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A Tríbrida (Saga Companheiros)

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Diana Azuos
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Notas

Resumo

Agatha Harper sempre foi sinônimo de loucura, uma tri-híbrida com megamentes sempre dando palpites sobre o que fazer. Desde pequena guardou uma ameaça feita pelo demônio mais perigoso do submundo. Kade, o rei do inferno. Ele a quer pela quantidade de força que ela possui, seus seres são a personificação do poder que pode causar o caos que ele tanto almeja. Uma decisão de seus pais a leva para ser protegida na alcateia do supremo alfa. O qual por obra da deusa da lua é seu companheiro de alma. Apenas um olhar para eles se conectarem, mas, Agatha estará sobre um feitiço o qual a impedirá de reclamá-lo. Jordan Corvin, benevolente, sexy, mandão e macho alfa, odeia Kade com todas as suas forças. Ele será incapaz de resistir ao sorriso de lado provocador da morena que vai roubar todos os seus pensamentos. Ele sente algo os ligando e sente a necessidade de protege-lá, Kade não vai tocar em sua companheira. Juntos em meio ao malefícios, eles mostrarão o que dois supremos podem fazer.

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Capitulo 1

Quanto eu pego de cadeia se eu assassinar o meu irmão? Se eu matá-lo, meus pais me matam, então o jeito será aguentar aquele cretino. Minha relação com ele é semelhante a relação de um cão com um gato. Literalmente!

Depois daquela festa, foi vergonhoso, eu não sei onde enfiar minha cara. Kay vai me pagar muito caro pelo que fez, aquela peste do meu irmão é uma dor na bunda sem fim. Pego a tinta vermelha e despejo no shampoo dele, Kay gosta de zoar minha amiga Kat porque ela é ruiva... Exageradamente ruiva.

Eu amo meu irmão mas ele cutucou a onça com vara curta, eu sempre digo, choramos ao nascer sabe por quê? Chegamos a esse imenso cenário de dementes... Constrangedor.

Não sei quem são meus pais e sinceramente eu estou muito bem, dou valor ao meu sobrenome porque amo muito meus pais adotivos, alguns já ouviram falar de Agatha Harper. Moro na alcateia Lua prata, fica em New Jersey o que eu acho uma pena, sempre quis morar em NY, mas eu gosto daqui, tem seus pontos fortes. Descobri muito jovem que sou uma Trí-Híbrida, me reconheço e sei que sou um pouco... só um pouco doida mesmo. Nunca extrapolei os limites e quando me junto com Katherine a merda colossal vai pelos ares, ela faz tudo que eu não tenho coragem, então, ela sim é doida.

Meu pai sempre foi muito rigoroso comigo e com Kay ele nos treinava como soldados, achávamos ruim na época. Foi comigo que ele cismou porque eu tenho muito poder e com certeza na cabeça dele alguém vai tentar me matar e toda aquela história. Eu sou adotada pelos Alphas, Laila e Carlos Harper e sou muito apegada ao meu irmão Kay. Ultimamente meu hobby nas horas vagas tem sido irritar o ele, Kay se irrita muito fácil então eu nem me esforço tanto.

─ AGATHA HARPER DESÇA NESSA SALA AGORA MESMO! - minha mãe berra da cozinha, é hoje que eu morro, me perdoe Deusa por todos os meus pecados.

Estou ferrada. Minha mãe brava nem o diabo pode.

Desço como quem não quer nada com a vida, com a minha melhor cara de anjo e quando chego na cozinha me deparo com o meu irmão com um olhar mortal dirigido a mim e meu pai segurando o riso. Meu pai sempre me ajudava a aprontar quando era pequena e minha mãe quando descobria ficava uma fera.

Olho para Kay que está na frente do espelho esfregando o cabelo laranja. Está parecendo irmão gêmeo da Kitkat.

