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A Doce Essência [Livro 2]

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Cam-arepi
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Resumo

Calvin acariciou sua mandíbula, sobre a sombra de sua barba crescente. - Não faço ideia do que eles querem dizer, é claro. Mas acho que tem algo a ver com bruxas. - - Bruxas? - - Bem, sim, eles se parecem com símbolos alquímicos. Elas se comunicam umas com as outras assim. - - E você acha que esse livro é um deles? - Ele lhe mostrou o símbolo representado na capa do livro, e Calvin teve a mesma reação que os caçadores, enrijecendo-se. A princípio, Rosmery teve a impressão de que ele não queria exatamente falar sobre isso, mas depois suspirou e abandonou o café por um momento. - Não, isso é pior do que as bruxas. É o símbolo dos Mercenários. - Ele apontou para aquele símbolo estranho. - Veja, nosso mundo não tinha todas essas regras antes. Séculos atrás, quando um vampiro ficava com sede, ele podia sugar alguém, um lobisomem podia caçar e ninguém sofria consequências. - Rosmery estremeceu só de pensar que um mundo assim pudesse existir. - Deve ter sido terrível. -

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Capítulo 1

lírio :

As duas últimas semanas tinham sido muito estranhas. Depois que seu pai ameaçou Calvin em termos inequívocos, ninguém na casa quis mais falar sobre isso. Todos agiam como se nada tivesse acontecido.

Por sua vez, ele acordava todas as manhãs com tristeza, vendo o único sinal tangível daquela noite que passaram juntos desaparecer dia após dia de seu pescoço.

De fato, depois daquele dia, eles nunca mais se viram.

Ela é minha, ele rosnou.

Quando ele lhe disse que seria diferente, talvez fosse isso que ele quisesse dizer.

No entanto, ela havia desaparecido.

Além de Eric, que, no entanto, Rosmery não tinha vontade de ligar de volta. A única pessoa de quem ela queria ter notícias era aquela com quem ela fazia o possível para não cruzar. Pensando bem, ela não sabia absolutamente nada sobre ele, nem mesmo tinha seu número de telefone.

Nesse meio tempo, sua vida tinha sido ininterrupta, dividida entre a universidade e o treinamento, estritamente de mãos dadas com Seth, Rose ou Daniel.

Ah, obviamente ele nunca mais colocou os pés no professor Hopkins, teria sido muito embaraçoso.

O mais preocupante, no entanto, era a ausência de Lisa. Eles não o viam há mais de dez dias. Violet estava agora adotando uma atitude de resignação muda.

- Ainda não acredito que eles brigaram por você! - gritou Rose, quando elas voltaram para casa depois da corrida matinal. Rosmery realmente precisava de uma amiga para desabafar, e fazer isso com Violet estava fora de questão. Ela havia tentado mencionar alguma coisa, mas acabou contando uma versão que não tinha muito a ver com a verdade.

- De fato", disse ela primeiro, virando uma garrafa de água nas mãos, "não acredito que você fez sexo com ele! - Rosmery quase teve uma síncope só de ouvir isso.

- Você poderia parar de gritar isso dos telhados? - Rosmery murmurou entre dentes, olhando instintivamente ao redor.

- Ele não é assim. - Rose continuou, destemida. Rosmery teve que se forçar a não pensar no corpo de Calvin, nos beijos dele e nas mãos dele por todo o seu corpo, que estava tremendo de prazer. Não, ela tinha que parar. - Tudo isso é meu", ela imitou a voz dele enquanto se dirigia para o provador. No entanto, ela parecia muito feliz em saber o que havia acontecido entre eles naquela noite.

Ele olhou para o relógio distraidamente. Ele deveria estar no campus em menos de duas horas, pois tinha um encontro com Violet.

- Mas Calvin havia desaparecido. - Rosmery deu de ombros - Então o problema não surge. - ela murmurou e interrompeu a conversa para ir ao chuveiro.

- Meu irmão é um cara complicado, mas acho que você já sabe disso. - Rose continuou assim que saíram do vestiário. - E beber seu sangue acho que complicou um pouco as coisas. -

- O que você quer dizer com isso? - perguntou Lily.

- Bem, você pode parecer um humano, mas não é. - respondeu ele. - Seu sangue funciona como o nosso, e isso geralmente não é algo que fazemos levianamente. - ele explicou enquanto se dirigiam ao bar e colocavam as caixas no chão.

- É por isso que você tem... - Rosmery deixou o resto da frase no éter, difícil demais para ela sequer dizer.

- Sim", admitiu Rose, lançando-lhe um olhar de esguelha. - Para nós, trocar sangue é uma coisa muito íntima e visceral. Era um instinto primordial. - Rosmery nunca acreditou que ele estivesse realmente interessado nela, mas ouvir isso doeu. Talvez porque ela tivesse acreditado tolamente, mesmo que só um pouco.

