Capítulo Quatro Continua

Parte 2...

Eu gosto de chupar um pau, fazia muito isso quando era casada, mas agora isso tem outra dimensão, literalmente. É outro tipo de desejo, de excitação.

Talvez pelo momento, não sei, mas esse foi o boquete mais gostoso que eu já fiz.

O som dos gemidos dele e sua mão em minha cabeça me deixam mais molhada e ansiosa.

_ Chega - ele diz meio rouco.

Artur me ergue, me beija demorado e trocamos seu gosto, excitante. Ele puxa minha calcinha, apressado e com a mão rude, me vira e me inclina sobre a mesa, abrindo minhas pernas.

Tudo o que uso agora são as meias até as coxas e os saltos altos.

Me apoio no tampo de madeira, empino a bunda e olho para trás, como um desafio.

Artur investe contra mim, entrando de uma só vez, me fazendo dar um gritinho por sua estocada forte que me abre, me preenchendo toda.

Seguro a borda da mesa para ter apoio contra suas investidas, que fazem meu corpo balançar para frente e para trás, sem parar, rápido e com uma urgência que eu nunca senti antes.

Gemo de boca aberta, olhando para ele, atiçando ainda mais seu tesão. Ele também me encara, boca aberta, gemendo junto comigo.

Eu sabia que não iria demorar para gozar, tanto pelo tempo sem foder, quanto por ser ele quem me comia, quem estocava com força dentro de mim.

Fechei os olhos, meu corpo sendo invadido por uma sensação muito mais forte do que eu pensei que seria, toda arrepiada e suada.

Meus peitos balançavam quando ele empurrava em minha buceta que o apertava internamente, sentindo os arrepios que subiam pelos dedos dos pés e se espalhavam por meu corpo.

Acho que estar encoberta por uma personagem, segura de que ele não saberia quem eu sou, me fez ficar mais solta.

Eu não fiquei tímida ou mesmo travada, ao contrário, queria que ele soubesse que eu estou com tesão guardado só para ele.

Eu estava ali com ele e me sentia uma só, unida não só pelo tesão. Era como se nossos corpos se encaixassem com perfeição.

Por aquele momento de união, o mundo parou lá fora. Eu nem ouvia mais a música que vinha do salão ou o barulho das pessoas gritando e rindo eufóricas.

Eu é quem estava eufórica por ter conseguido lograr meu plano louco. Eu estava fodendo com Artur.

E então eu senti. Meu orgasmo se aproximava, invadia meu corpo. Eu tremi por inteira, minha pele se arrepiou e uma energia gostosa passou por minha coluna até chegar á minha nuca.

E eu gozei. Gemi alto e apertei a mesa para me manter no lugar, me realizando.

Não sei explicar, não sei o que senti. Só sei que foi o melhor orgasmo que eu me recordo de toda minha vida. Foi como se uma entidade tivesse possuído meu corpo e se aproveitado de mim.

Mas era eu ali. Consciente do que fazia.

Artur tremeu forte e apertou mais meu quadril, gemendo alto, chegando a urrar seu gozo logo depois do meu, respirando pesado. E se liberou.

Um instante depois ele saiu de dentro de mim, me puxou e me deu um beijo que eu me perdi.

_ Você é uma delícia - murmurou.

Meu coração pulou uma batida. Eu tinha conseguido e ele tinha gostado de mim. Louca!

E então ele ergue a mão para tirar minha máscara e eu viro o rosto. Ele ri. Não posso deixar que faça isso ou tudo vai por água abaixo.

_ Não quer tirar? - ele ri _ Tudo bem, Branca de Neve safadinha - volta a me beijar.

Abraçados, os corpos suados, o beijo continua mais um momento e eu fico extasiada. Nunca imaginei que seria dessa forma. Foi muito melhor.

Eu sabia que Artur seria um amante gostoso e safado, mas nunca pensei que meu corpo iria reagir a ele desse jeito.

Cada toque seu me fazia delirar. Um instante de preocupação me ocorreu.

E por que isso me afetava tanto? Era só sexo. Tesão reprimido e vontade de foder com um homem como ele. Só isso. Não é?

Só que a sintonia entre nós foi boa demais, perfeita até. Ainda mais para um primeiro encontro, no meio de toda aquela bagunça de carnaval.

Ele sentou na mesa e me puxou para seu colo, me abraçando pela cintura, respirando fundo, a cabeça deitada em meu ombro.

Isso me fez querer mais, só que eu sabia que tudo o que tínhamos era aquela festa. De certa forma, isso me deixou um pouco sentida, mas eu já sabia.

Uns cinco minutos depois, ele me vira para ele, segura minha nuca e me beija outra vez.

Meu Deus, esse homem é tudo!

Ele para, beija minha mão e anda até uma das prateleira, pega uma garrafa e abre. Toma um gole grande de vinho enquanto eu observo seu corpo suado.

Não quero perder a pose de mulher sexy e fodona, mas meu coração fica apertado. É só sexo!

Ele me olha e sorri. Meu coração acelera de novo quando vem em minha direção.

_ Beba um pouco também.

Ele vira a garrafa, enche a boca e me puxa para ele, colando seus lábios aos meus e passando o líquido para mim. Bebo de sua boca.

“Socorro”!

O vinho era ótimo, de qualidade e na temperatura certa, mas beber direto daquela boca foi o melhor. Seguro sua cabeça e inicio outro beijo.

Nunca achei que beijar fosse algo tão bom.

Não sei onde foi parar a garrafa, pois começamos a nos agarrar de novo e senti seu pau já duro outra vez, empurrando contra minha barriga.

Sinto suas mãos entre minhas coxas, me acariciando de leve. Sua boca corre em meu pescoço e sua língua faz um caminho até minha orelha. Sua respiração pesada me diz que vamos ter outra rodada.

E eu quero. Nunca vou esquecer a noite em que estive com o homem que povoava meus sonhos, ainda que depois tudo acabe.

Eu deveria ter vindo nessa festa usando a roupa da Cinderela, isso sim.

_ Você tem o corpo lindo - alisa minha coxa _ E esses saltos a deixam muito sexy.

Ele me vira e toma meus seios em suas mãos, apertando e puxando. Recosto minha cabeça nele e deixo que faça o que quiser. Quero guardar na memória.

Eu que me sentia fora do peso ideal, me sinto muito elogiada com o que ele diz. Meu ex-marido por várias vezes tinha jogado em minha cara que eu estava feia e gorda.

Isso me perseguiu por um bom tempo, até que aos poucos eu fui refazendo minha autoestima. Ouvir essa declaração me deixou muito feliz.

Quase tive vontade de chorar.

Ele invade minha vagina com os dedos e brinca com meu clitóris, me fazendo gemer e querer gozar de novo. Como? Tão rápido assim?

De olhos fechados eu ergo os braços e passo por seus ombros, lhe dando liberdade para me usar ao seu desejo e aguardo, sentindo o arrepio gostoso voltar.

Suas mãos passeiam por minha vagina, coxas e barriga. Meus seios são dele. Suspiro alto.