─ Nossa Kay, seu cabelo está tão laranja irmão. Usou shampoo de laranja? - Pergunto usando de todo meu sarcasmo, e ele bufa.

─ Gatinha, para sua sobrevivência eu espero com todo meu coração que essa porcaria laranja saia do meu cabelo. E rápido. - Kay fala tentando ficar calmo, me seguro para não gargalhar da cara dele, está realmente chamativo, quase neon.

─ Eu não garanto nada, nem sei que marca de tinta é essa eu só coloqueii tudo no seu shampoo. - Faço pouco caso.

E ele vai surtar igual uma madame com chilique.

─ VOCÊ ENLOUQUECEU? MEU CABELO PODERIA TER CAÍDO. - Ele se desespera passando as mãos no cabelo alaranjado.

Não falei? Esse deveria fazer comercial propagando os produtos para cabelo.

─ Depois de algumas semanas vai sair amor, relaxe isso foi só um aquecimento meu bem. - falo semanas para assustá-lo, o que funciona porque ele está igual um papel de tão branco.

─ O'QUE? EU VOU DÁ UM SUMIÇO NO SEU CORPO UM DIA. - Ele rosna irritado, me assusto, mordo o lábio inferior, sei que mexi no ponto fraco desse egocêntrico, mas ele jamais me machucaria.

─ Agatha minha filha porque fez isso no cabelo do seu irmão? - Minha mãe pergunta com a mão esfregando a têmpora.

─ Ele me derrubou na piscina do Alpha. E foi de propósito. - Respondo simples.

"Com uma irmã como você nem precisa de inimigo." Dalia brincou em meus pensamentos.

Eu sou quase um anjo que ele fez passar vergonha... Lei do retorno existe para isso!

"Está mais para o demônio, infeliz aprendiz de capeta." Mila não me apoiou com um tom de repreensão.

Acordo do meu devaneio com meus seres quando braços fortes me seguram, e me rodopiam no ar, Kay gira e eu começo a rir abraçada nele.

─ Desculpa pelo cabelo mas você me fez passar vergonha naquela festa. - Dou um sorrisinho sacana e ele acompanha provavelmente lembrando do vexame que me fez passar.

─ Isso sai com água não é? - ele pergunta comigo ainda no braço e eu afirmo fazendo ele suspirar ─ Me perdoe, gatinha não foi na intenção de fazer você passar vergonha.

Claro, empurrar uma pessoa no meio de uma festa é super normal.

─ Como não, seu mentiroso? Pelo menos admita seu erro Kay. - peço com uma carranca e ele bufa.

─ Tudo bem, mas eu estou arrependido e estou pedindo desculpas.

─ Desculpado pode viver sua vida em paz agora maninho! - falo provocando e ele balança a cabeça negando.

─ Vocês só me dão dor de cabeça. - Minha mãe pragueja batendo os saltos para longe.

─ Brigam! Brigam! No final sempre acontece o mesmo, abraços e abraços. - Meu pai fala saindo para o escritório com um sorriso tranquilo.

Subo para o quarto e ligo para minha parceira de farra, Kitkat, que no segundo toque atende, aquela maluca parece que nasceu fundida com o celular, impressionante.

─ Me esqueceu não foi sua vaca? - atende já fazendo o drama diário dela.

─ Oi para você também Sra.Roberts, sem drama por favor, olha, eu quero me divertir um pouco, vamos a La Fira? Você sabe a balada mais badalada...

─ Da história das baladas badaladas.

Todo dia e a madrugada inteira.

─ Não posso negar minha ilustre presença para você meu amor, pensei que iria defecar em casa. - ela zomba e eu reviro os olhos.

─ Anda logo!

Corro para o banheiro, a tarefa difícil foi achar algo legal para vestir, tudo que eu uso é preto, então vai isso mesmo, coloco um vestido preto com um decote nas costas, faço uma maquiagem fraca e passo batom vermelho, batom vermelho é maravilhoso, fora que eu me sinto gostosa isso é o que importa.

