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Capítulo 1 A Indiferença do Marido

O início do décimo segundo mês em São Tridente era mais frio do que nos anos anteriores.

Priscila Gusmão estava sentada no sofá sem expressão, ouvindo a repreensão de sua sogra Sueli Barreto no andar de baixo.

- Priscila, tudo bem se você não pode ter filhos, mas é tão tarde, por que você ainda não cozinhou? Você quer matar eu e Rafa de fome?

Durante os seis anos em que estava casada com Leonardo Kaiser, sua sogra sempre a repreendeu pelas costas por ser uma galinha que não botava ovos.

Mas quem sabia que seu marido nunca a havia tocado desde o início?

- Desce e me ajuda a arrumar minha mochila, ainda tenho que ir para a escola! – um menino a incitou logo em seguida.

Rafael Kaiser é o irmão mais novo de Leonardo, um pequeno demônio, que vem torturando Priscila.

Em sua opinião, a esposa com quem seu irmão se casou é mais fácil de lidar do que a massa.

Depois que Priscila desceu, ela entrou mecanicamente na cozinha para cozinhar e arrumou a mochila e lancheira para Rafael.

- Mãe, o café da manhã está pronto!

Sueli ficou com raiva quando viu a aparência inanimada de Priscila e colocou o copo de água pesadamente na mesa:

- Priscila, como você se atreve? Você está gastando o dinheiro e morando na casa do meu filho, mas fica com cara de pau na minha frente? Acredita ou não, vou ligar para Leo imediatamente e pedir que ele se divorcie de você!

As mãos de Priscila tremeram, respirou fundo e forçou um sorriso:

- Mãe, eu não fiz isso.

Sueli não acreditou e disse com sarcasmo:

- Priscila, não pense que com a senhora te apoiando, você pode garantir a posição da Sra. Kaiser. Comparada a Cami, você não é nada!

Ao ouvir o nome daquela mulher, o rosto de Priscila ficou pálido.

Rafael claramente viu algo e sorriu:

- Você ainda não sabe, sabe? Cami está prestes a receber alta do hospital, meu irmão vai trazê-la de volta para morar conosco.

As mãos de Priscila que estavam colocando o prato tremeram.

Sueli não suportou a queixa pretensiosa de Priscila, bufou friamente e acenou com a mão com impaciência:

- Não fique na minha frente! Isso vai afetar meu apetite, saia!

Priscila não parou, subiu as escadas e sentou-se novamente no sofá.

À noite, um Maybach estacionou na porta.

Priscila rapidamente se levantou do sofá, trotou até a sacada e olhou para baixo.

Saiu do carro um homem esguio de terno, de aparência bonita e temperamento marcante, ainda melhor do que as estrelas na TV.

Parecendo sentir que alguém estava olhando para ele, o homem levantou a cabeça e olhou para Priscila.

Seus olhos eram frios e implacáveis.

Priscila estava acostumada a esse olhar, sem nenhum traço de sorriso.

Depois que Leonardo entrou no quarto, Priscila preparou a água do banho para ele como de costume:

- Amor, a avó foi ao templo budista há quase um mês. À tarde, ela ligou e disse que queria rezar por um amuleto de paz para você...

- Tenho uma coisa para te contar - Leonardo a interrompeu que estava ocupada.

Priscila se virou.

Leonardo está olhando para ela com olhos escuros, há indiferença e alienação, mas não há nenhum calor.

Leonardo disse em uma voz profunda:

- Camila está voltando, você se muda amanhã.

O coração de Priscila gradualmente esfriou.

Rafael estava certo.

- E se eu não fizer isso? - sua voz era suave, como uma nuvem de fumaça enevoada.

Leonardo franziu a testa.

Pela primeira vez, esta mulher que sempre obedeceu suas palavras o desobedeceu.

Sua voz era fria:

- Não se esqueça de como você se casou comigo seis anos atrás.

Como Priscila poderia esquecer.

Naquela época, quando Camila sofreu um acidente de carro, foi ela quem chamou a ambulância e deu sangue a Camila. Leonardo agradeceu e prometeu-lhe um pedido.

Priscila disse apenas que o único requisito é se casar com ele.

Esse foi o desejo que se enraizou em seu coração quando viu Leonardo pela primeira vez no colégio.

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