainda tinha uma expressão de repulsa em relação às duas crianças, Willette se sentiu secretamente satisfeita. Ela insistiu:

- Embora eu saiba que as crianças são seus tesouros preciosos, Cláudio não vai dá-las a você. Você ainda precisa estar preparada para deixá-las ir, sabe? Não fique com Cláudio por causa das crianças. Ele vai fazer você desejar a morte!

Nydia deu um sorriso frio. Desejar a morte? Graças a Willette!

- Por que está me olhando assim, Nydia? - Willette ficou assustada com o olhar de Nydia. Ela nunca tinha visto tanto ódio nos olhos de Nydia, como se ela quisesse a devorar!

Nydia baixou o olhar, tentando se acalmar.

- Me desculpe, Willette. Acabei de me lembrar de uma coisa. Quando eu estava me afogando antes, senti alguém me puxando para baixo. Você sabe o que aconteceu? - Perguntou Nydia.

A expressão de Willette mudou e uma sensação de desconforto passou por seus olhos. Mas quando ela falou, suas emoções haviam mudado:

- Alguém puxou você para baixo? Poderia ser... Pode ser Cláudio, ele quer...

Nydia olhou em choque para ela.

De repente, Willette agarrou o ombro de Nydia.

- Nydia, você não pode ter coração mole de agora em diante. Ou ele morre ou você morre! No futuro, ouça o que eu e Barclay, combinamos, ok? A gente te protege! - Falou Willette, com seriedade. Naquele momento, uma ponta de malícia brilhou nos olhos de Willette. Ela entregou seu celular a Nydia. - Você deveria ligar para Barclay primeiro e dizer a ele que está em segurança. Desde que ele descobriu que você se machucou na água, ele está preocupado com você. Ele fica me perguntando se você já acordou. Estou começando a ficar com ciúmes!

Era verdade que Barclay Evans se preocupava quando Nydia ia morrer, para que ele pudesse unir forças com Willette para tomar a propriedade dela e de Cláudio!

Nydia reprimiu seu ódio e pegou o celular.