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Capítulo II

A sobrancelha grossa se ergueu com diversão e seus lábios se ergueram de lado, um sorriso tão sacana que apenas o deixava ainda mais sexy.

— Você não pesa nada. — como se quisesse provar seu ponto, ele soltou o braço que segurava minhas costas e levou a mão até meu rosto, pegando uma mecha de cabelo e a prendendo atrás da orelha. — E o único jeito melhor de termos essa conversa, seria você sentada no meu colo. Mas estou tentando ser cavalheiro aqui.

Um suspiro escapou dos meus lábios e seu olhar foi atraído para ali, se desviando dos meus olhos pela primeira vez.

— Me chamam de Bri e talvez — me aproximei dele e deslizei minha mão direita do seu pescoço, entrando na sua jaqueta e sentindo o calor que o tomava, mesmo sobre o tecido. — O que precisamos é exatamente que você não seja um cavalheiro aqui.

Seus olhos adquiriram um brilho ainda mais selvagem, como os de um animal no que tinha acabado de conseguir a rendição de sua presa e eu pude sentir o tremor em seu peito quando ele pareceu rugir.

Ele soltou minhas pernas, agarrando minha bunda e me fazendo abrir as pernas e abraçar seu quadril. Sem se importar com ninguém a nossa volta ele começou a andar, e para ele as pessoas realmente abriam espaço.

Avistei Alice do lado do homem do começo da noite e ela me lançou um sorriso sacana, antes de acenar um tchauzinho.

Eu devia temer por minha vida, afinal estava com um desconhecido, em um lugar ainda mais estranho para mim. Mas por algum motivo esquisito eu não sentia medo.

Entramos em um corredor escuro e todo o barulho se aplacou um pouco, as luzes diminuíram e de repente um pouco eu me dei conta ainda mais do seu cheiro, seu calor. O cheiro de carvalho, terra e sol, era isso o que emanava dele e mesmo que parecesse estranho descrito dessa forma, não era como me sentia, parecia um perfume sedutor, misterioso e selvagem, assim como o dono.

Sem conseguir me segurar eu desci a cabeça até a curva de seu pescoço e inspirei direto de sua pele, suas mãos foram automáticas em apertar minha bunda, me forçando contra seu corpo.

— Já estamos chegando, Bri. — sua voz rouca enviou ondas de calor e desejo por meu corpo, se concentrando em baixo do meu ventre.

Não me importei com ele entrar em um elevador, me levando para ainda mais longe, apenas me concentrei em lamber sua pele quente, sentindo seus pelos se arrepiarem com meu contato e o tremor em seu peito reaparecer.

Mas quando as portas do elevador se abriram mostrando um corredor pouco iluminado, com algumas portas de madeira espalhadas, eu fiquei apreensiva pela primeira vez. Eu iria perder a virgindade com um desconhecido.

O homem me colocou no chão, deixando evidente nossa diferença de altura, eu precisava entortar o pescoço para conseguir olhar em seus olhos e mesmo com os saltos ele era uma cabeça maior do que eu.

— Se quiser desistir ainda está em tempo. — a voz grossa dele me atingiu me fazendo repensar minha escolha. — Meu nome é Parker, e aquele que estava lá em baixo com sua amiga é meu irmão, Peta, ela está em boas mãos.

— E eu? Estou em boas mãos Parker?

— Não vamos fazer nada que não queira, Bri.

Os seus olhos grudaram nos meus e aquele fogo voltou a se alastrar por meu corpo. O que tinha naquele homem que me atraia direto para seus braços? Que me fazia querer esquecer de tudo e me jogar em seus braços?

Fiquei na ponta dos pés, aproximando nossos rostos e acabei com o espaço entre nossas bocas. Nossos lábios se tocaram com carinho em um segundo e algo como reconhecimento me atingiu. Não resisti e fechei meus punhos em sua jaqueta o puxando para mim, suas mãos envolveram minha cintura e ele me ergueu novamente em seu colo.

— Me mostre que estou em boas mãos. — sussurrei contra seus lábios, antes de voltar a deslizar minha língua contra a sua.

Parker me levou para um dos quartos e eu ouvi a porta se batendo atrás de nós e uma chave girando, mas não me importei, tudo o que eu tinha em mente agora era sua boca e o que ele podia fazer com ela.

Senti quando suas mãos desceram por minhas costas, alcançando meu quadril, ele apertou minha bunda me prensando contra sua ereção, que começava a dar sinal de vida, e eu gemi contra seus lábios quando suas mãos apertaram com força minha pele nua.

Ele me soltou na cama, seu peso se mantendo sobre meu corpo apenas por um segundo, antes que ele se afastasse. Os olhos brilhando para minha imagem esparramada em sua cama, então ele puxou a jaqueta, livrando seu corpo de todo o couro e me dando a visão de uma regata apertada contra cada pedaço de seu corpo musculoso.

Mas não demorou para que ela fosse arrancada por cima da cabeça, bagunçando ainda mais aqueles cabelos. Eu me perdi quando meus olhos desceram pelo abdômen definido, cheio de gominhos intrincados, mostrando o quanto ele se exercitava.

