Tentação de vizinho parte-5

Fernanda

— Não! Só estou passando para te convidar para um almoço. Aceitaria compartilhar uma refeição com este humilde homem, que deseja profundamente a companhia de uma mulher tão encantadora e maravilhosa?

A proposta me pega de surpresa, lembrando-me de como faz tempo que não saio para um encontro, ou mesmo para um almoço assim. Sorrio, um pouco hesitante, mas logo a curiosidade e um suave entusiasmo me vencem.

— Combinado! Se puder esperar um pouco, vou me arrumar. Vou adorar almoçar com você! Por favor, entre e fique à vontade.

Enquanto ele atravessa a porta, noto como a calça social escura e a camisa polo branca parecem feitas sob medida para ele. Cada movimento revela seu porte firme e definido, os músculos bem delineados sob o tecido. O perfume discreto chega até mim, misturando-se ao ar e aumentando aquela presença quase hipnotizante.

Ele é... incrivelmente atraente. Tão atraente que preciso me concentrar para afastar os pensamentos que insistem em brotar, me provocando de uma maneira quase inocente, mas intensamente tentadora. Me sinto como uma adolescente de novo, com o coração disparado e a mente revirada.

Talvez seja só carência... ou talvez, finalmente, uma faísca inesperada. De qualquer forma, esse convite parece ser exatamente o que eu precisava, mesmo que só por um momento.

Estou desesperada, quase fora de controle, tomada por um desejo que parece ter se acumulado ao longo desse tempo sem intimidade. De repente, lá estava ele, o homem do apartamento ao lado, agora sentado no meu sofá, charmoso e seguro de si, como se esse fosse o seu lugar. Nunca imaginei que um dia ele estaria aqui, na minha sala – aquele vizinho misterioso, sempre visto entrando e saindo com mulheres elegantes, tão naturalmente, sem que nunca tivéssemos trocado uma palavra.

Sinto meu coração acelerar enquanto escolho o que vestir. Quero impressioná-lo, mas as opções são poucas. O meu dia a dia quase sempre se resume a uma rotina de trabalho e casa, e sair para um almoço com alguém tão irresistível não é algo que costumo fazer. Mas hoje é diferente. Eu termino de me arrumar, meço o salto, ajusto a maquiagem leve, e, respirando fundo, vou até ele.

— Estou pronta! Podemos ir?

Ele se levanta e me observa, o olhar percorrendo cada detalhe. É quase uma carícia. Um sorriso malicioso dança nos lábios dele.

— Você está deslumbrante. Posso facilmente te imaginar vestindo apenas esses saltos...

Engulo em seco, sentindo um arrepio pelo corpo. Há algo de intensamente ousado nesse homem, uma energia que parece impossível de resistir.

Seguimos para o elevador, e logo estou acomodada em seu carro luxuoso, admirando o ambiente ao redor e tentando decifrar essa aura enigmática. O silêncio confortável é interrompido pelo toque de sua mão na minha coxa, que desliza com uma intimidade inebriante. Em um impulso, ele me toca, seus dedos explorando minha pele, provocando sensações que fazem meu corpo ceder em ondas de prazer. Eu fecho os olhos, tentando me recompor, mas ele continua a me provocar, sem tirar os olhos da estrada.

Esse homem é pura intensidade, penso, sentindo-me deliciosamente vulnerável, rendida ao toque habilidoso que me leva a um orgasmo inesperado ali mesmo, no carro. Ele sorri, ciente do efeito que provoca em mim.

— Admirada com o que eu fiz? – ele pergunta, a voz baixa e envolvente. – Quero mais... e vou fazer você pedir por isso mais tarde. Mas primeiro, vamos almoçar.

Minhas palavras somem, e simplesmente aceno, desorientada, sem saber o que esperar de um encontro tão fora do comum. Estacionamos em um restaurante requintado, à altura do charme e do mistério que ele parece carregar. Sentamos, e o garçom nos apresenta uma garrafa de vinho encorpado. Enquanto saboreamos o vinho, o tempo parece flutuar ao nosso redor, cada gesto dele uma provocação velada.

Eu sei que essa tarde será muito mais do que apenas um almoço.

— Você está dirigindo, sabia, Kleber? Misturar álcool e direção é muito arriscado.

Ele ri baixinho e, com um olhar confiante, responde:

— Fica tranquila! Hoje, não vamos a lugar nenhum sem um motorista para nos buscar. Temos o tempo só para nós, então, relaxe.

Aproxima-se de mim, depositando um beijo lento e apaixonado em meus lábios, e coloca minha mão sobre seu desejo pulsante.

— Veja só o que você faz comigo… Estou completamente dominado por esse desejo. Nenhuma mulher me provoca tanto quanto você, nenhuma… Só você me desperta dessa maneira.

Sinto o calor subir ao meu rosto, dividida entre o fascínio e o choque, enquanto ele murmura ao pé do meu ouvido, com um tom que mistura desejo e diversão:

— Que tal me enlouquecer um pouco, princesa? — ele sussurra, aproximando-se com um sorriso provocante. — Essa boca deliciosa... já estou pulsando só de imaginar você me chupando.

Meus olhos se arregalaram, e ele percebeu minha hesitação. O restaurante está cheio, e a ideia soa audaciosa demais.

— Kleber, você está louco? — protesto, sentindo meu coração acelerar.

Ele inclina-se um pouco mais perto, seus olhos brilhando com uma ousadia tentadora.

— Ninguém vai nos ver... Estamos afastados, e essa mesa tem uma toalha que nos cobre completamente. — A voz dele é quase um sussurro, repleta de promessas. — Não quero outra, quero só você... Eu quero que seja você.

Me sinto dividida, mas o desejo dele é tão evidente que acabo cedendo à curiosidade e ao momento. Simulando que derrubei o talher, me inclino sob a mesa e deixo que minhas mãos e lábios explorem sua pele quente. O coração disparado, cada toque meu provoca nele um arrepio.

— Que boca gostosa… — ele sussurra, os olhos fechados, completamente entregue ao prazer que o domina. Em um último impulso, ele se rende, e sinto seu desejo intenso preenchendo minha boca, cada momento tornando-se uma experiência ainda mais intensa e envolvente.

Retorno à minha cadeira, tentando recuperar o fôlego. Mas ele me surpreende ao puxar-me para seu colo, deslizando as mãos com firmeza até afastar minha calcinha. Olho em volta, o restaurante parece tão distante, perdido naquele instante entre nós dois. Com movimentos intensos, ele me preenche, e nossos corpos se movem juntos, quase como uma dança.