Quanto mais ela se esforçava, pior ficava. Ela não queria mais pensar nisso, Calvin teve seu tempo para pensar e pesquisar, mas ela preferiu evitar. Muito maduro da parte dele.

Enquanto isso, Rosmery sacou o celular que estava vibrando no bolso da bolsa e começou a verificar a caixa de entrada de e-mails cheia de mensagens não lidas e, entre um e-mail de propaganda e outro, algo chamou sua atenção.

Era um e-mail de Alex.

Oi, querida, encontrei o que você estava procurando.

Estarei na cidade na próxima sexta-feira a trabalho. Vamos conversar sobre isso em um drinque, ok?

Alex.

O coração de Rosmery pulou uma batida. Ela rapidamente respondeu afirmativamente e colocou o telefone de volta no bolso. Essa era uma boa notícia, ela poderia chegar ao fundo do problema de Lisa, já que ninguém mais parecia se importar. Mas ela teria que encontrar coragem para ligar para Eric, a única falha.

Rose se despediu e dirigiu até o campus, onde Violet a esperava no alojamento.

- Ei, eu não estava esperando você a essa hora. - sorriu a garota quando foi abrir a porta. Seu cabelo úmido estava enrolado em uma toalha rosa e ela parecia ter chorado.

- É uma hora ruim? - perguntou Rosmery, apoiando-se nos calcanhares, envergonhada. Eu não deveria ter vindo de repente. - Talvez eu volte daqui a pouco... -

- Não, não, o que está dizendo? - ela gaguejou, mas não acreditou nele nem por um segundo. Quando ele entrou, percebeu imediatamente que algo estava errado. O lado de Lisa permanecia exatamente como no dia da festa, o computador deixado sobre a cama desfeita e um velho moletom vermelho usado como pijama pendurado na cabeceira da cama. Como se ela nunca mais fosse mexer em suas coisas.

- Sabe, tudo o que eu preciso é de uma mensagem. Só para me dizer que ela está bem. - murmurou ela enquanto sua amiga se sentava na cama e lhe lançava um olhar indecifrável.

- Oh V. - Rosmery instintivamente largou tudo no chão para abraçá-la. - Nós a encontraremos, você verá. -

- Tentei ligar para os pais dela, mas eles não quiseram nem falar sobre ela. - ela comentou e começou a secar o cabelo com a toalha. Rosmery notou com espanto que ela os havia tingido, agora estavam em sua cor natural. Uma morena anônima. - Sabe, eles não se falam desde que ela disse a ele que gosta de mulheres. -

- Sim, eu sei. - É incrível que eles nem se importem com a filha. - Mas nós nos importamos, certo? Procuraremos por ela em todos os lugares e a traremos para casa, só temos que juntar as peças. - disse Rosmery, com convicção.

- Algo está errado desde a manhã da festa. - acrescentou ela, dando voz a seus pensamentos.

- Exatamente, é por aí que temos que começar. -

Rosmery se levantou e foi até a escrivaninha de Lisa. Debaixo de vários livros ainda estava o jornal que eles haviam folheado naquela manhã, quando descobriram que não haviam ganhado. Ela começou a folheá-lo distraidamente. Ela não havia notado que a foto deles também estava na primeira página. Eles pareciam tão felizes. Fazia dois meses e não muito mais, mas parecia uma eternidade.

- Era uma festa particular? - ele perguntou, fechando o jornal.

- Sim, era.

- Então você precisava de algum tipo de convite para entrar, ou estou errado? -

- Sim, exatamente. - Parecia que eu não estava entendendo o que ele queria dizer.

- Então deve haver uma lista de convidados em algum lugar. - concluiu Rosmery, animando-se. Mas, é claro, quem quer que tenha subjugado Lisa deve ter passado pela bilheteria primeiro. Não era a melhor pista, mas ainda assim poderia ser útil.

- Acho que podemos conseguir o registro na secretaria, mas você acha que isso realmente ajudaria? Quero dizer, não é como procurar uma agulha em um palheiro? - Na verdade, ele não estava totalmente errado, mas não podia se dar ao luxo de desanimar. - E então eles nunca nos darão isso. - acrescentou ela, desanimada.

- Não se preocupe", sorriu Rosmery, indo em direção à porta, "tenho alguém que pode nos ajudar. Vou para a aula agora, mas prometo voltar com o registro. - ela sorriu e saiu da sala com um humor muito melhor do que quando chegou.

* * *

- Pode me explicar o que estou fazendo aqui em plena luz do dia? perguntou Daniel bocejando, sentado no chão do lado de fora da sala de aula de Rosmery, parecendo ter sido jogado para fora da cama contra sua vontade.

- Você chegou bem na hora. - ela sorriu, aproximando-se dele e estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar. Mas quando suas mãos se tocaram, ele a olhou de lado.

- Está tudo bem? - perguntou ele, levantando-se e examinando-a cuidadosamente.

- Sim, por que você pergunta? -