Estava tão concentrada nele se movendo com maestria, em como os bíceps se flexionavam, parecendo ainda maiores, que me esqueci de que ele estava tirando a calça jeans. Só me dei conta quando o tecido caiu no chão atraindo minha atenção para agora as pernas torneadas e a box preta contrastando com seu corpo.

O volume que ele exibia ali me fez engolir em seco, eu não precisava ver sem nada para saber que ele era enorme, em todos os sentidos da palavra.

— Assustada? — Parker questionou com algum divertimento na voz e eu me forcei a erguer os olhos até os deles.

O sorriso sacana estava ainda maior, ele sabia o quão sexy e dominante era e se orgulhava disso.

— Eu preciso ficar assustada? Quer dizer, obviamente você pode me partir em duas...

— Posso! — ele me interrompeu sorrindo largo e me dando uma visão larga de suas presas protuberantes. — Mas tenho coisas mais interessantes para fazer com você essa noite. Como por exemplo sentir seu gosto.

Suspirei com suas palavras e precisei apertar uma perna contra a outra, para conter o pulsar que se instalou no meio delas, mas só aumentou quando ele caminhou em minha direção, com o olhar predatório.

O homem enorme se abaixou na minha frente e ele colocou as mãos grandes em meus joelhos, abrindo minhas pernas sem aviso prévio. Arfei com sua brutalidade, mas ao invés de me intimidar ele só deixou minha calcinha mais molhada.

Ele tratou de me livrar das minhas sandálias, antes de subir as mãos quentes e calejadas por minhas coxas nuas até chegar ao botão do meu short. Inclinei o quadril em sua direção deixando que ele abrisse o short e o puxasse para fora do meu corpo.

— Vermelho combina mesmo com você. — ele declarou ao ver a calcinha de renda vermelho sangue abraçando minhas curvas.

Eu sorri, mas não tive tempo de dizer nada antes que sua barba se esfregasse entre minhas pernas, raspando em minha pele e me deixando ainda mais ansiosa com o que viria.

— Parker... — gemi seu nome, quando ele enterrou o nariz em minha intimidade, inalando com força meu cheiro e me deixando ainda mais louca de desejo.

— Arranca essa blusa, quero ver seu corpo completo! — soou como um rugido e eu não esperei mais um segundo para tirar a regata, ficando apenas de sutiã e calcinha na sua frente. — A própria deusa da luxuria.

Suas mãos agarram minha calcinha e ele puxou a renda, fazendo o tecido se rasgar como se fosse papel. Minha surpresa se transformou em gemido quando ele enfiou o rosto entre minhas pernas e me lambeu de baixo para cima.

Cai de costas na cama deixando que ele agarrasse minhas pernas, jogando-as sobre seus ombros e me invadisse com aquela língua deliciosa. Parker espalhou minha excitação por todo lugar, me lambuzando ainda mais e me fazendo perder a cabeça.

Agarrei sua cabelereira selvagem, quer era a única coisa que eu tinha visão na posição que estava. Involuntariamente meus quadris se ergueram indo de encontro a sua boca, querendo mais.

Os pequenos murmúrios que ele soltava se mesclando com meus gemidos, estavam ficando cada vez mais longe e a pulsação do meu sangue explodia em meus ouvidos, embaralhando meus sentidos.

Sexo oral deveria ser tão bom assim? Gritei tentando afundar minha bunda na cama e fugir de sua boca punitiva, que sugava e me lambia como se eu fosse sua refeição favorita, mas ele me segurou no lugar com uma mão e com a outra começou a me tocar.

Minha mente girou com prazer quando senti o dedo largo em minha entrada e me forcei a erguer a cabeça para vê-lo. Seu dedo deslizou entre minhas dobras, entrando no meu canal encharcado e nós dois soltamos um gemido juntos. Seus olhos encontraram os meus, mais escuros agora, perturbadores e sensuais. Como podia?

Ele retirou o dedo e voltou em uma lentidão torturante, não desviando o olhar do meu enquanto eu gemia, perdida em todas as sensações que ele estava despertando em meu corpo.

Quando sua boca voltou para o meu sexo eu me joguei novamente na cama, me fodendo com seu dedo, me alargando cada vez mais, enquanto sua língua me deixava ainda mais molhada.

A sensação se espalhou por meu corpo e eu sabia que ia gozar como nunca antes na minha vida, podia ser virgem mais já tinha me tocado e nada se comparava a ter aquele homem enfiado entre minhas pernas, determinado a me fazer gozar gritando seu nome. E foi o que eu fiz.

— Parker! — gritei me agarrando aos lençóis com força, meu corpo se esticando como se fosse se quebrar.

— Goza pra mim, Bri! — seu rugido me fez gozar, um milhão de pontos estrelados surgiu atrás das minhas pálpebras, enquanto meus olhos rolavam nas orbitas.

Tive a vaga noção de gemer alto de mais, mas não quis saber, tudo o que eu sentia nesse momento era a sensação mil vezes mais intensa, enquanto ele tomava tudo de mim, me tocando até que eu estivesse estremecendo em sua boca.