(...)

Entro com kitkat que está linda com a cabeleira vermelha lisa e seguimos para o bar, encontrei ela discutindo com o segurança, essa sem noção estava quase pulando no pescoço dele.

─ O que as princesas vão querer? - o barman pergunta olhando para Kat que sorri tão linda quanto é .

A cretina não perde um.

Palhaçada hum? Como um homem pode nascer com tanta beleza?

"Gato!"

"Razão da minha libido."

"Gostoso, porque não me entrega o controle por cinco minutinhos com ele."

São umas taradas, está bem que ele é malditamente bonito, mas ninguém precisa saber o que eu penso.

─ HEY AGATHA VOCÊ ESTÁ VIVA? - Kat berra no meu ouvido e eu faço careta, mulher gasguita do cacete.

─ Ai meu ouvido sua idiota, eu estou bem e claro que estou viva sua doente. - Reclamo de volta, sou dessas irritadas com sustos sem precisão.

─ Está aí parecendo uma estátua, levanta a bunda daí, vamos dançar. - ela nem me deixa falar já vai me arrastando.

Na pista começamos uma dança sensual e divertida descendo até o chão, pulando, gastando energia acumulada. Todos abrem uma roda e começam a cantar juntos, humanos relando com sobrenaturais sem nem mesmo saber. Começa a ficar envolvente, todos nos olham meio animados por conta do álcool, as mulheres com um olhar cheio de adrenalina e os homens com a luxúria enviando o aroma atrativo direto para mim. Tive alguns namorados mas nunca me apaixonei com toda essa coisa de "eu te amo e vamos viver e sair saltitando de mãos dadas".

Depois de beber e dançar muito decidimos ir, estou com um pressentimento ruim e me parece que Kitkat também está inquieta, estamos sendo observadas a algum tempo, decido sair da boate e ela me acompanha logo atrás.

Mad quase gritou "cheira a demônio, a podridão do sangue é tóxica!"

Mila foi mais tranquila "É o Kade, não se preocupe, se ele não atacou antes, agora também não vai."

Dalia me intimou bufando "Seu pai precisa saber disso, saia daí!"

De novo não, inferno!

Kade é um demônio sádico miserável, ele é como o príncipe do inferno, ele é um louco obcecado por poder, querendo decidir o destino do planeta alheio.

Isso é um absurdo, quem é ele para decidir uma coisa dessas? O planeta é nosso, deixa os seres humanos e sobrenaturais destruir ele sozinho! Ninguém precisa de auxílio para destruir as coisas.

Crio uma linha comunicativa com Katherine.

─ Katherine estamos sendo seguidas, fique tranquila, está bem?

─ E você acha que eu não percebi? E agora? Merda eu estou nervosa!

─ Vamos embora, não precisa ter medo, ninguém vai machucar você.

Vai ter que passar por mim primeiro, entramos no carro e praticamente voamos pra casa, faço a última curva e freio o carro com tudo em uma manobra barulhenta. Entramos correndo em casa assustando todos que nos olham preocupados.

─ O que aconteceu, Agatha? ouvi o carro freando. - Kay pergunta sentindo meu nervosismo, me abraçando para passar conforto.

─ Pai, prepare a paciência, o Kade estava observando nós duas de longe. Eu nem sabia que ele tinha voltado. - Despejo de uma vez.

Ele soca a parede próxima e minha mãe fica pálida.

─ Quem é esse cara Agatha, eu estou perdida nessa história? - Kitkat pergunta sem entender nada.

Todos ficam calados, resolvo falar e meu irmão se manifesta, Kay odeia ele, na verdade todo mundo odeia ele.

─ Não se atreva a falar esse nome, Agatha ele morreu! - Kay pragueja irritado.

─ Sente-se Katherine. - Peço e ela senta me encarando muito séria.

Espero que ela goste de histórias de terror