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1

Dias atuais.

Isabelly Sampaio

Sinto muitos beijos delicados e molhados em meu rosto e mãos grandes, e fortes envolverem o meu quadril e de repente uma leve mordidinha, seguida de um chupão nos meus seios. Abro os meus olhos preguiçosamente e me deparo com o belo par de olhos castanhos escuros de Greg sorrindo para mim e sorrio para o meu futuro marido, beijando-o carinhosamente na boca em seguida.

— Bom dia, princesa! — Ele diz com voz grossa e rouca e seu corpo grande, e forte logo para sobre o meu.

— Bom dia, querido! — Envolvo o seu quadril com as minhas pernas e meus braços em seu pescoço, e volto a lhe beijar, dessa vez com posse. Minha língua busca a sua com avidez, porém, Greg interrompe o beijo e me olha nos olhos.

— Sabe que tenho que ir, né? — Reviro os olhos e faço um biquinho manhoso logo em seguida para ele.

— Aah, por que você tem que ir? Estamos noivos e hoje é sábado. Podíamos aproveitar e curtir um ao outro. Hum? O que você acha? — Tento dissuadi-lo.

— Não dá, princesa! Marquei de me encontrar com meu irmão. Temos umas coisas importantes para resolver e já estou atrasado. — Ele se livra do meu agarre e sou forçada a afastar as minhas pernas do seu corpo. Observo Greg sair da cama e só então me dou conta de que já está de banho tomado, arrumado e pronto para sair. Solto um resmungo e me sento na cama. — Não fique assim, Isabelly! Eu prometo compensar da próxima vez, tá bom assim? —ralha se olhando no espelho e ajeita os cabelos úmidos com as pontas dos dedos.

— Você sempre diz a mesma coisa — reclamo e vou para o banheiro, tendo o cuidado de puxar lençol e cobrir o meu corpo.

— Não diga isso, querida! Se não fosse importante, juro que ficaria o dia inteiro aqui com você — fala me puxando pela cintura, impedindo-me de ir para o banho. Solto um suspiro audível quando a sua boca começa a fazer uma trilha gostosa em meu pescoço e volto a lhe envolver com meus braços.

— Tudo bem! Desculpe! Eu não quero bancar a noiva pegajosa, mas, é que eu sinto que podíamos ficar mais juntos mais tempo, sabe? Nós mal conversarmos e…

— Você está certa meu amor.

— Estou? — Ele me puxa mais pra si e me beija demoradamente.

— Está! Que tal programarmos um dia só nosso? — sugere carinhosamente e abro um sorriso que não cabe em mim.

— Um dia não, quero muitos dias só nosso, meu amor.

— Ok, querida, teremos muitos, muitos dias só nosso. — Beijo a sua boca outra vez.

— Promete? — pergunto entre um beijo e outro.

— Prometo, mas agora eu realmente tenho que ir. Estou muito atrasado.

— Tá bom, mas, ligue pra mim. Fico preocupada quando você some o dia todo sem dar notícias. — Peço, porém o meu noivo sai do quarto sem ao menos olhar para trás e sem me dar uma resposta. Bufo audível.

Às vezes penso que apenas eu amo nessa relação. Greg é sempre muito relapso na questão diálogo e cumplicidade. Namoramos a um ano e meio e já tem trinta e cinco dias que estamos noivos, e nem quer conheço a sua família, tão pouco o tal irmão com quem tanto se encontra. Eu sei que é estranho o fato de estar com alguém a tanto tempo e a única coisa que eu sei da sua vida é que é um mega CEO de uma empresa de tecnologia, que tem uma mãe e um irmão mais novo, que seu o pai já falecido e só. Em se tratando de se abrir, Greg é péssimo! Já de mim ele sabe tudo e mais um pouco, pois, sou praticamente um livro aberto. Minhas amigas Karol e Shirley vivem me dizendo que Greg é um cara muito estranho, mas eu não o vejo assim. Talvez por ele ser o filho mais velho e por seu pai ter falecido muito cedo, ele teve que aprender a resolver as coisas sozinho, a cuidar da família sozinho, a se cuidar sozinho também. As responsabilidades dobraram para um mero adolescente e por esse motivo não ele não consegue se abrir para as pessoas. Talvez não seja tão fácil pra ele quanto é para mim, ou para qualquer outra pessoa conversar abertamente, ser o tal livro aberto. Não costumo falar muito sobre o meu noivo com os meus pais, que não sei o porquê, são cismados com o Greg. Então a única pessoa com quem me abro de verdade é a Amanda, minha prima e melhor amiga desde sempre, mesmo ela estando casada com Alex, aquele deus grego lindo e sendo mãe de um lindo casal de filhos. Mesmo assim, ainda somos bem próximas e sempre mantemos nosso papo em dia. Meu celular toca no painel do meu carro e sem pensar duas vezes, clico em aceitar a ligação, e a foto de Karol sorridente surge na tela.

— Fala garota do batom! — digo fazendo-a rir do outro lado da linha. Chamamos Karol de a garota do batom porque ela é a garota do batom. Ela é modelo fotográfico de algumas marcas de produtos e cosméticos mais badalada do país e ultimamente tem feito muito sucesso com os batons mate, e consequentemente, já tem uma coleção completa do produto. Não preciso mencionar que para cada encontro ela tem uma cor diferente para usar, né?

— Onde você está? — A pergunta soa divertida, mas no fundo, ela sabe exatamente onde estou.

— Dentro do carro e em pleno trânsito.

— Sabia que aquele vacilão ia te deixar na mão outra vez! — reclama. — Qual foi a desculpa da vez? — Paro o carro no sinal fechado.

— O de sempre. Se encontrar com o irmão para resolver coisas importantes.

— E você acreditou?

— Qual é Karol? Eu não tenho motivos para desconfiar do meu noivo. Se ele disse que vai se encontrar com o tal irmão, por que eu não acreditaria?

— Porque você nunca viu o tal irmão, nem mesmo por foto? — Reviro os olhos e volto dirigir.

— Já estou chegando perto. A Shirley está com você? — Mudo de assunto.

— Sim. Estamos deitadas nas espreguiçadeiras, usando um lindo fio dental da cor do verão e sendo cobiçadas por homens lindos e gostosos. — Sorrio amplamente.

— Ok, estacionando o carro agora. Estarei aí em alguns minutos, beijos! — Desligo sem esperar que ela diga alguma coisa, pego o meu celular no painel e jogo dentro da minha bolsa de praia, saio do carro e ponho os óculos escuros e o meu chapéu grande, e sigo para dentro do club de piscina. Eu sempre tenho um plano B, quando tento a todo custo manter Greg perto de mim nos finais de semana e se não consigo tenho sempre aonde ir e com quem ir, nada de ficar em casa me lamentando e me enchendo de sorvete de baunilha

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