Senti as mãos grandes me segurarem e me erguerem no colchão macio, meus pensamentos aéreos voltaram ao normal quando senti o peso de seu corpo nu contra o meu e os lábios descendo por meu pescoço.

Abri os olhos e me permiti um minuto admirando as costas largas do homem, quando finalmente o toquei seus olhos se ergueram até os meus, me encarando com intensidade. Naquele momento eu confiava nele totalmente, completamente.

Poderia ser estúpido, mas foi como me senti, como se algo no fundo do meu ser gritasse por ele, rasgando todas as barreiras do meu ser, quebrando todos os muros que ergui em minha volta, clamando que ele me fizesse sua.

Puxei seu rosto tomando sua boca na minha, nossas línguas se enroscaram na dança sensual de antes, mas agora havia meu gosto em seus lábios. Abri ainda mais minhas pernas, enroscando-as em volta dele e abrigando seu quadril.

Arfei contra seus lábios quando senti a ereção dura como pedra de encontro a minha boceta, como se soubesse em que eu estava concentrada ele se esfregou contra minha intimidade, espalhando meu gozo em sua extensão.

Agarrei suas costas fincando as unhas em suas omoplatas e ele deslizou sua glande em minha entrada, me alargando e me fazendo gemer. Não sei se Parker sentiu minha resistência, mas retirou seu pau e voltou um segundo despois, como se testasse minha abertura. Ele se afastou erguendo o corpo e eu tombei a cabeça contra os travesseiros, o sentindo ir mais fundo.

Nossas respirações se tornaram cada vez mais desesperadas e eu abri os olhos para vê-lo arremeter o quadril de encontro ao meu, enterrando seu pau enorme dentro de mim. A dor cortante se espalhou, fazendo meu corpo travar, senti como se fogo em brasa tivesse entrado em mim, me rasgando em duas.

— Porra! Porque tão apertada? — ele rosnou contra minha pele e deslizou os lábios por meu pescoço, me arrancando um suspiro.

Eu tinha seguido o conselho de Alice de não contar que era virgem, segundo ela homens mais velhos fogem de garotas virgens e eu queria um homem experiente no assunto.

— Você que é enorme. Avisei que me partiria em duas. — soltei com a voz sôfrega, tentando esquecer o tamanho enorme enfiado dentro de mim.

— Me deixa compensar pra você. — ele disse com um sorriso na voz, mas eu não abri meus olhos, temia que ele visse ali lágrimas não derramadas. — Só relaxe.

Uma de suas mãos se embrenhou em meus cabelos, os afastando delicadamente ele segurou minha nuca, deixando meu pescoço exposto para seu bel prazer. Os dentes rasparam em minha garganta e então deram lugar aos lábios, ele beijou minha pele com fome, sem cuidado em marcar a pele, lambendo um caminho até o lóbulo da minha orelha, então me mordeu ali me arrancando um suspiro de prazer.

Antes que eu pudesse me acostumar com aquilo ele desceu a cabeça até alcançar meu sutiã, com as mãos impacientes ele partiu as alças me assustando com a brutalidade. Não se podia usar lingerie com ele por perto?

Meu pensamento se perdeu quando seus lábios se fecharam em volta do mamilo e ele o sugou com força, sua mão direita se ocupou do outro, apertando e girando o mamilo duro entre os dedos. Eu gemi sem conseguir me conter e já podia sentir novamente a umidade se espalhando.

Parker ergueu os olhos me encarando quando soltou o mamilo entumecido e partiu para fazer o mesmo com o outro, senti o pulsar lá em baixo e ele rosnou arranhando os dentes no mamilo sensível. Involuntariamente rebolei com seu pau dentro de mim, sentindo o prazer voltar como fogo puro correndo em minhas veias.

Ele entendeu o sinal verde e voltou a arremeter dentro de mim, nos arrancando um gemido, apertei minhas pernas em volta dele e deixei que fosse mais fundo, mais rápido. Como precisávamos naquele momento.

Seu corpo quente cobria cada centímetro do meu e mesmo assim eu sentia uma fome dentro de mim querendo mais. Agarrei seus cabelos e o beijei, colocando tudo de mim ali, meu desejo, o calor, a fome, a minha alma que clamava por ele.

Tive a vaga noção de um barulho alto do lado de fora, mas nada importava agora, no mundo só existia nós dois e aquele momento de entrega, de conexão!

Soltei seus lábios quando a sensação cresceu dentro de mim novamente, subindo por meu ventre, se expandindo tanto que eu tinha medo de que pudesse morrer ali em seus braços. Uni nossas testas e com o olhar preso um no outro chamamos nossos nomes como uma prece.

— Parker!

— Bri!

Nosso mundo se espatifou junto, em sincronia, senti ele cresce se derramando dentro de mim enquanto eu pulsava ao seu redor. Ouvi em algum lugar um trovão assustador assolar a terra, quase como se o céu estivesse se partindo ao meio ou a terra estivesse se abrindo.

Todas as luzes se apagaram e por um momento todo o barulho do mundo pareceu se calar, só havia nossas respirações e nossos batimentos cárdicos descompassados.

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